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TCC Uso racional de água

Por:   •  16/6/2016  •  Artigo  •  1.982 Palavras (8 Páginas)  •  372 Visualizações

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USO RACIONAL DA ÁGUA NO MANEJO DA IRRIGAÇÃO NA CULTURA DO CAFEEIRO CONILON, VARIEDADE ROBUSTA TROPICAL

Rogério Rangel Rodrigues¹, Samuel Cola Pizzeta², Wilian Rodrigues Ribeiro³ e 4Edvaldo Fialho dos Reis

1,2,3,4 Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA-UFES), Alegre, ES, e-mail: rogeriorr7@hotmail.com; scpizetta@hotmail.com; wilianrodrigues@msn.com;  edreis@cca.ufes.br

Introdução

Nas regiões de menores altitudes e temperaturas elevadas, como no estado do Espírito Santo, a área cultivada com o cafeeiro conilon (Coffea canephora) tem expandido consideravelmente nas três últimas décadas.

A deficiência hídrica é o principal fator limitante à produção, onde em muitos anos a ocorrência de secas prolongadas e veranicos tem prejudicado a produção dos cafeeiros em condições não irrigadas (DAMATTA e RAMALHO, 2006).

Porém, pouca importância se tem dado ao manejo da irrigação. O manejo da irrigação é indispensável para o uso racional dos recursos hídricos, indicando a quantidade de água a ser aplicada e o momento ideal. Para isso, pode-se utilizar o conceito de fração de água disponível no solo (FAD), que é trabalhada de forma a determinar a fração ótima em que a planta se desenvolva sem estresses e sem desperdício da água. Assim, a utilização de práticas de conservação da umidade do solo ou de irrigação podem ser formas de mitigar os problemas de deficiência hídrica, e de incrementos à produção (ARRUDA e GRANDE, 2003), consequentemente, focando o uso racional dos recursos hídricos.

Agricultura irrigada consome cerca de 70 % do total de água de qualidade usada, valor superior à quantidade consumida pelo setor industrial (21 %) e pelo consumo doméstico (9 %) (SANTOS, 1998). Apesar de corresponder a uma pequena parcela do total cultivado, a área irrigada mundial contribui com 42 % da produção total. No Brasil, em particular, a área irrigada corresponde a 18 % da área cultivada, mas contribui com 42 % da produção total (CHRISTOFIDIS, 2002).

Porém, grande quantidade de água é desperdiçada na agricultura irrigada devido a falta de manejo da irrigação, tornando-se incompatíveis com as políticas atuais de uso da água, principalmente em regiões de disponibilidades restritas.

Material e Método

O trabalho foi desenvolvido em casa de vegetação instalada na área experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA-UFES), localizada no município de Alegre-ES. O experimento foi montado com o cafeeiro conilon (Coffea canephora), variedade Robusta Tropical.

O solo é classificado como Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico. Foram feitas análises físicas, químicas e granulométricas do solo, de acordo com a metodologia preconizada pela Embrapa (1997), que foi coletado na Área Experimental do (CCA-UFES).

 O solo foi destorroado, passado em peneira de 2 mm e homogeneizado. A correção química do solo foi de acordo com a metodologia proposta por Novais et al. (1991) para ambiente controlado.

O experimento foi montado em um esquema fatorial 1 x 1, em um delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições. Os 2 fatores foram: AD100% – as plantas foram mantidas com a umidade do solo próxima à capacidade de campo, utilizando 100% da água disponível do solo (AD) e; AD50% – as plantas foram irrigadas quando atingiram a umidade correspondente a 50% da AD. O início do tratamento foi aos 30 dias após plantio, sendo as plantas avaliadas aos 60 dias após plantio.

Foram avaliadas as variáveis: área foliar, massa seca da parte aérea, e o consumo final de água após tratamento.

Após o plantio, todos os vasos foram saturados com água e deixados em drenagem livre por 48 horas, onde foi obtido o peso inicial de cada parcela experimental, que foi o valor do peso na capacidade de campo inicial (Pcci).

 Após a determinação o Pcci de cada parcela experimental foi calculado a lâmina de irrigação (LI) correspondente à 50% da água disponível. Para isso, foi determinada a água disponível do solo (AD), considerando os valores de umidade volumétrica na capacidade de campo (CC) e no ponto de murcha permanente (PMP), utilizando-se a equação 1 (CENTURION e ANDREOLI, 2000).

[pic 3]

(1)

Em que:

AD – água disponível, % em peso;

CC – Capacidade de campo, % em peso; e

PMP – Ponto de murcha permanente, % em peso.

Para a determinação da água disponível (AD) foram considerados os valores de umidade na capacidade de campo (CC) na tensão de 0,01 MPa e ponto de murcha permanente (PMP) na tensão de 1,5 MPa. A partir da água disponível, foi estabelecida a umidade correspondente a 100 % da água disponível, sendo utilizada no cálculo da lâmina de irrigação (LI). No tratamento com 100% da água disponível a umidade do solo foi mantida próxima à capacidade de campo, sendo a irrigação realizada diariamente.

A lâmina de irrigação (LI) que foi aplicada para elevar o teor de umidade do solo (Ua) à capacidade de campo no tratamento de 50% da AD, foi calculada pela equação 2 (SOUSA et al., 2003):

[pic 4]

(2)

Em que:

LI - Lâmina de irrigação em mm;

CC – umidade na capacidade de campo, % em peso;

Ua – umidade atual do solo relativo ao tratamento (AD50%)

Ds – Densidade do solo, em g/cm3; e

h – altura de solo utilizado no vaso, em cm.

Para transformar a lâmina de irrigação (LI) em volume (mL/vaso), foi multiplicado a LI pela área útil do vaso.

...

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