PROCEDIMENTO: LEI DE GRAHAM DE DIFUSÃO E EFUSÃO
Por: G.desicco • 21/11/2018 • Relatório de pesquisa • 2.125 Palavras (9 Páginas) • 622 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP
RELATÓRIO LABORATORIAL DE AULA PRÁTICA DE QUÍMICA I
PROCEDIMENTO: LEI DE GRAHAM DE DIFUSÃO E EFUSÃO
BAURU-SP
2018
I. INTRODUÇÃO
Thomas Graham (1805-1869), químico escocês nascido em Glasgow, sustentou seus estudos escrevendo e ensinando química no Andersonian College, lecionou depois na Universidade de Londres e tornou-se chefe da casa da moeda britânica. [1] Considerado como “o principal químico de sua geração”, Graham realizou o primeiro estudo sistemático sobre difusão de gases entre os anos de 1828 e 1833, cujos resultados foram publicados na Philosophical Magazine em 1833. [2] O cientista demonstrou que a velocidade de difusão de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua densidade, ou seja, quando um gás se difunde por outro meio gasoso, a sua densidade interfere na velocidade dessa difusão. Tal relação ficou conhecida como Lei de Graham.
Para realizar cálculos, usa-se, matematicamente, sendo a densidade (d) e a Velocidade de difusão (V) a Equação (1):
V1 = d1
V2 d2 Equação (1)
Pode-se, portanto, deduzir pela equação que, quanto menos denso for o gás, maior será sua velocidade de difusão e efusão, sendo indiscutível que os dois gases estejam submetidos nas mesmas condições de temperatura e pressão.[3]
Nesse caso, é viável utilizar a relação das densidades absolutas sendo igual a relação de suas massas molares. Desse modo, de acordo com Thomas Graham, a velocidade de difusão (V) de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua massa molar (MM) e a razão entre suas velocidades de difusão pode ser dada pela equação (2): [4]
V1 = MM2
V2 MM1 Equação (2)
Fica notório, assim, que as massas molares também interferem na velocidade de difusão e efusão dos gases, pois quanto menor for a massa, mais fácil será para o gás realizar tais processos.
Este procedimento experimental tem como objetivo ilustrar a velocidade de difusão de gases e sua dependência com a massa molar, por meio da observação de que a reação de neutralização de amônia com cloreto de hidrogênio (HCl) em fase gasosa resulta em cloreto de amônio que se forma na parte do tubo mais próxima à extremidade onde o HCl é introduzido, indicando que este se difunde mais lentamente por ter maior massa molar.[4]
II. MATERIAL E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Inicialmente, um tubo de vidro de 97,5 centímetros foi limpo e preparado para a realização do experimento. Dois algodões das proporções do tubo foram embebedados com Ácido Clorídrico (HCl) e Hidróxido de Amônio (NH4OH) em uma Capela com fluxo laminar para gases ácidos e básicos. As extremidades do tubo foram marcadas com uma caneta para a inserção dos algodões.
Simultaneamente, os algodões foram postos cada um em uma extremidade do tubo (e esse foi fechado com duas tampas) e o cronômetro foi ativado. Nesse ponto, houve a formação de dois gases, como expresso na Reação (1) e (2) - sendo NH3 Amônia; e H2O, Água.
HCl (aq) HCl (g) Reação (1)
NH4OH (aq) H2O (l) + NH3 (g) Reação (2)
O tubo foi observado durante determinado tempo, até que os gases se difundissem e formassem um anel branco do Sal Cloreto de Amônio (NH4Cl) pela Reação (3) de encontro de ambos os gases.
HCl (g) + NH3 (g) NH4Cl (s) Reação (3)
No momento da formação desse sal o cronômetro foi parado e o tempo anotado. Com uma régua de 100 centímetros, a distância percorrida por ambos os gases foi obtida.
III. RESULTADO E DISCUSSÃO
Através do procedimento descrito, no tempo determinado pelo experimento a distância percorrida pelos gases Ácido Clorídrico (HCl) e Amônia (NH3) foi respectivamente de 24 e 73,5 centímetros.
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