DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA E EFEITO SALTING OUT
Por: Evanilson Clemente • 26/5/2022 • Relatório de pesquisa • 2.591 Palavras (11 Páginas) • 232 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA
CE0856 - QUÍMICA ORGANICA PRÁTICA
Prof. Diego Lomonaco
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA E EFEITO SALTING OUT
Alunos: Érica Kércia da Rosa Amorim (484914)
Francisco Evanilson Clemente de Sousa (484911)
Ricardo da Costa Lima (427991)
Data da prática: 24/03/2022
FORTALEZA
2022
RESUMO
A aferição do teor de álcool etílico na gasolina é uma técnica muito simples e utilizada diariamente nas ações de fiscalizações da ANP (Agência Nacional do Petróleo) a partir de denúncias de consumidores e os dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC). As técnicas utilizadas consistem em uma extração liquido-liquido que separam e extraem o álcool etílico da gasolina para a fase aquosa formando duas fases com tamanhos específicos, que após a agitação, se distinguem da posição inicial. Sendo assim, as forças intermoleculares envolvidas na partição contribuem da seguinte maneira na Parte 01: a solução aquosa saturada com NaCl produz um ambiente eletrolítico forte, por causa dos íons dissociados, que interage melhor como álcool etílico do que a fase orgânica, composta pela gasolina. E de uma forma semelhante na Parte 02 com o Salting Out: a mistura de água com álcool isopropílico, inicialmente homogênea, separaram-se em duas novas fases após a adição do sulfato de amônio sendo possível visualiza-las por conta do corante adicionado. Nessa prática foi possível observar os efeitos das forças intermoleculares e em como a aplicação do processo químico se desenvolve diariamente para que a legislação seja seguida no país.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. OBJETIVOS 6
2.1. Objetivo geral 6
2.2. Objetivos específicos 6
3. METODOLOGIA EXPERIMENTAL 7
3.1. Reagentes e Materiais 7
3.2. Procedimento experimental 7
3.2.1. Determinação do teor de álcool na gasolina 7
3.2.2. Efeito salting out 8
3.3. Tratamento de resíduos 9
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 10
4.1. Determinação do teor de álcool na gasolina 10
4.2. Efeito salting out 12
5. CONCLUSÃO 13
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
INTRODUÇÃO
A gasolina é um produto derivado do petróleo, sendo uma mistura complexa de hidrocarbonetos em que sua composição depende da natureza da matéria prima que a gerou, dos processos de refino e finalidade para o qual a mesma foi produzida (TAKESHITA, 2006) sendo constituída basicamente de estruturas com 5 a 12 átomos de carbono (DE FRANÇA et al, 2012).
Atualmente a gasolina é um produto muito utilizado em motores de combustão interna devido a sua propriedade de octanagem, que é a capacidade que ela possui de resistir à compressão sem entrar em autoignição, suportando a altas pressões sem sofrer detonação (VARGAS, 2017), porém originalmente, era um produto secundário e indesejado pelas indústrias de petróleo, que em sua maioria interessava-se principalmente em querosene (TAKESHITA, 2006).
A gasolina comercializada em quase todo o Brasil é uma mistura de gasolina e etanol, 73% e 27%, respectivamente, podendo haver uma variação de até 1%, visto que ultrapassando essa margem no teor de álcool pode acarretar prejuízos ao veículo ou maquinários (CORSEUIL, 1999). Devido a adição de etanol algumas mudanças nas propriedades físico-químicas ocorrem, dentre elas o aumento do número de octanagem, variação de massa específica, pressão de vapor, dentro outras (DE OLIVEIRA, 2004).
Tendo em vista os parâmetros de composição da gasolina, se faz necessário a utilização de métodos para determinar o teor de álcool contido na mesma. Que pode ser feito de maneira simples por um ensaio de imiscibilidade química, chamado convencionalmente de teste da proveta (SOUZA, 2013). Esse método tem como princípio as interações intermoleculares que ocorrem entre o etanol com o sistema gasolina, composto apolar, e a solução saturada de cloreto de sódio, composto polar, sendo seu teor medido através da mudança da relação de volume entre os dois meios imiscíveis. (DAZZANI et al, 2003).
Essa técnica é possível devido as propriedades físico-químicas que o etanol possui, tendo em vista que é um composto orgânico, se dissolve muito bem em substâncias apolares, pois possui uma parte apolar, porém é solúvel em água devido ao grupo hidroxila contido em sua estrutura, figura 01, que por sua vez têm forças atrativas mais fortes (MARTINS et al, 2013).
Figura 01 – Representação da molécula de Etanol.
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Fonte: Autor.
Semelhante a este processo é o chamado efeito salting out, frequentemente chamado por separação de fases induzidas por sal (DRECCO, 2018), visto que tem como princípio promover a separação de fases adicionando-se sais inorgânicos (MIOR et al, 2013). Com a adição de altas concentrações desses sais ao meio ocorre uma diminuição da solubilidade das moléculas do solvente na fase aquosa pelo aumento da força iônica advinda do sal. (GRECCO, 2018).
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