O PROJETO DE INTERVENÇÃO

Aluna: Maria dos Navegantes Oliveira Sá

PROJETO DE INTERVENÇÃO

Introdução:

          Esse projeto  é voltado para os jovens moradores de comunidades carentes que buscam através dos estudos melhorar sua qualidade de vida. Para esse trabalho foram observadas as turmas do 2°  e 3° ano do ensino médio do  turno da noite da Escola de Ensino Médio Liceu do Conjunto Ceará. A maioria dos alunos dessas turmas trabalham ou tem filhos que dependem deles  e por isso optaram por esse turno. Com o projeto, esses jovens poderão reforçar os conteúdos aprendidos em sala por meio jogos educativos otimizando o tempo de aprendizagem.

Objetivo Geral:

Estimular a aprendizagem e o gosto pela Matemática através de jogos didáticos.

Justificativa:

             A desmotivação e falta de atenção dos alunos são alguns dos piores problemas enfrentados pelos professores. Isso ocorre com mais frequência no ensino médio. Segundo os alunos, a falta de estímulo é causada pelo cansaço físico devido a correria do dia a dia, a violência nos arredores da escola e a falta de apoio da família, entre outros fatores. Com o surgimento da pandemia, a situação agravou-se. Por isso, após analisar depoimentos de alunos e professores, respeitando as limitações de tempo e espaço de todos os envolvidos no projeto, surgiu a ideia de realizar jogos didáticos nas aulas de Matemática que reforçam, de forma lúdica, a aprendizagem nos temas estudados.

Fundamentação Teórica:

No processo de ensino é importante manter os alunos motivados, pois sem motivação não será possível atingir o principal objetivo da educação que é aprendizagem. Para Fita (1999), muitas vezes dizemos que para o aluno ter motivação em aula é importante ter um bom professor. Ouve-se dizer também, que um bom professor é aquele que sabe motivar seu aluno.

O professor precisa estar sempre buscando investigar estratégias que atraiam a atenção dos alunos para a sala de aula. Huertas (2001) afirma que o papel do professor não é o de influenciar o aluno quanto às suas habilidades, conhecimentos e atitudes, mas o de facilitar a construção por parte deles do processo de formação. Ou seja, o professor deve oferecer ferramentas propiciem a aprendizagem e valorizem a autonomia do aluno nesse processo.

Analisando as fatores que envolvem esse processo, podemos citar a importância da contextualização dos conteúdos estudados.

Para aprender matemática em qualquer nível, é preciso entender as questões relevantes antes que você possa esperar que as respostas façam sentido. Entender uma questão, muitas vezes, depende de saber a história da idéia. De onde veio? Por que é ou era importante? Quem queria a resposta e por que a queria? Cada etapa no desenvolvimento da matemática é construída com base naquilo que veio antes. [...] Para ensinar matemática em qualquer nível é necessário ajudar os estudantes a entenderem as questões e formas de pensamentos que ligam os detalhes. A atenção dada a tais questões é o que marca os melhores currículos [...]. (BERLINGHOFF e GOUVÊA, 2010, p. 1).

Nesse trecho, os autores demonstram que há questionamentos que devem ser levados em consideração no momento da aula para que a aprendizagem seja significativa. Os jogos podem auxiliar o trabalho do professor nessa missão, mas Moura alerta que o uso desse tipo de recurso deve ser bem planejado.

O jogo para ensinar matemática deve cumprir o papel de auxiliar no ensino do conteúdo, propiciar a aquisição de habilidades, permitir o desenvolvimento operatório do sujeito e, mais, estar perfeitamente localizado no processo que leva a criança do conhecimento primeiro ao conhecimento elaborado (MOURA,1992, p.47).

Diante do cenário atual da educação e observando a dificuldade dos alunos para recuperar o conteúdo perdido durante o período de isolamento social, os jogos educativos mostram ser uma boa alternativa para tornar as aulas mais produtivas e atrativas.

O trabalho com jogos nas aulas de matemática, quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização, que estão extremamente relacionadas ao chamado raciocínio lógico.(SMOLE, 2007, p.11)

     Mesmo com a retomada para a sala de aula, é impossível reparar todos prejuízos causados pelo primeiro semestre. Porém, como Smole aponta, os jogos trazem uma gama de benefícios para o ensino da Matemática.

Metodologia:

As aulas serão aplicadas através de jogos educativos como quiz de perguntas e respostas, roleta do desafio matemático e jogos de trilha. As pistas e perguntas deverão ser preparadas previamente de acordo com o conteúdo estudado no período da realização do projeto. Os jogos, ainda, deverão ser apresentados no PowerPoint para evitar possíveis contágios causados pelo coronavírus. O jogo deverá ser personalizado para atrair a atenção dos alunos e estimular a particiação dos mesmos.