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A Destilação do Vinho

Por:   •  21/11/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.322 Palavras (6 Páginas)  •  304 Visualizações

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Materiais:

• Manta aquecedora;

• 2 suportes universais;

• Garra para balão de fundo redondo para destilação;

• Garra para destilador;

 • Balão de fundo redondo;  

• Rolha com furo;

• Béquer;

• Erlenmeyer;

• Termômetro;  

• Condensador de tubo reto;

 • 2 Mangueiras;

• Proveta;

 • Vinho;

• 10 Pérolas de vidro;

Métodos:

        

Montou-se o aparelho de destilação de acordo como orientado pela Prof. Claudia e os técnicos do laboratório presentes. Antes do término da montagem do equipamento de destilação, adicionou-se, com o auxílio de um béquer, 100 ml de vinho tinto no balão de destilação junto com 10 pérolas de vidro para evitar solavanco. Fechou-se o balão com a rolha, com um termômetro contido nela. Acionou-se então a torneira de água fria para a renovação da água do condensador e a destilação foi iniciada. Durante o processo de destilação, preocupou-se em fazer o registro da temperatura a cada 4 minutos, da temperatura na qual começa a ebulição e do tempo da queda das primeiras gotas, assim como a quantidade de fluxo.

        Foi ainda realizado um teste organoléptico com a amostra inicial, com o destilado nos tempos de 15, 21 e 28 minutos (min), e com o resido da destilação. Anotou-se o aspecto sensorial de cada um dos testes.

Resultado e Discussão:

Primeiramente, foi montado o sistema de destilação que possui a finalidade de separar líquidos por vaporização (transformação do líquido em vapor) e condensação (transformação de um vapor em líquido).

No balão de destilação foram adicionadas 10 pérolas de vidro. Essas evitam turbulência durante a destilação, ou seja, aumentam a superfície de contato das microbolhas formadas durante o processo de ebulição da solução, reduzindo os solavancos

 A etapa de condensação é primordial para a recuperação do destilado, essa é realizada pelo condensador. Esse equipamento possui a função de arrefecer os vapores formados por aquecimento e conduzi-los ao recipiente de recolha, e é dentre dele que ocorre a transformação do vapor recolhido para a fase líquida. Durante a montagem do sistema colocou-se a entrada de água na parte inferior do equipamento pois, dessa forma a água preenche todo o espaço disponível, garantindo assim que ele permaneça frio e o processo de condensação ocorra de forma correta.

No aparelho montado foi feito a destilação do vinho tinto (Anexo A), registrou-se a temperatura a cada 4 min, assim como os valores em que a solução começou a ebulir (PE) e de caída da primeira gota (PG), foram adicionados na Tabela 1.

Tabela 1.

TEMPO (min)

        Temperatura(°C)

0

28,8

4

28,9

8

30,2

12

46,7

13,16

71,6

PE

14,5

87,8

PG

16

89,4

20

92,2

24

95,1

28

97,1

Fim da destilação

   

Aos 13 min e 30 segundos do início do processo de destilação, a solução começou a borbulhar ao atingir seu ponto de ebulição na faixa de 71,6°C. Aos 14 min e 30 segundos, notou-se a queda da primeira gota do destilado, nesse momento o termômetro indicava uma temperatura de 87,3°C. Passados alguns minutos, determinou-se um fluxo para a quantidade de gotas que caiam do condensador no Erlenmeyer por minuto, sendo esse de 26 gotas/min.

Foi possível então plotar um gráfico baseado nesses dados, com a variação de temperatura por tempo, que é representado na figura 1.        

[pic 1]

[pic 2]

Ao analisar o gráfico, observa-se que por se tratar de uma mistura de líquidos, a temperatura não se permanece constante durante o tempo e esse aumento se dá devido a composição do vapor que varia continuamente durante a destilação. Aspecto que é confirmado quando se compara com a literatura. (Paiva et al, 2009)

No experimento em questão, não é possível um resultado ótimo para a separação da mistura com a utilização da destilação por se tratar de uma mistura de componentes com pontos de ebulição próximos (água 100°C e etanol 78°C e outros componentes do vinho). E ao consultar Paiva et al 2009, observa-se que a mistura em questão se trata de um sistema basicamente composto por etanol-água e, devido ao fato de seu ponto de ebulição de 71,6°C ser mais baixo que o do etanol puro, indica que é impossível a separação total com valor correspondente ao indicado no rótulo do vinho tinto.

Misturas com essas características são chamadas misturas azeotrópicas, essas possuem o aspecto de exibira mesma concentração na fase líquida e de vapor, dificultando sua separação por destilação. Elas Podem ter o ponto de ebulição maior ou menor que seus componentes, mas não podem ser separadas corretamente por destilação simples, pois, ao atingir a ebulição os líquidos presentes nessa mistura irão evaporar juntos por terem a mesma concentração mesmo na fase de vapor. Ocorre em líquidos com pontos de ebulição próximos.

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