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Ética na Computação

Por:   •  22/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.326 Palavras (6 Páginas)  •  257 Visualizações

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Nome: Stephani Palhano de Camargo                                    RA: 2300002795

Nome: Hebert Luan Araújo Dourado                                                 RA: 9902000918

Disciplina: Competências Profissionais                                       5º Semestre

Professora: Ediane Márcia Lazzari Anghinoni

ÉTICA NA COMPUTAÇÃO

        Para conseguimos compreender um pouco mais sobre Ética na Computação, temos que voltar á alguns anos atrás pra entender como surgiu este mundo virtual que hoje em dia se tornou parte indispensável em nosso cotidiano.

        Os computadores mecânicos surgiram no século XIX, no Reino Unido, seu inventor foi Charles Babbage (1791-1871). Sua primeira finalidade era calcular números para uso em tabelas matemáticas, com o passar dos anos novas tecnologias foram surgindo, e hoje, o computador é uma ferramenta quase que indispensável para muitas funções do dia-a-dia. Com esta evolução, surgiu também a internet, uma rede de computadores dispersos por todo o planeta que trocam dados e mensagens utilizando um protocolo comum, unindo usuários particulares, entidades de pesquisa, entre outros.

        Juntos esses dois fenômenos, criaram um mundo virtual, onde podemos conhecer o planeta inteiro, interagir com pessoas de diversos lugares em frações de segundos, expor nossas opiniões, nossos gostos, nossa vida há quem quiser ver. Muitas vezes sem termos noção da dimensão em que nossas informações podem chegar. E é neste mundo onde temos acesso a quase tudo, por meio de uma rede e de uma máquina, sem necessariamente termos nossos rostos a mostra, sem termos que teoricamente nos comprometer verdadeiramente com nossas atitudes, começam a surgir novos embates em relação aos limites. Até a onde podemos ir? Até a onde nossa privacidade deve ser respeitada? Antes, privacidade essa que era protegida somente por nós mesmos e hoje através deste mundo virtual, muitas vezes está se tornando propriedade de empresas. Nessas atuais questões, voltam os questionamentos de como devemos agir, entre o que é moral e imoral, o que é certo ou errado. Quais são os critérios que podemos utilizar para gerenciar este mundo virtual? A ética ou as leis.

        Um caso em que podemos compreender melhor este mundo virtual e todos os seus lados e aspectos é o caso da prisão do executivo Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook para a América Latina, que foi preso pela Polícia Federal. De acordo com o órgão, a prisão foi realizada após ser expedido o mandado de prisão preventiva, decretado por um juiz do estado de Sergipe/SE. Esta medida foi motivada após a rede social descumprir decisão judicial de compartilhar informações trocadas nos aplicativos WhatsApp e  Facebook  por usuários que são suspeitos de tráfico de droga, crime organizado e pedofilia. Aqui podemos perceber que existe o lado da empresa Facebook  , da Polícia Federal e o lado do usuário do aplicativo.

        Se observarmos a visão da empresa Facebook, que é uma das maiores empresas de redes sociais do planeta, que opera no mundo inteiro, que tem em seu primeiro acesso do usuário um termo de reponsabilidade que deve ser lido e aceito pelo usuário, onde fica de reponsabilidade da empresa a proteção de informações do usuário. Proteção esta que é assegurada pela Lei 12.965/14, conhecida como o Marco Civil da Internet, que prevê a proteção de todos os dados, informações e comunicações privadas em meios eletrônicos tem a mesma proteção de privacidade que já estava garantida nos meios de comunicação tradicionais, como cartas, conversas telefônicas. Esta proteção somente poderá ser quebrada por meio de ordem judicial. E neste caso a empresa afirma que não possui estas informações, que trabalha com um sistema de criptografia de mensagens, nas quais nem mesmo as companhias podem ter acesso às informações. Neste ponto entramos na questão ética e legal. Seria legal este compartilhamento de informações, já que foi expedida uma ordem judicial para obtê-las. Mas será que seria ético fornecer as informações que por direito pertence ao usuário, será que ético esta invasão de privacidade?

        Temos também o lado da Polícia Federal, que tem por obrigação exercer a lei. E está cumprindo uma ordem judicial que determina o compartilhando de tais informações. A Polícia Federal alega que a empresa responsável pelos aplicativos, descumpriu ordens de fornece estas informações para a produção de provas a serem utilizadas nas investigações. Afirma que esta não é uma questão de liberdade ou privacidade, mas sim uma questão de segurança, já que a investigação engloba crimes como trafico de drogas, crime organizado e pedofilia. Novamente podemos observar a questão da Lei e a questão ética, estará certo o Juiz que expediu este mandado de prisão preventiva, promovendo que uma investigação policial, será mais importante que a privacidade de uma pessoa ou demais pessoas, mesmo que as mesmas sejam suspeitas de um crime?

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