Resenha: Escrita e Interação
Por: Luiza Rizzolo • 21/4/2019 • Trabalho acadêmico • 953 Palavras (4 Páginas) • 190 Visualizações
Resenha: Escrita e Interação
A escrita é uma das grandes conquistas do mundo. Através dela conseguimos nos expressar, por no papel ou que seja em um computador, a nossa opinião, nossas ideias. Ela é um meio de trabalho, de aprendizagem, de lazer para muitos. A escrita antigamente era de difícil acesso para muitos, aliás, continua sendo, no mundo há um grande numero de pessoas analfabetas, mas a tendência é desse número cair cada vez mais.
Para escrever precisamos de conhecimento, não basta escrever, tem que ser de maneira correta. É preciso o conhecimento de regras de português, por exemplo, aquelas em que se estuda durante toda vida estudantil, se ter um bom vocabulário e para isso precisamos ler para ter.
Escrevendo se expressa o pensamento no papel, o escritor escreve a sua opinião, o que gosta de escrever, o que lhe faz bem escrever, não levando em conta as experiências e os conhecimentos do leitor.
Mas há uma concepção há qual a escrita é vista como produção textual, na qual o escritor deveria escrever de acordo com o seu leitor, ou seja, usando táticas, técnicas, que façam com que o leitor goste, se sinta dentro da leitura, pois o leitor com seus conhecimentos e interesses é uma parte constitutiva desse processo. Nesse processo ocorrem aspectos linguísticos, cognitivos, sociais e interacionais. Pra ganhar o leitor, se usa de várias estratégias, como por exemplo, a ativação de conhecimentos sobre os componentes da situação comunicativa, não esquecendo é claro de sempre revisar o texto ao longo da escrita, melhorando cada vez mais, e fazendo com que o leitor compreenda melhor o que se é dito. Portanto, esse processo da escrita não é apenas saber o uso do código, mas sim um todo, onde engloba muitas técnicas para que o leitor se interesse e aprove. A escrita requer do escritor a mobilização de vasto conjunto de conhecimentos, o que inclui também o que se espera que seja de conhecimento do leitor.
O escritor precisa chamar atenção do seu leitor, recorrendo a estratégias linguísticas, textuais, pragmáticas, cognitivas, discursivas e interacionais. Na escrita, independente para quem se escreve, o como dizer o que se quer dizer é o que revela que ela é um processo que escolhe um gênero textual, juntando com práticas sociais, seleção, organização e revisão das ideias para um aperfeiçoamento do texto.
Para escrever bem é preciso ter conhecimento, como por exemplo:
Conhecimento Linguístico: É o conhecimento da ortografia, da gramática e do léxico de sua língua. Que é adquirido ao longo da nossa vida, como na escola, em leituras por exemplo. Mas é claro que todos têm duvida, por isso em produções textuais muitas vezes se recorre ao dicionário, para tirar duvidas quanto a grafia de uma palavra. Escrever uma palavra errada pode mudar todo sentido de uma frase, dificultando muitas vezes a obtenção do objetivo pretendido. A acentuação gráfica, a pontuação, elas podem mudar completamente o sentido do que se está querendo dizer. Além desses aspectos, os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao léxico, ou seja, ao inventário total de palavras disponíveis para os falantes, mas isso não significa que se tenha que entende-lo como uma grande lista de palavras, mas sim como um conjunto de recursos lexicais.
Conhecimento Enciclopédico: Cada pessoa tem uma enciclopédia em sua mente, que surgiu através de todos os conhecimentos adquiridos ao longo da vida. Com base de conhecimentos que se ouve falar ou se lê, ou adquirindo em vivencias e experiências variadas. Está tudo armazenado na mente. Quanto o escritor uso desse conhecimento no processo da escrita, ele pressupõe que o seu leitor tenha os mesmos conhecimentos em sua memória. Nas tirinhas, por exemplo, os autores recorrem ao conhecimento enciclopédico, onde expõem seus conhecimentos sobre diversas coisas do mundo, pressupondo que o leitor também saiba.
Conhecimento de texto: Nesse processo de escrita, o autor utiliza modelos que possui sobre práticas comunicativas configuradas em texto, levando em conta o modo de organização que esse texto tem que ter, além do estilo, função, aspectos de conteúdo e suporte de veiculação. Como por exemplo, quando se compõe o gênero de modo a provocar o efeito de humor. A intertextualidade esta na constituição de todo texto, onde este é produzido em resposta a outro texto, sempre. Ou seja, a escrita é um processo em que exige usar de vários textos para se compor um só.
Conhecimentos Interacionais: Além de todos os outros conhecimentos, a escrita exige uma ativação de modelos cognitivos que o autor possui sobre práticas interacionais diversas, histórica e culturalmente constituídas. Em função e baseado nisso o produtor insere na sua escrita, o que possibilita o leitor entender o objetivo no quadro interacional desenhado. Ele que vai determinar a quantidade e o que é informação necessária, deixando o leitor capaz de compreender o objetivo da escrita. Como por exemplo, as placas de trânsito, onde se diz apenas o que é necessário. O escritor desse processo irá escolher a variante linguística adequada à situação se sua escolha, ou seja, se o texto for com um propósito de prestar esclarecimento, por exemplo, será produzido de maneira formal, obtendo o efeito desejado. Ele também fará à adequação do gênero textual a situação comunicativa. O autor terá em suas mãos o poder para conseguir a aceitação do leitor quanto ao objetivo desejado, ele irá utilizar de vários tipos de ações linguísticas configuradas no texto, utilizando de sinais de articulação ou apoios textuais, atividades de formulação ou construção textual.
Através desse texto, compreende-se que se escreve sempre para alguém, ou seja, é preciso que o leitor aprove essa escrita. Por isso se é usado todos os conhecimentos apresentados acima, não esquecendo de sempre revisar o texto, até deixar de maneira que possibilite uma melhor compreensão do leitor.
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