AS TEORIAS DE TAYLOR, FORD, FAYOL E WEBER
Por: ot4vio • 12/4/2021 • Trabalho acadêmico • 1.836 Palavras (8 Páginas) • 702 Visualizações
AS TEORIAS DE TAYLOR, FORD, FAYOL E WEBER
TAYLOR
A Segunda Revolução Industrial foi a responsável pelo aumento na produção de mercadorias, portanto, para suprir a demanda, foi preciso um número maior de industrias. Logo, foi preciso reinventar todo o processo, visando um aumento na produção em uma quantidade e em menor tempo.
Foi Frederick Taylor o primeiro a estabelecer um modelo de produção industrial que conseguisse sanar a expectativa da época. Ele fez de tal forma que o funcionário era adequado ao ritmo da máquina que ele operava, resultando em um menor número de interrupções, menos desperdício e por consequência uma maior produtividade. Esse sistema ficou conhecido mundialmente como Taylorismo.
Com isso Taylor introduziu o conceito da Administração Científica e revolucionou todo o sistema produtivo do início do século XX. Esse conceito visa a aplicação do método cientifico para que haja um melhor custo benefício aos sistemas produtivos.
Taylor estabeleceu que a divisão do trabalho seria dada de acordo com as aptidões de cada funcionário, e esses seriam treinados para realizar aquela função no menor tempo possível e com competência. O funcionário seria especializado em sua tarefa e o trabalho todo padronizado. Ele também pregava que a remuneração do operário se daria de acordo com a quantidade produzida por ele, assim haveria um incentivo para que o mesmo trabalhasse mais e então gerasse mais lucro para a indústria.
Taylor esperava obter o melhor rendimento de cada trabalhador e por consequência a indústria sendo operada com excelência.
Contudo, a administração científica recebe algumas críticas. Essas se dão pelo fato do operário ser desumanizado pelo sistema, sendo visto como uma peça de uma máquina. E dentre outras, pela superespecialização do funcionário, que não conhece todo o processo e não tem espaço para ser ouvido.
A Administração Científica pode ser resumida em alguns princípios básicos que garantem o funcionamento da indústria de uma forma clara e eficiente. São eles:
- Princípio do Planejamento (Não é mais aceito a improvisação no trabalho. É necessário que esse seja planejado e testado, para que haja menos falhas e um aumento na produção)
- Princípio do preparo dos trabalhadores (O operário é destinado para um cargo de acordo com suas próprias aptidões, ele também será treinado para poder desenvolver sua função de uma forma mais qualificada e mais rápida)
- Princípio do controle (O supervisionamento é fundamental para se assegurar que o trabalho está sendo realizado de forma adequada e garantir o sucesso da produção)
- Princípio da execução (Deve se organizar e distribuir as funções entre os funcionários para que o trabalho seja o mais disciplinado e padronizado possível)
FORD
Henry Ford foi um empresário e um inventor americano que revolucionou a indústria automobilística. Ele foi fundador da Ford Motor Company e criador do modelo Ford T. O conceito criado por Ford ficou conhecido mundialmente como Fordismo e foi fundamental para a modernização da Segunda Revolução Industrial.
O Ford T, que simboliza o nascimento da era do automóvel, rapidamente tornou-se um sucesso. Para conseguir uma produção tão grande, Ford se inspirou no Taylorismo: ele criou um método onde especializava o trabalhador em poucas funções, de forma que o chassi do automóvel passava sobre uma esteira e o trabalhadores iam colocando os componentes necessários. Assim, não havia a exigência do operário se deslocar para realizar seu serviço e o carro ficava pronto em poucas horas.
Para Ford, a produção de um determinado produto deveria ser totalmente realizada pela mesma indústria. E essa deve seguir o modelo de administração na vertical, ou seja, tudo deve ser do mesmo dono e controlado de maneira centralizada. Por exemplo, para produzir o automóvel, foi planejada uma fábrica enorme, onde, de um lado entravam as matérias primas e do outro saia o carro já pronto.
Como a linha de produção Fordista visa a produção em massa, a redução de custos, a padronização dos produtos fabricados, a alta produtividade e o baixo tempo de montagem, o produto final acabou sendo barateado. Contudo, não havia como as pessoas comprá-lo. Por esse motivo, houve a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias, folgas nos fins de semanas e aumento dos salários dos funcionários. Agora, com a população tendo acesso a bens materiais, o Ford T tornou-se sinônimo de status e desejo da classe média. Esse acesso e incentivo ao consumo influenciou a economia dos Estados Unidos e explica o motivo da Ford ter grandes estoques acumulados.
É perceptível que Ford trabalhou em algo que na época ainda não tinha sido levado em consideração: o bem estar social do proletariado. Entretanto, ele teve essa percepção justamente para poder vender mais, uma vez que o proletariado era, também, seu mercado consumidor. Logo, com os salários dos consumidores melhores e com um barateamento constante de seu produto, a companhia conseguia vender cada vez mais. E é aí que o lucro aparece: com a grande quantidade de produtos vendidos.
Além do acumulo de estoque, outro problema do Fordismo era a sua produção, que apesar de eficiente, era concentrada em um único produto. Nota-se que com o surgimento de novas empresas concorrentes, muitas vezes, o consumidor preferiu comprar carros com um design e cores diferentes (Observa-se que houve uma persistência por meu da companhia para que o modelo Ford T continuasse sendo produzido da mesma maneira e não se adaptando aos novos gostos e modas; não alterando nem a cor, mantendo sempre preto).
Como o sucesso do carro foi tanto ele era também vendido na Europa num cenário pós Primeira Guerra Mundial. Contudo, na década de 1920, a Europa começou a se reestruturar, comprando menos dos Estados Unidos. Entretanto, as indústrias estadunidenses continuavam na produção acelerada, o que fez aumentar os estoques, pois as vendas já não eram como antes. Essas situações, somadas a outros fatores, desencadearam a crise econômica de 1929.
FAYOL
A Teoria Clássica de Fayol complementou o trabalho de Taylor, substituindo a abordagem analítica e concreta por uma abordagem sintética, global e universal. Fayol propôs a racionalização da estrutura administrativa e a empresa passa a ser percebida como uma síntese dos diversos órgãos que compõe a sua estrutura.
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