A EVOLUÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
Por: brunamatoso • 11/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.313 Palavras (6 Páginas) • 336 Visualizações
A evolução da mulher no mercado de trabalho
- Evolução pós Segunda Guerra Mundial
Há um tempo atrás eram os homens quem dominavam os lares enquanto as mulheres eram vistas apenas como donas de casa, esposas e mães. Porém, os tempos mudaram e as mulheres ampliaram seu espaço na economia nacional, provando suas competências e habilidades no mercado de trabalho.
A participação da mulher no mercado de trabalho teve inicio principalmente com a Segunda Guerra Mundial, período no qual os homens iam para as batalhas e as mulheres assumiam os negócios da família. Com o fim da guerra, muitos homens haviam morrido e, os que sobreviveram, ficaram impossibilitados de trabalhar (devido, por exemplo, as mutilações no corpo). Com isso, as mulheres tiveram que deixar suas casas e filhos para fazerem o trabalho que antes era realizado pelos homens.
Então, foi devido à necessidade de sustentar a família, pós Guerra, que as mulheres começaram a fazer parte do “mundo do trabalho”. Porém, o seu trabalho não tinha tanto valor na sociedade. Com isso, as mulheres começaram a participar de modo informal e aos poucos iniciaram a sua produção.
- Inserção da mulher no mercado de trabalho
É notável que nas últimas décadas houve um aumento significativo das mulheres no mercado de trabalho. Todavia, infelizmente, houve muitos preconceitos e dificuldades. Diante disso, as mulheres passaram a lutar por igualdade e por obtenção dos mesmos direitos.
Vários acontecimentos no decorrer dos últimos anos influenciaram a participação e o crescimento da presença feminina no mercado de trabalho.
Para Castells, a inserção do trabalho feminino se explica em fatores como: crescimento da economia informacional global, mudanças tecnológicas no processo de reprodução, desenvolvimento do movimento feminista.
Já para Leite, o maior fator que influenciou essa participação feminina foi a necessidade básica que toda pessoa possui de trabalhar, seja para conseguir uma realização pessoal ou até mesmo como uma fonte de prazer.
Segundo Vandeli Guerra, analista do departamento de rendimento do IBGE, a mulher tem deixado de lado o sonho da maternidade e, essa redução do número de filhos é um dos fatores que tem ajudado a facilitar a presença feminina no mercado. A queda da taxa de fecundidade e o aumento do nível de instrução da população feminina têm acompanhado a evolução da mulher no mercado e a evolução de sua renda.
A expansão da participação da mulher no cenário econômico não se explica apenas por ser uma renda complementar da família. O que ocorre no cenário mundial é uma mudança social. Algumas explicações para essa grande participação feminina no mercado se devem a alguns fatores como: a emancipação da mulher, a independência financeira, o desemprego e a necessidade de complementar a renda familiar.
Já não se pode mais dizer que as mulheres são inferiores em relação aos homens. Afinal, já provaram que são tão capazes quanto eles.
Entretanto, em muitos aspectos, infelizmente, ainda ocorrem comparações entre homens e mulheres. E essas comparações criam certos impactos como diferenças de cargos e salários.
É importante destacar que para muitos, devido ao fato das mulheres serem inseridas no mercado de trabalho como força complementar de renda familiar, ligou-se a ideia de que seus trabalhos poderiam ser de baixa remuneração, já que seriam complementos aos salários de seus maridos. E há ainda quem acredite que as mulheres devem consideram isso como algo proveitoso, pois, como as empresas pagariam menos para as mulheres, as empresas dariam preferência para elas.
“Salário das mulheres permanece 28% inferior ao dos homens, diz IBGE.”
“Dados da pesquisa revelam que desigualdade segue estável desde 2009.
Rendimento médio da mulher representa 72,3% do que ganha um homem”. Pesquisa divulgada em 08/03/2012.
- Dificuldades e conquistas femininas encontradas no mercado de trabalho
Atualmente, persistem muitos preconceitos contra o sexo feminino, dificultando assim a carreira profissional.
Pode-se dizer que a diferença salarial, a dupla jornada (vida doméstica x trabalho) e o pouco espaço nas decisões são os maiores desafios encontrados pelas mulheres. E além da diferença salarial e a dificuldade em ocupar cargos de liderança, fazer carreira é uma grande dificuldade feminina, isso porque, pesquisas de emprego e desemprego revelaram que as mulheres são as primeiras a serem demitidas nos momentos de crise, além de terem mais dificuldade de recolocação.
Entretanto, a cultura humana aos poucos vem mudando e quebrando muitos paradigmas.
A cultura impõe que os “homens mandam, e as mulheres obedecem” sendo elas subordinadas. Porém, em alguns casos, já vem ocorrendo inversão de papéis, como por exemplo, as mulheres conquistam um maior destaque no mundo dos negócios, enquanto o seu marido fica em casa cuidando do lar e da família.
Aos poucos as mulheres vêm conseguindo conquistar a sua igualdade tão desejada. Muitos cargos como executivas, presidentas, líderes, jornalistas, engenheiras, doutoras e até mesmo mecânicas passaram a ser executados por mulheres, sendo que estas atividades eram ditas como masculinas.
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