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ANÁLISE DA QUALIDADE DE ÁGUAS SANITÁRIAS COMERCIAIS

Por:   •  20/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.110 Palavras (9 Páginas)  •  177 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE- FURG

ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS

QUÍMICA LICENCIATURA

FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL I

ANÁLISE DA QUALIDADE DE ÁGUAS SANITÁRIAS COMERCIAIS

Professora: Carla Weber

Discentes: Andréia R A de Vasconcelos 62265

Ana Luisa Ritter

Suélen Altenhofen 49513

 Viviane Almeida 40385

     

Rio Grande, setembro de 2014

  1. INTRODUÇÃO

    ALVEJANTES é qualquer substância com ação química, oxidante ou redutora, que exerce ação branqueadora. Um exemplo de alvejante é a água sanitária que segundo a portaria n° 89/94 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) são soluções aquosas à base de hipoclorito de sódio ou cálcio, com teor de cloro ativo entre 2,0 a 2,5% p/p, durante o prazo de validade (máximo de 6 meses). Produto poderá conter apenas hidróxido de sódio ou cálcio, cloreto de sódio ou cálcio e carbonato de sódio ou cálcio como estabilizante. Pode ter ação como alvejante e de desinfetante de uso geral. (ANVISA, 2012)

    O valor de hipoclorito de sódio está no seu teor de cloro ativo (é o cloro livre que uma substância pode liberar e que é capaz de agir como alvejante ou oxidante). Essas substâncias têm dois tipos de cloro: o cloro devido aos cloretos e o cloro que pode agir como oxidante.

    O hipoclorito de sódio comercial é uma solução de NaClO que contém 15% e é largamente utilizado em tratamento de águas, tanto para o consumo humano como para recreação (piscinas). As águas sanitárias (tipo Q-boa, Clorofina, etc) têm no rótulo a garantia de 5% de cloro ativo. Na prática o teor varia entre 4 a 6%.

    A importância de se determinar o teor de cloro ativo nos produtos comerciais está no fato que muitos desconhecem e outros fazem fraude prejudicando o produto, não servindo para a sua real finalidade e com isso causando danos ao consumidor. Para isso verifica-se a qualidade do produto através da análise do teor de cloro ativo do mesmo pelo método da Iodometria indireta que consiste na titulação da amostra com Na2S2O3 (tiossulfato de sódio) em meio ácido.

  1. OBJETIVO

    Determinar o teor de cloro ativo por Iodometria, para a análise da qualidade de uma água sanitária comercial e uma amostra previamente diluída.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

     O método de titulação iodométrica indireta, às vezes denominada Iodometria, corresponde à titulação do iodo liberado em reações químicas (VOGEL et al; 2008). O iodo é um agente oxidante fraco empregado primariamente na determinação de redutores fortes. (VOGEL et al; 2008).

     As soluções padrão de iodo têm aplicações relativamente limitadas. Uma vantagem importante do iodo é a disponibilidade de um indicador sensível e reversível para as titulações. Entretanto, as soluções de iodo carecem de estabilidade e precisam ser padronizadas regularmente (SKOOG et al; 2007).

     Uma solução padrão que contém iodeto de potássio é bastante estável e fornece iodo quando tratada com ácido:

IO3- + 5I- + 6H+ 3I2 + 3H2O

     Esta solução serve como fonte de quantidades conhecidas de iodo em titulações. A solução deve ser adicionada a soluções fortemente ácidas. Ela não pode ser empregada em meio neutro ou pouco ácido (VOGEL et al; 2008) devido a hidrólise do iodo à iodeto e hipoclorito, a qual se produz em meio neutro e/ou alcalino.

     O iodato de potássio é um excelente padrão primário para soluções de tiossulfato. Nessa aplicação, quantidades conhecidas do reagente padrão primário são dissolvidas em água contendo um excesso de iodeto de potássio (SKOOG et al; 2007).

      Para a indicação do ponto final utiliza-se os indicadores específicos que são substâncias que reagem de um modo específico com um dos participantes (reagentes ou produtos) da titulação, para produzir uma mudança de cor, visto que as substâncias que formam o amido formam complexos de adsorção (complexo tipo transferência de carga) com o iodo na forma de íons I3-,, conferindo à solução uma coloração azul intensa (BACCAN et al; 2004 ).

      Em Iodometria é comum o uso de indicadores porque a viragem é menos perceptível, devido ao cansaço visual a que o analista é submetido. O indicador geralmente usado é uma solução aquosa de amido, com o qual se pode determinar concentrações de iodo em soluções de até 2 x 10-7 mol.L-1 (BACCAN et al; 2004 ).

      O amido forma um complexo azul-escuro com os íons I3-, e serve como indicador do ponto final de titulações onde o iodo é produzido ou consumido (BACCAN et al; 2004)

      O grande mérito do amido é o baixo custo, mas ele possui as seguintes desvantagens: é insolúvel em água fria e as soluções em água são instáveis. O complexo com o iodo é insolúvel em água, o que significa que o indicador só deve ser adicionado perto do final da titulação, às vezes imediatamente antes do ponto final. Outro problema é a existência ocasional de um produto final muito lento, particularmente quando as soluções são diluídas (VOGEL et al; 2008).

      Duas importantes fontes de erros nas titulações iodométricas, são a oxidação de uma solução de iodeto pelo ar e a perda de iodo por volatilização. Os íons oxigênio são oxidados lentamente pelo oxigênio atmosférico (BACCAN et al; 2004 ).

      Na titulação iodométrica, de agentes oxidantes, onde um excesso de iodeto se faz presente na solução, não se deve demorar muito para iniciar a titulação do iodo. Se for necessário de um maior período de tempo para a reação se completar, o ar deve ser removido da solução e a atmosfera em contato com ela deve ser de dióxido de carbono (BACCAN et al; 2004 ).

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