A Comparação da teoria com a realidade da urna eletrônica brasileira
Por: amandaprado • 30/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.648 Palavras (7 Páginas) • 253 Visualizações
Universidade Paulista - UNIP
Tecnologia da Informação
Campus – Cidade Universitária
Trabalho composição nota P2
Segurança da Informação
Comparação da teoria com a realidade da urna eletrônica brasileira
Amanda Prado dos Santos CT2P36 RA T10723-7
Bruna Viana Roza CT2P36 RA C2524F-7
São Paulo 2014-S2
SUMÁRIO
1 Breve histórico da urna eletrônica brasileira
2 Quais as principais características de segurança da urna eletrônica brasileira
3 Urnas eletrônicas no mundo 4
4 Quem confia na urna eletrônica brasileira 4
5 Quem não confia na urna eletrônica brasileira 5
6 Participação dos integrantes do grupo 6
7 Considerações do grupo 7
INTRODUÇÃO
- Breve histórico da urna eletrônica brasileira
A Urna eletrônica é uma invenção brasileira, desenvolvida para tornar possível a informatização dos processos eleitorais no país. Nas eleições municipais de 1996, a urna eletrônica foi utilizada pela primeira vez nos 57 municípios do país, e somente em 2000, as eleições foram 100% informatizadas, sendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responsável pelo sistema e por auditá-lo.
Os conjuntos de componentes são; o terminal do eleitor, o microterminal (utilizado pelos mesários, para, a partir da identificação do eleitor, liberar a urna para o voto e encerrar a votação), teclado (teclas do eleitor têm gravado o código braile), monitor, conector para fone de ouvido (para eleitores com deficiência visual), portal de disquete, impressora (para imprimir os boletins), entre outros.
A urna eletrônica funciona ligada à energia elétrica (110V ou 220V), mas em caso de falta de energia, continua funcionando, pois possui bateria interna com capacidade de 12 horas. Seu peso é de aproximadamente 8 kg. A versão atual da urna (modelo UE2000) é fabricado pela empresa FIC Brasil.
- Quais as principais características de segurança da urna eletrônica brasileira
O processo de segurança possui dois mecanismos imprescindíveis para a votação segura: a assinatura digital e o resumo digital.
A assinatura digital usa técnica de criptografia para assegurar que um conteúdo, arquivo digital, não perca a sua integridade. Busca garantir que o programa não tenha sido mudado intencionalmente ou perca suas características originais por falha na gravação ou leitura. Ela também garante a autenticidade do programa, ou seja, confirma que quem gerou a assinatura digital foi o Tribunal Superior Eleitoral.
O resumo digital, também chamado de hash é uma técnica criptográfica que é parecida com o dígito verificador. Pode se calcular o resumo digital de um determinado arquivo com um algoritmo público. No caso das urnas, são calculados os hashs de todos os arquivos e esses resumos são publicados do site do TSE.
A segurança é feito em camadas. Através de sistemas de seguranças de tipos e finalidades diferentes, são criadas diversas barreiras, que juntas, não permitem que alguém ataque o sistema como um todo. Qualquer ataque ao sistema a urna trava e assim não é possível gerar resultados válidos.
- Urnas eletrônicas no mundo
No início da década de 90, alguns países como o Brasil, Índia e Holanda começaram a realizar experiências com os primeiros modelos de urnas eletrônicas denominadas DRE (Direct Recording Electrocnic voting machines). Porém em 2008 esses modelos DRE foram proibidos por não terem comprovantes impressos e por falta de confiabilidade, esses primeiros modelos sem votos impressos são considerados 1° Geração.
A necessidade de se criar urnas com confiabilidade técnica do software instalado em diversas máquinas levou a criação de uma 2° geração de máquinas de votar que passaram a adotar “Princípio da Independência do Software em Sistemas Eleitorais”. A principal característica dessas máquinas é que registram o voto em duas vias independentes - uma virtual/digital e outra material/em papel - para que se possa fazer uma auditoria do resultado por meio independente do software do equipamento. Os países que utlizam esse tipo de máquina ou já utilizaram são: Venezuela, Rússia, 39 estados dos Estados Unidos, três estados do México, e algumas províncias do Canadá, Bélgica.
E em novembro de 2009, no município de Takoma Park (EUA), ocorreu a primeira experiência oficial com uma nova modalidade de máquinas de votar que utilizava o sistema Scantegrity.
Este novo modelo, ou terceira geração de máquinas de votar, é caracterizada pelo uso de voto escaneado e criptografado com recursos técnicos tais que permite ao próprio eleitor acompanhar e conferir a correta apuração do seu voto, indepedentemente de confiar no software, mas sem que possa revelar o próprio voto para terceiros. Em 2011 a Argentinsa iniciou a implantação de equipamentos eletrônicos de 3° geração, com registro simultâneo impresso e digital dos votos.
- Quem confia na urna eletrônica brasileira
A justiça eleitoral prevê a possibilidade de auditorias nas urnas, antes, durante e após as eleições. Ao longo dos 12 anos que a urna eletrônica é utilizada, várias auditorias já foram realizadas e em todas foram constadas que não houve nenhum tipo de fraude e que o respeito à expressão do voto do eleitor e a garantia do sigilo foram respeitados. O próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contratou empresas para análise no hardware e no software das urnas, a fim de verificar se é possível a fraudar essas máquinas e após vários testes foi constado que não.
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