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Resumo Artigo

Por:   •  17/8/2016  •  Resenha  •  521 Palavras (3 Páginas)  •  168 Visualizações

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1 – INTRODUÇÃO

Os sedimentos quaternários continentais na maior parte são definidos pela natureza fracionada de camadas, sendo irregularmente depositados sobre o relevo, não constituindo obrigatoriamente de bacias sedimentares. Os sedimentos quaternários continentais frequentemente apresentam uma regular ligação com a paisagem (Claudio Valdetaro Madeira & Leonardo Borghi 1999). Nasce, então, a perspectiva de que o julgamento estratigráfico de sedimentos quaternários deva cogitar diversos padrões de organização das paisagens, trazendo a uma associação entre a Estratigrafia e a Geomorfologia (Mello, 1992). Dentro dessa concepção, Mello (1992) defende como percurso no conhecimento do Quaternário brasileiro os trabalhos de Bigarella & Andrade (1965), Bigarela & Mousinho (1965) e Bigarella et al. (1965), que distingue superfícies geomorfológicas apresentado por acontecimentos de erosão relacionadas as fases climáticas mais secas, bem como o encaixe da drenagem associado com fases de clima úmido. Mendes (1984) utiliza certas críticas em relação a essa utilização, já que não levam em consideração existentes movimentos tectônicos quaternários, que movimentam essas superfícies (Anuário do Instituto de Geociências – UFRJ - Volume 22 / 1999). 

O progresso e o aumento dos centros urbanos fazem com que locais que antes eram consideradas como de “difícil ocupação e inabitáveis” passem a ser aproveitados para as obras de edificações. Nessas regiões as questões geotécnicas podem dificultar os empreendimentos em virtude do custo elevado das fundações, particularmente para obras de baixo custo de implantação. Neste contexto os terrenos costumam ser constituídos predominantemente de solos moles, com elevada compressibilidade e de pequena capacidade de suporte.

Para o conhecimento das questões geotécnicas, em especial nos solos estratificados, faz-se indispensável elaborar programas de investigação do subsolo, respaldado de ensaios de laboratório e/ou campo. Destacadas as circunstâncias do subsolo é viável projetar as fundações, sendo estas superficiais ou profundas. Fundações profundas frequentemente os custos são elevados e sendo solos moles precisam de maior profundidade para chegar à capacidade de suporte requerida, já as fundações superficiais tem baixo custo de execução, entretanto, se aplicada em terrenos argilosos consegue estar exposto a recalques superiores a valores plausíveis.

Depósitos de solos moles acontecem em todo o Brasil, ocorrendo com maior frequência em áreas litorâneas, mas costumam ocorrer também em ambientes lacustres, não marinhos. As argilas do Rio de Janeiro e da Baixada Santista foram demasiadamente aprofundadas em estudos devido à ocupação mais antiga e extensa, entretanto, a estudos nas regiões Sul, Centro Oeste e Nordeste do país.

Os atributos geotécnicos dos terrenos são estabelecidos pelas histórias geológicas de constituição dos perfis de solos. As opções de fundações nasceram para conciliar características geotécnicas às necessidades das estruturas, cumprindo aspectos econômicos. Entretanto, alguns projetos de fundações são criados sem o apropriado conhecimento das características geológicas, e oferece certos níveis de incerteza bem elevados e, muitas vezes, comportamentos não adequados quando submetidos aos esforços dos projetos nas obras de fundações.

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