Relatório Identificação de Grupos Funcionais
Por: laladaneluz • 31/10/2019 • Relatório de pesquisa • 914 Palavras (4 Páginas) • 1.242 Visualizações
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Universidade Católica de Pelotas[pic 2]
Curso de Farmácia
Química Orgânica II
Relatório de Aula Prática:
Testes de identificação de grupos funcionais
Discente: Larissa Daneluz Vaz.
Pelotas, agosto de 2019.
- Introdução
Grupos funcionais ou funções orgânicas são grupos de átomos presentes nas cadeias carbônicas, responsáveis pelo comportamento químico e que determina suas propriedades. Um grupo funcional vai sofrer uma reação idêntica, ou similar, independentemente do tamanho da molécula em que faz parte.
Para se identificar um composto orgânico, podem-se realizar inúmeros testes laboratoriais, entretanto deve-se ter embasamento teórico. Uma das grandes vantagens da teoria estrutural é que ela permite a classificação em um grande número de famílias com características semelhantes em relação à estrutura do grupamento funcional. Os testes para grupos funcionais envolvem reaçõe s orgânicas que apresentam um indício visível de sua ocorrência, como a mudança de cor ou formação de um precipitado.
- Objetivos
Identificar grupos funcionais, a partir de reações qualitativas com mudança de cor e/ou formação de precipitado.
- Procedimento Experimental
- Teste de identificação de alcenos e alcinos:
Devido a pronta disponibilidade dos elétrons das ligações duplas e triplas, essas podem sofrer uma série de reações químicas. Os testes mais comuns para a detecção de ligações múltiplas em amostras orgânicas é o da oxidação com permanganato de potássio (Teste de Bayer).
O teste de Bayer consiste na reação da solução de permanganato de potássio em meio aquoso com a ligação múltipla de um alceno ou alcino. O teste se mostra positivo quando a solução violeta se descora com a formação de um precipitado marrom (MnO2). Um exemplo de utilização prática pode ser verificado abaixo, na reação de diferenciação do ciclobuteno para o 2‐butino.
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- Teste de identificação de aldeídos e cetonas:
Teste com 2,4-dinitrofenil-hidrazina
O teste da 2,4-dinidrofenilhidrazina (2,4-DNFH). A 2,4 -DNFH reage com a carbonila dos aldeídos ou cetonas por mecanismos de adição nucleofílica, formando a 2,4 -dinitrofenilhidrazona correspondente. Essas hidrazonas são precipitados de coloração alaranjada intensa (coloração varia de vermelho a amarelo), facilmente detectáveis.
- Teste de diferenciação entre aldeídos e cetonas:
Teste de Tollens:
As substâncias com o grupo funcional aldeído, reagem com a solução de Tollens (Ag(NH3)2OH) formando um precipitado prata, o qual se deposita como um espelho de prata nas paredes do tubo de ensaio. Esse precipitado indica a presença do grupo aldeído no meio, enquanto as cetonas não reagem e indicam resultado negativo. Abaixo, pode-se observar a reação formada:
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Um exemplo prático da utilização desses métodos é quando se deseja diferenciar isômeros funcionais, como o propanal da propanona, os quais possuem a mesma fórmula molecular (C3H6O).
- Teste de identificação de álcoois:
Teste com Reagente de Jones:
Um dos testes mais utilizados na identificação de álcoois é o teste de Jones. O ácido crômico ao entrar em contato com álcoois primários e secundários promovem a sua oxidação, acarretando em uma mudança de coloração, pela formação do precipitado verde do sulfato crômico.
Teste da Presença de água no álcool:
O teste da presença de água é em relação a possível hidratação do sulfato de cobre II. Se o etanol é hidratado, ou seja, se ele contém água, essa água é absorvida pelo sulfato de cobre anidro, tornando-se azul. Uma utilidade prática desse experimento é verificar a qualidade do combustível.
- Teste de identificação de fenóis:
Teste com cloreto férrico (FeCl3):
O teste do cloreto férrico é o mais utilizado dentre os testes de identificação para fenóis. A identificação se dá pela mudança de cor quando ocorre a formação de complexos coloridos dos fenóis com os íons Fe3+, podendo acontecer em meio aquoso, alcóolico ou em diclorometano. A cor do complexo formado pode variar de azul a vermelho, dependendo dos substituintes presentes no anel aromático.
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