DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS GRAVIMETRIA
Por: Clezia Carvalho • 13/8/2019 • Relatório de pesquisa • 2.363 Palavras (10 Páginas) • 296 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
GRAVIMETRIA
Relatório para ser entregue ao professor Antônio Santana como cumprimento da disciplina de Química Analítica Quantitativa.
Por: Clézia Carvalho e Thaís Roberta.
Ilhéus – Bahia
Julho /2016
1 INTRODUÇÃO
Embora as camadas hidratadas de moléculas de água tendam a manter separados entre si os íons de cargas opostas e de outras espécies em soluções aquosas, em alguns casos tais íons podem se combinar um com o outro. Dentre estas reações está a de precipitação, onde o produto é uma fase condensada (sólida ou líquida) pouco solúvel em água (RUSSELL, 1994).
As reações de precipitação têm muitas aplicações e são usadas, principalmente, nas análises químicas. Na análise qualitativa, a formação de um precipitado é usada para confirmar a identidade de certos íons. Na análise quantitativa, o objetivo é determinar a quantidade de cada substância ou elemento presente na amostra. Já na análise gravimétrica, alvo desse experimento, a quantidade da substância presente é determinada pela medida da massa. Nesse tipo de análise um composto insolúvel precipita, o depósito é filtrado e pesado, e a quantidade de substância em uma das soluções originais é calculada (figura 1) (ATKINS & JONES, 2012).
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Figura 1: esquema de filtração de um precipitado.
A análise gravimétrica pode ser usada, por exemplo, no monitoramento ambiental, para encontrar a quantidade de um metal pesado, como, por exemplo o chumbo ou o mercúrio, que existe em amostras de água (ATKINS & JONES, 2012). Também podemos utilizar esse tipo de análise para determinação de ferro em solos (http://www2.dracena.unesp.br/graduacao/arquivos/quimica_geral/Gravimetria.pdf).
Também podemos citar sobre uma solução supersaturada, que é uma solução instável, e a precipitação em geral ocorre rapidamente. Temos como exemplo a seguir, a precipitação do BaSO4 que continua até que as concentrações do Ba2+ e SO2-4 sejam reduzidas a 4x10-5 mol/L.
BaSO4(s) Ba2+ + SO2-4[pic 3]
4x10-5 mol/L 4x10-5 mol/L + 4x10-5 mol/L[pic 4]
Para obter bons resultados numa análise gravimétrica, devemos obter um precipitado puro e que possa ser recuperado com alta eficiência. Com isso, para ser um bom precipitado deve apresentar algumas características como: Ter baixa solubilidade, ser fácil de recuperar por filtração, não ser reativo com o ar, a água, etc, e ser algo onde o nosso analito seja apenas uma pequena porção do precipitado.
Muitos precipitados, como o Fe(OH)3 formam inicialmente suspensões coloidais. Os coloides são suspensões de partículas geralmente muito pequenas para serem vistas com um microscópio, mas suficientemente grandes para espalhar a luz. São classificados de acordo com as fases de seus componentes (tabela 1). Já os coloides em água, podem ser classificados como hidrofílicos ou hidrofóbicos, dependendo da força das interações entre a substância em suspensão e a água (ATKINS & JONES, 2012).
Tabela 1: Classificação dos coloides*.
Fase dispersa | Meio de dispersão | Nome técnico | Exemplos |
sólido | gás | aerossol | fumaça |
líquido | gás | aerossol | “spray” de cabelos |
sólido | líquido | sol ou gel | tinta de pintar |
líquido | líquido | emulsão | leite, maionese |
gás | líquido | espuma | espuma antifogo |
sólido | sólido | dispersão sólida | vidro de rubi |
líquido | sólido | emulsão sólida | asfalto, sorvetes |
gás | sólido | espuma sólida | espuma isolante |
*Baseado em R. J. Hunter, Foundations of Colloid Science, vol. 1 (Oxford: Oxford University Press, 1987).
Um exemplo de material farmacêutico coloidal bioderivado (retirados de materiais naturais de seres vivos ou resultantes de sua transformação) é o ácido hialurônico. Este composto ocorre naturalmente no organismo, em que é um componente do fluido que lubrifica as juntas e tem papel importante no reparo de tecidos, em especial a pele. As moléculas do ácido contêm grupos OH que formam ligações de hidrogênio com a água, tornando-se um coloide, com isso quando se movem pelo corpo, carregam consigo um grande número de moléculas de água (ATKINS & JONES, 2012).
Quando se trata de precipitação, podemos citar sobre cristais. Estes por sua vez, podem formar-se de quatro maneiras diferentes:
- A partir de uma solução – um bom exemplo são os sais dissolvidos na água. À medida que a água evapora, vai aumentando a concentração de sal até um ponto em que ele começa a precipitar na forma de cristais.
- A partir de uma fusão – são os cristais que se formam quando ocorre o resfriamento.
- A partir de vapores (figura 2) – como os cristais de neve ou outros.
- Por recristalização (figura 3) – quando um mineral se transforma em outro, sem deixar o estado sólido.
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Figura 2: Cristais, a partir de vapores. Figura3: Cristais, por recristalização.
Essa prática teve como objetivo determinar a pureza do cromato de potássio através da técnica quantitativa de gravimetria por precipitação.
2 MATERIAIS E REAGENTES
- Béquer pequeno;
- Espátula;
- Balança analítica;
- Funil;
- Erlenmeyer;
- Béquer grande;
- Papel filtro;
- Estufa;
- Chapa aquecedora;
- Água destilada;
- Cromato de potássio (K2ClO4);
- Cloreto de bário dihidratado (BaCl2 . 2H2O);
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Primeiro, numa balança analítica pesou-se cerca de 0,2 g de cromato de potássio, em um béquer pequeno. Em seguida adicionou-se 50 mL de água destilada e pôs em banho maria a 56°C apenas para aquecer, evitando a supersaturação.
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