Estudo Sobre Critomoeda e Bitcoin

1. Criptomoedas

Criptomoedas são moedas virtuais ou digitais, que apesar de serem intangíveis possuem a mesma função das moedas físicas que já conhecemos, porém, seu diferencial é que elas se utilizam de criptografia para mantê-las seguras e para controlar a criação de novas unidades da moeda. Idêntico à moeda impressa que tem números de série ou listras ocultas em seu interior para evitar falsificações, a criptomoeda se utiliza de códigos que são muito difíceis de quebrar. As criptomoedas permitem a transferência de dinheiro através da internet sem necessidade de pagamentos das tarifas que cobram as instituições financeiras e bancárias.

Moedas virtuais usam um controle descentralizado, ao contrário de sistemas bancários que são extremamente centralizados. De forma geral, as criptomoedas são compostas por uma carteira (ou wallet), onde é armazenado o saldo, uma blockchain, que é um banco de dados distribuído onde são armazenadas todas as transações já efetuadas com a moeda, e uma rede peer-to-peer, que é onde a blockchain e as transações são publicadas.

A rede de computadores é responsável pelo processamento de cálculos matemáticos que irão garantir que aquela transação é válida, e a criptomoeda não foi gasta mais de uma vez. Se a transação for válida é adicionada a rede e fica armazenada em todos os computadores participantes. Para fraudar uma transação de criptomoedas é necessário alterar os registros da transação em pelo menos metade dos computadores da rede e forjar todas as contas que validaram a transação, isso exigiria de ter capacidade de computação maior que metade de toda a rede. Caso isso não ocorra os outros computadores não validam a transação e ela é cancelada. E é desta forma que a própria rede garante sua autenticidade sem necessitar de uma autoridade central.

1. Bitcoin

Quando havia o padrão ouro, cada moeda poderia ser trocada pelo seu valor em ouro. Até que em 1971 nos Estados Unidos o presidente da época, Richard Nixon, acabou com o lastro em relação ao ouro, e transformou o dólar em uma moeda fiduciária, ou seja, o valor da moeda depende tão somente da confiança que as pessoas têm nela. Porém mesmo quando havia lastro baseado em ouro, o valor do outro era dado em relação a confiança das pessoas. E é exatamente este conceito que garante o valor do Bitcoin, que é a primeira criptomoeda a existir.

Inicialmente o valor de cada Bitcoin era praticamente nulo, algo entorno de U$ 0,07. Em março de 2010 um usuário do “Bitcoin Forum” tentou vender 10.000,00 bitcoins por U$ 50,00 e ninguém aceitou a proposta. Isso se deu, pois, o apelo do Bitcoin inicialmente era muito mais ideológico que prático, segundo Nathaniel Popper conta em seu livro Digital Gold. Não ter nenhuma autoridade central atraiu inicialmente pessoas que presavam por essa liberdade, porém o primeiro uso em larga escala do bitcoin não foi lícito.

Inicialmente o bitcoin era usado como moeda no comércio ilegal do Silk Road, e assim começou a valer algumas dezenas de dólares. Porém seu valor logo sofreu uma queda em fevereiro de 2014, quando a maior casa de bitcoin na época, a MtGox desapareceu com cerca de 650 mil bitcoins de seus clientes. Demorou anos para o valor do Bitcoin se recuperar até que no final de 2016, começo de 2017 a moeda disparou para valores absurdamente altos, e está atualmente na casa dos milhares de dólares.

Essa valorização geralmente ocorre quando pessoas de outros países geralmente enfrentam problemas de câmbio, ou seja, quando a moeda de uma país sofre uma forte desvalorização as pessoas se utilizam do Bitcoin, para salvar poder de compra. As crises no Japão e na Venezuela tem fortes ligações com a valorização do Bitcoin, afinal em 2016 foi a moeda mais valorizada de todo o planeta.