Relatorio da Aula de Tempera
Por: Giulia Santiago • 30/9/2019 • Relatório de pesquisa • 640 Palavras (3 Páginas) • 126 Visualizações
- Introdução
Este relatório trata-se da aula do dia 21/08/2019, aonde vimos o processo de tratamento térmico chamado tempera utilizando o método Jominy para realizá-lo.
- Definição
- Temperabilidade é a capacidade de um aço obter martensita através de um tratamento térmico chamado de têmpera, um processo que serve para aumentar a dureza e a resistência dos mesmos. Uma liga que possui alta temperabilidade forma martensita não apenas na sua superfície, mas em elevado grau também em todo o seu interior. Enquanto a dureza da superfície é primariamente dependente do teor de carbono e taxa de resfriamento, a profundidade, na qual um certo nível de dureza é mantido para uma dada condição de resfriamento, é função da sua temperabilidade. O método Jominy utilizado em aula, em metalurgia, é designado para avaliar a temperabilidade de um aço. Consiste num dispositivo onde se coloca um corpo de prova cilíndrico, austenitizado, sobre um jato de água, até seu total resfriamento. Em seguida é feita a medida de dureza ao longo de todo o seu eixo axial.
- Fatores que influenciam na temperabilidade são:
- Composição química: adição de elementos de liga (Ni, Si, Mi, Cr, V, B);
- Tamanho do grão austenítico;
- Homogeneidade da austenita (microinclusões e carboneto nas dimensões).
- Diagrama T.T.T.
Diagrama tempo-temperatura-transformação que apresentam curvas de início e término da transformação austenítica para uma determinada temperatura e tempo. Trata-se de uma espécie de diagrama que descreve o que acontece com o aço, por meio de um resfriamento a diferentes velocidades, em diversas temperaturas abaixo de 723ºC, observando a transformação isotérmica da austenita em perlita.
V.C.R., é a velocidade critica de resfriamento, que pode ser encontrada em um diagrama T.T.T. de forma prática, sendo a menor velocidade de resfriamento que permite obter martensita sem nenhuma transformação anterior da austenita, porém com restrições, porque a velocidade de resfriamento não é constante, logo determina-se a temperabilidade em função da profundidade obtida em um ensaio padrão.
[pic 1]
Figura ilustrativa de um diagrama T.T.T.
- Procedimentos
Foi analisado um corpo de prova de aço SAE 4340
- Preparação
- Primeiro se extrai um corpo de prova, com as seguintes dimensões:
[pic 2]
- Normaliza-se esse c.p., que deve conter um sobremetal, aquecendo o a A3+65ºC, por 30 minutos;
- Elimina-se o sobremetal utilizando um torno;
- Protegido de descarbonetação, o aquecemos em uma temperatura de A3+25ºC, por 30 minutos;
- Logo após transferimos o mesmo para o dispositivo de resfriamento, a transferência do forno para o dispositivo tem que ocorrer no máximo em 5 segundos;
[pic 3]
- Com a ajuda de uma retifica, fazemos dois rebaixos com profundidade de 0,015”, em duas extremidades (180º);
[pic 4]
- Medimos a dureza a partir da extremidade resfriada em intervalos de 1/16” na 1ª polegada e com intervalos de 1/8” na 2ª polegada., com um dispositivo de medição que contem uma régua graduada, e um suporte que se desloca longitudinalmente;
[pic 5]
- No final faremos um diagrama relacionado à dureza e a profundidade.
[pic 6]
Podemos analisar nesse diagrama o diâmetro critico que é quando a barra resfriada na temperatura de austenização apresenta 50% de martensita em seu núcleo
- Resultados
Min. (HRC) | Real (HRC) | Máx. (HRC) | |
J1 | 53 | 59 | 60 |
J2 | 53 | 59 | 60 |
J3 | 53 | 58 | 60 |
J4 | 53 | 58 | 60 |
J5 | 53 | 58 | 60 |
J6 | 53 | 58 | 60 |
J7 | 53 | 58 | 60 |
J8 | 52 | 58 | 60 |
J9 | 52 | 57 | 60 |
J10 | 52 | 56 | 60 |
J11 | 51 | 55 | 59 |
J12 | 51 | 55 | 59 |
J13 | 50 | 55 | 59 |
J14 | 49 | 54 | 58 |
J15 | 49 | 53 | 58 |
J16 | 48 | 52 | 58 |
J18 | 47 | 51 | 58 |
J20 | 46 | 50 | 57 |
J22 | 45 | 47 | 57 |
J24 | 44 | 46 | 57 |
J26 | 43 | 46 | 57 |
J28 | 42 | 44 | 56 |
J30 | 41 | 44 | 56 |
J32 | 40 | 43 | 56 |
- Conclusão
Concluímos que a tempera não é para a elevação de dureza da peça, e sim para o desenvolvimento da martensita, para elevação da dureza, precisa-se de mais teor de carbono. Descobrimos também que quanto maior a variação de dureza ao longo do comprimento da peça, maior será os defeitos. O ensaio realizado no corpo de prova de aço SAE 4340 mostrou resultados um pouco variante, mas os valores reais estão dentro dos limites mínimos e máximos de dureza HRC normalizados.
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