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Estatística não é matemática

Tese: Estatística não é matemática. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/9/2013  •  Tese  •  489 Palavras (2 Páginas)  •  300 Visualizações

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Se você acabou de passar no vestibular e vai começar a cursar Psicologia, parabéns! Bem vindo ao clube! E se você teve a curiosidade de verificar a grade curricular do seu curso, deve ter notado que, apesar de variar de universidade para universidade, você terá que cursar pelo menos uma ou duas disciplinas de estatística. Isso mesmo! Você não leu errado, não. É estatística mesmo. E já sabemos o que você está pensando: “Poxa vida! Escolhi Psicologia justamente para fugir de matemática e disciplinas exatas! Aí não vale!” É fato: dez em cada quinze graduandos em Psicologia odeiam a simples idéia de ter que lidar com números e fórmulas novamente. Mas não se preocupe. A boa notícia é que a história não precisa ser assim.

Estudar estatística não é um bicho de sete cabeças, estatística não é uma disciplina difícil. E no final das contas, é possível sim chegar à pós-graduação tendo um conhecimento sólido e robusto sobre estatística e, o mais importante, um conhecimento sólido e robusto sobre como utilizá-la.

Mas por que toda essa aversão à estatística por parte de alunos de Psicologia? Por que será que eles temem tanto essa disciplina? Na nossa opinião, são vários os motivos que levam os alunos de Psicologia a não gostarem de estatística. Vamos tentar, nessa postagem, desmascarar alguns desses motivos e mostrar que estudar estatística pode ser até divertido.

Estatística não é matemática.

O primeiro grande motivo que leva os alunos de Psicologia (e em certa medida alunos das ciências sociais e humanas em geral) a odiarem ou temerem estatística é a conexão inevitável (e muitas vezes errônea) que se faz entre estatística e matemática. Vamos começar sendo bem diretos: Estatística não é matemática. Estatística não é nem um ramo da matemática. É óbvio que matemática faz parte da realidade do estudo da estatística, mas o fundamental da estatística não é saber matemática. Um engenheiro, por exemplo, precisa saber matemática, mas ninguém diz que engenharia é um ramo da matemática. E mais ainda: ninguém diz que o simples fato de saber matemática faz de uma pessoa um bom engenheiro. Uma lógica parecida acontece com a estatística: saber matemática não te faz ser uma pessoa boa em estatística. A matemática é, na verdade, a ferramenta que se utiliza para a formalização das idéias estatísticas. A matemática somente passa a ser cogente para o campo da estatística quando o objetivo é desenvolver teorias estatísticas (o que não é o caso da maioria dos psicólogos que a utilizam). A prática da estatística não requer conhecimento profundo de matemática. Pelo contrário. O tipo de conhecimento necessário para o profissional que utiliza estatística é bem diferente do conhecimento necessário para o profissional que desenvolve estatística. Para o profissional que utiliza estatística é necessário um conhecimento mais profundo acerca da utilidade da ferramenta estatística. Esse ponto nos leva para o segundo motivo pelo qual as pessoas odeiam estatística: a maioria das pessoas não sabem nem pra que ela serve.

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