A Análise de Alimentos
Por: Daniel Mota • 8/10/2019 • Trabalho acadêmico • 1.886 Palavras (8 Páginas) • 351 Visualizações
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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – IFES – CAMPUS VILA VELHA
TÉCNICO EM QUÍMICA – TQVV3N
DANIEL MOTA SILVA
GIOVANNA MARROQUE
Prática nº 1 (20/08/2019)
DETERMINAÇÃO DE UMIDADE E SÓLIDOS TOTAIS EM ALIMENTOS
Disciplina: Análise de Alimentos (Prática)
Professor: Renan Soares
VILA VELHA
AGOSTO - 2019
Introdução
O mais frequente e muitas vezes o mais abundante componente de um alimento é a água. Assim a água passa a ser um dos mais importantes componentes desses produtos com a peculiaridade de ser importante não somente por suas possibilidades de participar em transformações químicas, mas também por permitir as transformações dos demais componentes quando atua como solvente. Sendo então a determinação de umidade é uma das medidas mais importantes e utilizadas na análise de alimentos. Todos os alimentos, qualquer que seja o método de industrialização a que tenham sido submetidos, contêm água em maior ou menor proporção. É de grande importância econômica por refletir o teor de sólidos de um produto e a sua perecibilidade. Umidade fora das recomendações técnicas resulta em grandes perdas na estabilidade química, na deterioração microbiológica, nas alterações fisiológicas (brotação) e na qualidade geral dos alimentos. Portanto a umidade de um alimento está relacionada com sua estabilidade, qualidade e composição, e pode afetar os seguintes itens:
- Estocagem: alimentos estocados com alta umidade deteriorarão mais rapidamente que os que possuem baixa umidade. Ex.: grãos com umidade excessiva estão sujeitos a rápida deterioração devido ao crescimento de fungos que desenvolvem toxinas como aflatoxina.
- Embalagem: alguns tipos de deterioração podem ocorrer em determinadas embalagens se o alimento apresentar uma umidade excessiva. Ex.: velocidade do escurecimento em vegetais e frutas desidratadas.
- Processamento: a quantidade de água é importante no processamento de vários produtos. Ex.: moagem de trigo e milho, umidade do trigo na fabricação de pão.
Água e os alimentos
Nos alimentos ela pode apresentar de duas formas, a saber:
- Água livre: É a água que se encontra ligada com baixa intensidade aos demais componentes dos alimentos. No entanto, ela poderá compor o meio de cultivo para microrganismos que por ventura estejam presentes.
- Água ligada: É aquela fortemente ligada aos demais componentes dos alimentos. Por estar ligada intimamente ao alimento, não serve como meio de cultivo para microrganismos. Dessa forma, não é meio propício para ocorrência de reações químicas e bioquímicas.
Portanto, a água total presente em um alimento se dá na forma de umidade. Ou seja, a umidade é a soma da água livre mais a água ligada (teor de umidade).
A secagem em estufa é o método de secagem mais utilizado e está baseado na remoção da água por aquecimento, e este processo dura entre 6 e 18 horas com temperatura a 100°C e 102ºC, ou até peso constante.
Os sólidos totais de uma amostra de alimentos são os que não volatilizaram junto com a água, ou seja, mantiveram -se na amostra. Estes são obtidos pela diferença entre o peso total da amostra e o conteúdo de umidade.
Objetivo
Determinar o teor de umidade em alimentos usando a estufa comum. Calcular a % de umidade (m/m) das amostras usadas e comparar com a literatura. E calcular os sólidos totais.
Materiais
- Placa de Petri;
- Balança analítica;
- Estufa à 105°C; Dessecador; Espátula;
- Amostras de Farinha de trigo e Coco ralado.
Procedimento
As placas de Petri estavam previamente posicionadas no dessecador, para resfriamento. Estas foram manipuladas com auxílio de papel toalha, pois o contato direto com a gordura dos dedos pode comprometer o resultado da análise. Feito o devido resfriamento, pesou-se as placas vazias e em seguida adicionados aproximadamente 2 gramas de coco ralado e 2,3g ± 0,1 mg de amostra de farinha de trigo em duas placas, separadamente.
Feitas as primeiras pesagens com as amostras úmidas, estas foram colocadas na estufa à 105°C para secar por 30 minutos, quando tiradas da estufa, as placas foram levadas imediatamente ao dessecador, para evitar absorção de umidade do ambiente. Após o resfriamento, pesou-se as placas e novamente levadas à estufa, o procedimento foi realizado em duplicata.
Resultados e Discussão
Tabela 1 : Apresenta os resultados de umidade das amostras de trigo e coco ralado.
Amostras | P | P + AU | P + AS após 1ª Secagem | P + AS após 2ª Secagem | AU | AS 1 | AS 2 | U1 (g) | U2 (g) | U1 (%) | U2 (%) |
Coco Ralado | 39,427 | 41,430 | 41,329 | 41,323 | 2,003 | 1,902 | 1,896 | 0,050424 | 0,003155 | 5,04% | 0,32% |
Trigo | 41,056 | 43,364 | 43,110 | 43,099 | 2,308 | 2,054 | 2,043 | 0,110052 | 0,005355 | 11,01% | 0,54% |
todos os valores de massa se encontram em gramas (g) | |||||||||||
Legenda | |||||||||||
P | Placa de Petri vazia | ||||||||||
P + AU | Placa de Petri + amostra úmida | ||||||||||
AS | Amostra seca | ||||||||||
AS 1 / 2 | Amostras após 1ª e 2ª secagem | ||||||||||
U | Umidade |
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