ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DE POÇOS ARTESIANOS, AÇUDES E CACIMBAS NO PERÍODO CHUVOSO
Por: Tácio Alencar • 25/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.978 Palavras (8 Páginas) • 352 Visualizações
ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DE POÇOS ARTESIANOS, AÇUDES E CACIMBAS NO PERÍODO CHUVOSO EM SUMÉ, PB.
Maria Taynar Bezerra Marques (1); Mayara Denise Santos da Costa (1); Tácio Tibério Alencar dos Santos (1); Eliene Araújo Fernandes (1); Rubenia de Oliveira Costa (4)
(1) Graduanda em Eng. Ambiental. Universidade Federal de Campina Grande /CCTA Pombal-PB , email: thaynar.marques01@gmail.com
(1) Graduanda em Agronomia. Universidade Federal de Campina Grande, Pombal-PB , email: denisemayara9@gmail.com
(1) Graduando em Eng. Ambiental. Universidade Federal de Campina Grande, Pombal-PB , email: engtiberio@gmail.com
(1) Graduanda em Agronomia. Universidade Federal de Campina Grande, Pombal-PB , email: elienearaujo83@gmail.com
(4) Profº. Msc.. Universidade Federal de Campina Grande, Pombal-PB , email: rubeniaadm@gmail.com
RESUMO: O planeta Terra é composto por 70% de água, desses apenas 3% é água doce e 98% desta são subterrâneas. O presente trabalho foi realizado no município de Sumé, localizado no Estado da Paraíba (IBGE, 2006). Foram coletadas amostras de água em 30 fontes sub-superficiais, sendo elas poços artesiano, cacimbas, açudes e rio, no período chuvoso do ano de 2006. As amostras de água foram coletadas com um equipamento (coletor Falcão) confeccionado em tubo de PVC rígido branco PN 20, com diâmetro de 100 e comprimento de 600 mm. As águas foram acondicionadas em garrafas plásticas e encaminhadas ao Laboratório de Irrigação e Salinidade da UFCG, onde foram caracterizadas físico-quimicamente, determinando-se a condutividade elétrica, pH, cálcio, magnésio, sódio; potássio, carbonato, bicarbonato, cloreto e sulfato. As águas podem causar problemas de infiltração, por apresentarem grau severo de restrição de uso para irrigação (Ayers e Westcot, 1999), quando combinadas com as dos valores da CE e RAS. Grande parte da área municipal tem águas com CE inferior a 0,7 dSm-1, uma pequena área com águas cuja CE se encontra entre 0,7 e 1,5 dSm-1, e uma área pontual em que a CE é superior a 1,5 dSm-1, mais precisamente 2,0 dSm-1. Das amostras analisadas, 53% apresentaram excelente qualidade de água, de acordo com os limites permitidos para consumo humano, irrigação e consumo animal e a sobreposição dos mapas municípios x salinidade permite identificar, através dos pontos georreferenciados, as áreas com águas salinas ou não salinas orientando nas futuras construções de obras hidráulicas.
Palavras-chave: Condutividade elétrica. Análise de água. Índice pluviométrico.
INTRODUÇÃO
O planeta Terra é composto por 70% de água, desses apenas 3% é água doce e 98% desta são subterrâneas. Isso significa que a maior parte da água apresenta algum tipo de dificuldade de acesso para o consumo, sendo mínima se comparada com a quantidade total do Planeta. Os recursos hídricos têm grande importância no desenvolvimento de diversas atividades econômicas e, a busca do conforto aumenta muito as necessidades diárias de água doce (GODOY, 1999).
A distribuição hídrica regional brasileira é de 70% para a região Norte, 15% para o Centro-Oeste, 12% para as regiões Sul e Sudeste, que apresentam consumo mais elevado água e 3% para o Nordeste. Essa região, além do déficit de recursos hídricos, tem sua situação agravada por um regime irregular pluviométrico e pela baixa permeabilidade do terreno no escudo cristalino (AESA, 2010).
Nesse contexto, o Semiárido brasileiro passou por inúmeros problemas hídricos, após uma das secas mais intensas 1877 que ocasionou a morte de meio milhão de pessoas, diante disto, o governo começou adotar medidas de auxilio hídrico, com a construção de açudes e barragens. Nesse sentido, em 1909 foi criada pelo Governo Federal a Inspetoria de Obras Contra a Seca (IOCS) que era a representação do Governo no combate à seca nordestina, que dominava a técnica hidráulica na construção de açudes, escassa nesse período, a IOCS em 1945 passa a chamar-se Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) (MALVEZZI, 2007).
O clima do município de Sumé localizado no estado da Paraíba é do tipo tropical semiárido, com período chuvoso de novembro a abril, o qual possui precipitação média anual de 500 mm, logo o presente trabalho objetiva analisar neste município a qualidade de água subterrânea de 30 fontes hídricas distribuídas em poços artesianos e cacimbas no período chuvoso.
METODOLOGIA
O presente trabalho foi realizado no município de Sumé localizado na microrregião do Cariri Ocidental e na Mesorregião da Borborema, no Estado da Paraíba (IBGE, 2006).
Foram coletadas amostras de água em 30 fontes sub-superficiais, sendo elas poços amazonas e cacimbas, no período chuvoso do ano de 2006.
As amostras de água foram coletadas com um equipamento denominado coletor Falcão, confeccionado em tubo de PVC rígido branco PN 20, com diâmetro de 100 e comprimento de 600 mm, usando-se capsula para vedação, perfurado com brocas de 10 mm em uma das extremidades, com um orifício de 20 mm inferior para proceder à descarga de água na garrafa, através de um funil, conforme Figuras 1a e 1b abaixo.
Figura 1a. Coletor de água utilizado na pesquisa Figura 1b. Procedimento de envasamento.
Fonte: FUNASA, 2007 Fonte: FUNASA, 2007
Os pontos de coleta de água foram georreferenciados através do aparelho de GPS (Figura 1c) 12XL e transferidos para localização em mapa com os dados de localização geográfica, usando-se o programa MAPINFO 7.0, que permitiu a obtenção dos pontos com latitude e longitude em projeção UTM (Universal Transversa de Mercator).
Nas fontes superficiais a sonda multiparâmetro foi colocada diretamente na água, visando obter dados em diferentes profundidades, isto é, caracterizando o perfil da água do reservatório. Sondas multiparamétricas são muito utilizadas para controlar a qualidade da água. Este material de laboratório é capaz de medir até 13 parâmetros de qualidade da água diferentes, sendo oito medidos e cinco calculados. A sonda multiparamétrica pode ser utilizada em águas superficiais, subterrâneas, efluentes e reservatórios, entre outros. As fontes hídricas superficiais e sub-superficiais
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