CMMI Fases de Maturidade de Processos de Software
Por: jerusabss • 21/8/2016 • Artigo • 4.143 Palavras (17 Páginas) • 545 Visualizações
Fases de maturidade de processos de software
Jeferson M. Borges
Ciências da Computação – Centro Universitário do Triângulo (Unitri)
CEP – 38411-106– Uberlândia – MG – Brasil
jefersonmartinsborges@hotmail.com
Abstract. This article will talk about methods of software process maturity showing the importance of seeking increasingly advanced levels of maturity. They will discuss the advantages of the methods applied by the CMMI model developed by SEI (Software Engine Institute) and MPS.BR which basically is based on the CMMI model .
Resumo. Este artigo discorrerá sobre métodos de processos de maturidade de software mostrando a importância de buscar níveis cada vez mais avançados de maturidade. Serão discutidas as vantagens dos métodos aplicados pelo modelo CMMI desenvolvido pela SEI(Software Engine Institute) e o MPS.BR que baseia-se basicamente no modelo CMMI.
1. Introdução
Os produtos de softwares concorrem em um mercado amplo e aberto sem barreiras ou restrições formais. Existe uma grande demanda por estes produtos, ainda mais com o aumento exponencial da tecnologia em diversas áreas, no entanto a concorrência é bem acirrada, mas como em todo ramo de comercio o cliente busca qualidade no produto que lhe esta sendo entregue, no ramo da indústria de software o cliente ainda exige produtos de um preço acessível e entregas dentro em curto prazo. Se não houver um sistema de gerenciamento que orientem a empresa durante o processo de desenvolvimento de um produto, torna-se inviável desenvolver um software dentro das exigências dos clientes, sendo assim o modelo de maturidade se torna uma peça fundamental no gerenciamento de projetos.
Segundo estatísticas apresentadas pela Standish Group, a indústria de software continua lidando com projeto de softwares malsucedidos. Em 2003 tem-se uma média de apenas 34% de projetos bem sucedidos (Couto, 2007).
Mas as estatísticas apresentadas pela Standish Group mostram uma tendência de melhora sendo que em 1994 eram apenas 16% de software bem sucedidos em 2001 27% e assim por diante. Este crescimento positivo se deve à busca da certificação ISO 9001 e da qualificação em modelos de qualidade de software como o CMM (Couto, 2007).
Desde a década de 70, período da crise do software, a indústria de software vem cada vez mais procurando a padronização em padrões de projetos para que não haja perca de esforço na produção de software e ainda assim grande parte dos projetos desenvolvidos são descartados ou descontinuados durante o processo de desenvolvimento (Pressman, 1995).
Com uma dependência cada vez maior da tecnologia a preocupação com a qualidade do que se esta sendo desenvolvido aumenta proporcionalmente. Pesquisadores afirmam que se alguns sistemas de uso global deixassem de funcionar, cerca de 40% da população mundial sofrerá impacto, isto inclui desde o usuário comum até grandes empresas.
Nos últimos 20 anos, tivemos um crescimento exponencial na necessidade de armazenamento de dados, ferramentas para cálculos, etc. Ferramentas estas que são utilizadas em diversas áreas e com diferentes objetivos.
Por esta demanda de um crescimento contínuo, a preocupação com o grau de maturidade das empresas que desenvolvem softwares, surgiu a necessidade de avaliar esta maturidade.
O termo maturidade de processo de software vem sendo discutido desde final da década de 80, quando surgiu a necessidade do governo dos EUA avaliar a capacitação de seus fornecedores de software. Desde então iniciou a preocupação com a melhoria nos processos de desenvolvimento de software para, deste modo, trazer ao cliente maior confiança no serviço que esta sendo prestado e na qualidade do produto a ser entregue.
Em tese, processo é um conjunto de métodos que fábricas de software utilizam para desenvolver e manter o software produzido. O foco da maturidade é no processo de software por entender que um sistema de software é influenciado com a qualidade em que é desenvolvido. A capacidade do processo descreve um conjunto de resultados esperados que possa ser atingido quando segue o processo de desenvolvimento estabelecido. Deste modo a maturidade do processo de software é a capacidade de definir, medir, gerenciar e controlar o processo de desenvolvimento de um determinado software.
Um processo imaturo traz diversos prejuízos à organização, tornando o trabalho excessivo por não ter uma visão realista do progresso dos projetos, com isto a qualidade de vida no trabalho é ruim tornando o ambiente cada vez mais desgastante e desmotivando os profissionais que ali trabalham, a qualidade dos produtos cai causando uma descredibilidade dos gerentes perante os gerentes superiores e o cliente, pois estes reclamam por estarem insatisfeitos, seja por defeito ou por não conseguirem aprender o uso correto devido a forma que o software foi desenvolvido.
Dos diversos modelos de maturidade o mais conhecido é o CMMI conhecido internacionalmente e desenvolvido pela SEI, este método é definido por 5 fases de processos de maturidade de software.
Outro modelo utilizado no Brasil é o MPS.BR, este é um modelo baseado nos processos desenvolvidos aqui no Brasil e com foco na realidade do mercado das pequenas e médias empresas.
2. CMMI
CMMI e SW-CMM são padrões criados pelo SEI (Software Engine Institute) para melhoria dos processos desenvolvimento de software. Antes do CMMI existia apenas o SW-CMM que era específico para a área de software, deste modo não regularizava outras áreas (SEI, 2016).
Com o sucesso alcançado pelo SW-CMM foram criados outros modelos derivados como, por exemplo, P-CMM para recursos humanos, AS-CMM para aquisição de software, SE-CMM para engenharia de sistemas. Mas a criação de diversos modelos criou um outro problema, era a segregação de padrões. Cada área seguiria o padrão seu respectivo padrão (Couto, 2007).
Devido essa diversificação de modelos de processo surgiu a necessidade de estabelecer um padrão que unificasse todos para que independente da área poderia ser utilizado, desta forma foi criado o CMMI.
Este modelo foi desenvolvido entre 1987 e 1997 e em 2002 foi lançada a versão 1.1, atualmente utiliza-se a versão 1.3 que foi lançada em 2010, as principais alterações foram a integração de métodos de desenvolvimento ágeis e o SEI tornou sua interpretação mais clara (Almeida, 2007).
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Figura 1. Fases CMM (Salahab, 2008)
Muitas empresas já se preocupam com sua maturidade e buscam estarem qualificadas, abaixo podemos ver algumas empresas que são certificadas no Brasil de acordo com uma pesquisa feita em agosto de 2006.
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