Resenha Crítica Tubo de PVC

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UNIVERSADE DE RIBEIRÃO PRETO – UNAERP

Engenharia Química

Tópicos de Ciência dos Materiais

Reciclagem convencional do PVC: Triunfo para o meio ambiente e Tóxica ao seres vivos?

GLEISISMARA FERREIRA DE ALMEIDA - 829991

JOSÉ LUCAS CROSARA FEREZIN - 829299

RIBEIRÃO PRETO

2019

O Policloreto de Vinila (PVC), é um polímero de adição e com a estrutura de plástico, porém não é composto inteiramente por petróleo, utilizando o cloro como principal elemento. Suas aplicações são inúmeras, variando desde tubos e conexões a mangueiras. Devido ao seu baixo custo, sua durabilidade, resistência a produtos químicos e possuir facilidade a se adaptar a diferentes necessidades (amorfo) é um dos materiais mais utilizados nas tubulações de encanamentos – água e esgoto.

Em 2012, Pennafort Jr. et al. - especialistas em Ciências dos Materiais e assuntos como: polímeros e sua reciclagem com fibras naturais (principalmente a do coco) -, publicaram um estudo sobre a reciclagem convencional do PVC através do artigo “Avaliação e Caracterização de Tubos Fabricados com PVC Reciclado”, onde detalham todo o processo da reciclagem deste material e ainda o compara com outro tipo, feito com resina virgem. No decorrer da leitura, o trabalho em questão promove ao leitor a ideia de que a comparação entre estes materiais é apenas um de outros pontos principais que querem transmitir, fazendo-o questionar: “ Qual a verdadeira intenção dos autores? ”.

Através da estrutura usada, os autores, proporcionam, inicialmente, ao ledor o propósito de que o artigo se trata apenas de uma análise comparativa entre os materiais, PVCR (reciclado) vs. PVCV (virgem), a fim de apontar, entre eles, o de melhor desempenho e custo benefício. No entanto, após a leitura completa fica claro que a intenção deles vai além disso, já que os mesmos, ao detalhar todo o processo de reciclagem convencional do PVC indagam continuadamente sobre a origem desconhecida desse material a ser reprocessado, utilizando de base estudos e argumentos de exemplificação para justificar essas incertezas e ainda ressaltam várias vezes o uso de substâncias tóxicas, como metais pesados, e uso de aditivos em alta quantia – comparado a produção normal - nesse processo, de modo a alertar o público sobre tais consequências.

Ainda cima, dissertam sobre a pesquisa feita para defrontar os dois polímeros em pauta, e os métodos escolhidos para efetuar esta análise, sendo eles: Qualitativamente, Morfologicamente, Resistência à tração. Todo os procedimentos e os resultados obtidos são detalhados minuciosamente, de modo que facilite o entendimento de quem está lendo.

Contudo, ao fazer uma comparação é normal presumir-se que ao final opte-se por um, dentre as opções apresentadas e por isso o artigo pode não satisfazer as expectativas do leitor que espera essa atitude.

Em suma, percebe-se que os autores fizeram um amplo e completo estudo de caso para a realização deste trabalho, visto que, tem fundamentos bem estruturados ao alegar suas dúvidas sobre todo o processo de reciclagem. Apesar da falta de posicionamento de escolha entre os dois materiais, é uma pesquisa a se recomendar, principalmente pela sua fluidez e fácil compreensão do conteúdo, não exigindo um conhecimento especifico do leitor. Ainda mais, ao dizer na conclusão que a reciclagem do PVC é promissora, mas não precisa, sendo necessário ajustes, tona-se uma publicação que além de contribuir, permite ser a base para outros estudos nessa área, visando tais melhorias.