Relatório de Estágio em Um Centro de Operação Integradas

 

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO

 

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO

por

PAULO CÉSAR LIMA DOS SANTOS

Engenharia Elétrica Eletrotécnica

Relatório de Estágio Obrigatório da disciplina

de Estágio Supervisionado, realizado na CELPE - Grupo Neoenergia no setor EOST – Unidade do Centro de Operações do Sistema Elétrico.

ORIENTADOR: FRANCISCO JOSÉ ARAÚJO, Dr.

SUPERVISOR: CARLOS E. F. SOARES, Dr.

     

Recife, Março de 2014.

© Paulo César Lima dos Santos, 2014.

1. DADOS DO ESTAGIÁRIO

Nome do(a) estagiário(a): Paulo César Lima dos Santos
CPF: 063.921.324-30	E-mail: [e-mail]
Instituição de ensino: Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco – POLI/UPE
Curso: Engenharia Elétrica Eletrotécnica	Período/Ano: 10º/2014.1
Professor(a) Orientador(a): Prof. Francisco José Araújo	Gerente da Divisão de Estágio: Prof. Claudia Maria Guedes Alcoforado

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1. DADOS DA UNIDADE CONCEDENTE

Unidade concedente: CELPE – Grupo Neoenergia
Ramo de atuação: Distribuição de Energia Elétrica
Supervisor(a) de estágio: Carlos Eduardo Ferreira Soares	CREA:
Setor da empresa em que será realizado o estágio: EOST – Unidade do Centro de Operação do Sistema Elétrico
Período de realização do estágio: 09/09/2013 – 10/03/2014
Número de horas diárias do estágio: 04 HORAS	Total de horas diárias do estágio: 04 HORAS

1. DESCRITIVO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO

1. OBJETIVO GERAL

O estágio no centro de operações integradas (COI) da CELPE proporciona um aprendizado gerencial e operacional do serviço de distribuição de energia elétrica da CELPE no estado de Pernambuco e no município de Pedras de Fogo na Paraíba.

Gerencial, no sentido de controle e gestão dos recursos disponíveis para atender a demanda de reclamações de fornecimento de energia dos 3,3 milhões clientes, a partir de um único centro de operações (COI), localizado no edifício sede da CELPE, na Av. João de Barros, no bairro da Boa Vista, na cidade do Recife.

O estado é dividido “geoeletricamente”, e, as viaturas de prontidão, são dispostas em pontos estratégicos, de maneira que a logística permita curtos deslocamentos, proporcionando o menor tempo possível entre a reclamação do cliente e o atendimento da equipe de prontidão, que é acionada pelo COI, atendendo assim, os indicadores de qualidade da empresa, de acordo com a legislação vigente do agente regulador do setor elétrico, ANEEL.

Do ponto de vista operacional, o controle e monitoramento das grandezas elétricas, visando manter a qualidade e a continuidade no fornecimento da energia elétrica.

São controlados pelo COI, os níveis de tensão nas linhas de transmissão, subtransmissão e distribuição 138kV, 69kV e 13,8kV. Todas as subestações de 69/13,8kV da CELPE estão sob o comando, controle e supervisão do COI, sendo 135 subestações automatizadas.

São operados pelo COI, os equipamentos das subestações: Disjuntores, religadores, bancos de capacitores, reguladores de tensão, transformadores com comutação de TAP em carga (LTC) entre outros.

São coordenadas pelo COI, manobras de desligamentos intempestivos, não programados e programados no sistema de transmissão, subtransmissão, distribuição e em subestações da CELPE.

São executadas pelo COI, manobras de recomposição dos sistemas elétricos, restabelecimento do fornecimento de energia, em ocorrências de desarmes de alimentadores nas redes de 13,8kV (A CELPE possui 643 alimentadores).

São executadas manobras de transferência de cargas entre circuitos alimentadores 13,8kV e entre Regionais da CHESF, que são os pontos supridores das subestações da CELPE.

No caso de desarme de alimentadores, é feita análise das proteções atuadas e o estudo da curva de carga dos consumidores interrompidos, para verificar viabilidade de transferência da carga interrompida, ou seja, alternar o ponto de suprimento de energia.

São feitos pelo COI, os contatos operacionais com os agentes do setor ligados a operação do sistema elétrico: Os centros regionais de operação da CHESF – CROL (Centro Regional de Operação Leste) e CROP (Centro Regional de Operação Paulo Afonso), e o gerenciador da carga na rede básica, o ONS (Operador Nacional do Sistema).

1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

As atividades desempenhadas no COI exigem um conhecimento técnico de nível elevado para execução. A prática das atividades é intrínseca a teoria e aos fundamentos da eletrotécnica.

Serão enumeradas as atividades do estágio e os conhecimentos necessários para realizá-las.

1. Para o controle dos níveis de tensão, são necessários os conhecimentos em: Fluxo de potência, balanço de reativos, equipamentos elétricos e manobras em subestações. Esses assuntos são ministrados nas disciplinas de Análise de Sistema de Potência 1 e 2 e Equipamentos Elétricos.
2. Para a análise dos relés operados e estudo da curva de carga em ocorrências intempestivas e manobras de transferência de cargas, são necessários os conhecimentos ministrados nas disciplinas de Proteção de Sistemas Elétricos e Equipamentos Elétricos.
3. Para liberação de serviços de equipes de redes energizadas (turmas de linha viva) e redes desenergizadas, são necessários os conhecimentos ministrados nas disciplinas de Engenharia de Segurança e Proteção de Sistemas Elétricos.
4. Para liberação de equipamentos de subestações e de rua para intervenções de manutenção, sejam elas corretivas ou preventivas, são necessários conhecimentos abordados nas disciplinas: Equipamentos Elétricos e Subestações.

1. Para execução de programa de manobras, são necessários conhecimentos em Operação de Equipamentos Elétricos de Distribuição e Equipamentos de Subestações. Assuntos ministrados nas disciplinas de Distribuição de Energia Elétrica e Equipamentos Elétricos. A maioria do conhecimento sobre operação de equipamentos elétricos de distribuição foi obtida através de arquivos de treinamentos de autoria dos profissionais da empresa, técnicos e engenheiros.
2. Para execução de manobras por telecomando, são necessários conhecimentos no software de automação da empresa o ActionView. Nesse software é possível: Comandar equipamentos de subestações e equipamentos de rua, carregar curva de carga dos alimentadores, monitorar nível de tensão nas subestações, acompanhar carregamento e montante de carga nos pontos de fronteira com a CHESF, verificar proteções operadas em caso de ocorrência intempestivas, executar transferência de cargas, ou seja, alternar ponto de suprimento de consumidores diretamente pelo COI e registrar historicamente todos os eventos ocorridos e carregamentos do pontos monitorados.
3. Para acessar os sistemas operacionais da empresa, são necessários conhecimentos básicos de informática (sistemas operacionais e pacote office).
4. Para registro de manobras, despacho de ocorrências de reclamação para viaturas em campo e contabilização dos indicadores de continuidade e frequência de interrupção, é necessário conhecimento em software próprio da empresa o GSEOper (Gestão do Sistema Elétrico modo Operação), cujo treinamento é fornecido pela CELPE para todos os colaboradores que tem acesso ao programa.
5. Para confecção de relatórios técnicos descritivos dos desligamentos do sistema, é necessário além do conhecimento técnico supracitado, conhecimentos em língua portuguesa. Técnicas de elaboração de relatórios abordadas na disciplina de Expressão em Língua Portuguesa.
6. Para execução das tarefas que envolvem diretamente o cliente, a noção de agir respeitando a fronteira dos limites de responsabilidade da empresa e do cliente é fundamental. Essa noção é adquirida na disciplina Direito para Engenheiros.

1. INTRODUÇÃO

Com mais de 3,2 milhões de clientes, a Companhia Energética de Pernambuco (CELPE) leva energia elétrica a 184 municípios, ao distrito de Fernando de Noronha e à cidade de Pedras do Fogo, na Paraíba. A empresa investe fortemente para fornecer energia de forma segura e com qualidade.

 

A CELPE trabalha constantemente para melhorar cada vez mais os indicadores de qualidade e continuidade do fornecimento de energia em sua área de concessão. A distribuidora atende a todo perímetro urbano do Estado e, desde 2009, concluiu o processo de universalização de energia na zona rural, assegurando aos clientes o direito à cidadania por meio do acesso a melhores condições de saúde, segurança e trabalho, acesso à informação, cultura e lazer e muitos outros benefícios.