Definição do mercado
Por: Ilmo Ribeiro • 2/8/2015 • Trabalho acadêmico • 864 Palavras (4 Páginas) • 287 Visualizações
Universidade Federal do Maranhão
Curso de Engenharia Química
Disciplina de Metodologia de Projetos de Processos Químicos
Alunos: 23/07/2015
Allen Greyson Gomes Mendes
Ilmo Andreisson Marques Ribeiro
Mário Ramos Silva de Araújo
Nayanne Ferreira Vaz
Thamires Thaíse Silva dos Santos
TIMAN – Indústria de ferro-gusa
Definição do mercado e seu tamanho
1 Cenário nacional e mundial
O ferro-gusa de mercado é consumido basicamente por duas indústrias: siderurgia e fundição, com destaque para a primeira. No que tange à siderurgia, embora as usinas integradas possam comprar ferro-gusa no mercado para compensar um desbalanceamento produtivo (quando as necessidades de carga metálica excedem a capacidade interna de produção de ferro-gusa ou ainda por paralisação/acidente de altos-fornos), o uso mais relevante diz respeito às usinas semi-integradas (baseadas em aciarias elétricas). Neste último caso, a sucata é o principal insumo utilizado, mas o aumento da proporção de ferro-gusa na carga metálica usualmente possibilita maior produtividade e a fabricação de aços de melhor qualidade. A sucata de obsolescência é mais barata do que o ferro gusa, mas possui mais contaminantes.
A segunda indústria consome ferro-gusa de fundição e ferro-gusa nodular, sendo o último obtido por meio de uma pequena adição de magnésio ao banho líquido de carbono, resultando em grafites esferoidais. Ele possui propriedades mecânicas superiores, tais como maior ductilidade (o grau de deformação que um material suporta até o momento de sua fratura) e resistência mecânica. Millbank (2007) estimou que, em 2006, 60% da produção mundial não-cativa de ferro-gusa foram vendidos para siderúrgicas e 40% para fundições. Não foi possível obter informações mais atualizadas acerca da importância relativa dos dois principais tipos de clientes.
De acordo com Hassan (2013), em 2011, o comércio internacional de ferro-gusa atingiu 12,5 milhões de toneladas. Na ocasião, as vendas domésticas foram equivalentes a 64 milhões de toneladas, dos quais 55 milhões de toneladas na China. Portanto, o tamanho do mercado alcançou 76,5 milhões de toneladas, correspondendo a 6,9% da produção global. Conclui-se que a produção de ferro-gusa é predominantemente cativa, como parte de um processo integrado.
De acordo com o IIMA, a capacidade instalada conjunta das unidades não verticalizadas de produção de ferro-gusa no Brasil aumentou de 14,3 milhões de toneladas em 2006 para 15,5 milhões de toneladas em 2009, regredindo marginalmente para 14,8 milhões de toneladas em 2013. Ela é concentrada em Minas Gerais (55%), Pará e Maranhão, conhecido como polo de Carajás (36%). Mato Grosso do Sul (6%) e Espírito Santo (3%) completam a lista dos Estados produtores.
O coeficiente de exportações é bastante distinto entre os quatro polos de produção. Em 2013, foi de quase 100% para Carajás, 34% no Espírito Santo, 29% em Minas Gerais e 0,4% no Mato Grosso do Sul.
A participação de mercado nas vendas domésticas no mesmo ano de 2013 foram as seguintes: Minas Gerais (77,7%), Mato Grosso do Sul (17,5%) e Espírito Santo (4,8%). A possibilidade de venda ao mercado doméstico (siderúrgicas e fundições) por parte dos guseiros do Centro-Sul proporciona maior estabilidade financeira e maior poder de barganha em relação aos potenciais clientes da Europa e Ásia (TOLOMEO & ANTUNES, 2014). No que concerne às exportações, a participação de mercado é radicalmente distinta: Carajás (65,5%), Minas Gerais (31,9%), Espírito Santo (2,5%) e Mato Grosso do Sul (0,1%) (SINDIFER,2014).
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