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Resenha dos trabalhos de Brooks e Turing - Pedro Augusto Lelis

Por:   •  28/9/2016  •  Resenha  •  671 Palavras (3 Páginas)  •  341 Visualizações

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Resenha dos trabalhos “Intelligence without Reason” de R. A. Brooks e “Computing Machinery and Inteligence” de A. M. Turing

Em seu trabalho “Intelligence without Reason”, Brooks propõe que inteligência artificial deve ser de baixo para cima e não de cima para baixo, como era abordada até então. Esta abordagem antiga se devia a limitações dos computadores mais antigos, as quais não existem mais.

A tecnologia evoluiu e os computadores ficaram mais potentes. Porém, a comunidade científica, presa à abordagem antiga de inteligência artificial de cima para baixo, não desenvolveu todo o potencial desta área nos últimos anos, o qual poderia ter sido alcançado, caso se tivesse buscado novas abordagens de baixo para cima.

Segundo a abordagem tradicional, os agentes inteligentes devem primeiro sentir seu ambiente por meio de seus sensores. Em seguida, eles devem criar um modelo deste ambiente. Só então devem processar um plano para alcançar seus objetivos em cima do modelo criado. Finalmente, eles agem segundo o modelo e plano criado. Nesta abordagem, investe-se muito tempo e processamento na criação do modelo e pouco na criação do plano e na atuação. Porém os modelos criados, embora tenham consumido bastante tempo e processamento, muitas vezes possuem falhas.  Além disso, se o ambiente for dinâmico, a atualização do modelo se torna muito demorada. Ainda segundo a abordagem tradicional de inteligência artificial, os agentes possuíam subseções específicas para determinada atividade e controle centralizado.

Segundo Brooks, os agentes inteligentes devem aprender com base no comportamento, de forma dinâmica e rápida, e permitir que diferentes subseções interajam entre si, tal qual acontece com sistemas biológicos. Para isto, deve-se utilizar sensores para monitorar o mundo real continuamente a fim de responder a mudanças no ambiente em tempo real e utilizar diferentes camadas de controle, uma para atividades primitivas e outra para atividades complexas.

Em seu trabalho “Computing Machinery and Inteligence”, Turing propõe um jogo com o intuito de avaliar se uma máquina poderia ser considerada inteligente ou não. A máquina ganha o jogo e é considerada inteligente se ela for capaz de se passar por um humano. Por este motivo, tal jogo recebe o nome de “Jogo da Imitação”.

Os elementos do jogo são simples: uma pessoa (jogador 1) conversaria com outra pessoa (jogador 2) e com uma máquina (jogador 3), ambos se passando por humanos. O jogador 1 deve fazer perguntas para o jogador 2 e 3 e, com base em suas respostas, deve avaliar qual dos dois jogadores é o humano e qual é a máquina.

        O intuito do jogo é avaliar apenas a capacidade da máquina de pensar de forma inteligente, portanto não importa se a máquina se parece fisicamente com um humano ou possui voz parecida com a de um humano. Desta forma, o jogador 1 deve conversar com os demais jogadores sem poder vê-los ou escutá-los, para que não houvesse desvantagem para a máquina. Uma forma de solucionar tal problema seria realizar a conversa entre o jogador 1 e os demais jogadores por escrito, como em um chat.

        Tanto humanos quanto máquinas possuem habilidades que os distinguem facilmente. Máquinas podem realizar cálculos numéricos muito mais rápido do que os humanos. Por outro lado, humanos podem entender e responder perguntas formuladas de forma ambígua e/ou incompleta com mais precisão do que as máquinas. Estas diferentes habilidades podem e devem ser exploradas pelo jogador 1 a fim de distinguir qual dos outros dois jogadores é o humano e qual é a máquina.

        Desta forma, uma inteligência artificial deveria ser capaz de discernir que humanos levam mais tempo para realizar cálculos matemáticos. Portanto, caso a solução a um cálculo fosse apresentado como pergunta pelo jogador 1, mesmo que a máquina consiga solucioná-lo em milésimos de segundos, deveria demorar um determinado tempo para responder, a fim de se passar por um humano. Da mesma forma, uma inteligência artificial deveria ser capaz de responder a perguntas ambíguas e incompletas com a mesma precisão que um humano seria capaz.

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