Estudo Eletroquímico da Mitomicina C e da Mitomicina C Quimicamente Degradada
Por: evellinenny • 6/12/2019 • Projeto de pesquisa • 528 Palavras (3 Páginas) • 174 Visualizações
Estudo eletroquímico da mitomicina C e da mitomicina C quimicamente degradada
E. E. S. Bruzaca(*), A. A. Tanaka e I. C. Lopes
1 Universidade Federal do Maranhão, Av. Dos Portugueses,1966 – São Luís – MA – Brasil
Resumo: As mitomicinas são um grupo de antibióticos altamente potentes, produzidos pelo microorganismo Streptomyces caespitosus, descobertos no Japão em 1950 [1]. A mitomicina C (MC), Figura 1, é o pró-fármaco mais estudado desse grupo e exibe uma forte atividade bactericida e antitumoral [2]. Exibe também um caráter citotóxico que danifica células humanas normais. Foi relatado na literatura que, in vivo, os metabolitos da MC interagem com ácidos nucléicos ligando-se às bases do DNA, especialmente com os pares guanina-citosina [3].
[pic 1]
Figura 1: Estrutura química da MC
Assim, uma investigação do comportamento eletroquímico da MC e da MC quimicamente degradada em solução aquosa sobre um eletrodo de pasta de carbono (EPC), utilizando técnicas voltamétricas foi realizada. Os ensaios voltamétricos foram realizados em um potenciostato Autolab PGSTART 302N, controlado por um computador e interfaciado com software GPES versão 4.9. Os estudos foram efetuados em uma cela eletroquímica de compartimento único com capacidade de 5 mL, composta por um eletrodo de trabalho (EPC, Ø = 4 mm), um eletrodo de referência de Ag/AgCl e um eletrodo auxiliar de fio de Pt. As técnicas voltamétricas utilizadas foram voltametria cíclica (VC), voltametria de pulso diferencial (VPD) e voltametria de onda quadrada (VOQ). Os parâmetros experimentais para as medidas eletroquímicas foram: velocidade de varredura (v) de 50 mV s-1 e incremento de potencial (ΔEs) de 2 mV para VC; amplitude de pulso (ΔEp) de 50 mV, largura de pulso (ΔEt) de 70 ms e velocidade de varredura de 5 mV s-1 para VPD; e frequência de pulso (f) de 10 Hz, incremento de potencial de 5 mV e amplitude de pulso (ΔEp) de 20 mV para VOQ. De acordo com os resultados voltamétricos obtidos, a oxidação eletroquímica da MC é um processo irreversível, controlado por difusão e dependente do pH, em que ocorre a transferência de um elétron e um próton, sem a formação de qualquer produto de oxidação eletroativo. Após vários períodos de incubação, em diferentes eletrólitos, a degradação espontânea da MC foi detectada eletroquimicamente pelo aparecimento de um novo pico de oxidação, em um potencial mais baixo. A oxidação da MC degradada é um processo irreversível, controlado por difusão e dependente do pH, envolvendo a transferência de um elétron e dois prótons, com a formação de dois produtos redox que sofrem oxidação reversível, cujo mecanismo envolve a transferência de um elétron e um próton em cada reação. Experimentos espectrofotométricos foram executados a fim de verificar os resultados voltamétricos. Pelos espectros registrados, uma banda de absorção foi observada para a MC. Após um período de incubação da MC em solução aquosa, observou-se o desaparecimento completo da banda acima e o aparecimento de duas outras bandas de absorção, referentes aos produtos de degradação desse pró-fármaco.
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