A GESTÃO DE PESSOAS NO CONTEXTO ESCOLAR

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE - FAVENI

PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

ERICK PEDRO DA SILVA

A GESTÃO DE PESSOAS NO CONTEXTO ESCOLAR

Maceió – AL

2021

A GESTÃO DE PESSOAS NO CONTEXTO ESCOLAR

Erick Pedro da Silva^[1]

Declaro que sou Erick Pedro da Silva autor deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO

Sabe-se que gerir pessoas é essencial para qualquer organização. Nesse contexto a gestão de pessoas na educação vem sendo considerada como elemento central para as escolas no momento atual. O objetivo desse artigo é abordar a gestão de pessoas na educação, a qual ainda não é uma prática efetiva no âmbito escolar, pela hierarquia administrativa, prevalecendo o gerenciamento de regras, na maioria das vezes não compartilhadas com toda equipe pedagógica. Para o desenvolvimento do referencial teórico utilizou-se um levantamento bibliográfico em livros e artigos, cujos tópicos foram: gestão de estratégica, gestão de pessoas, gestão com enfoque participativo e gestão de pessoas na esfera da educação. Percebe-se a necessidade de que haja uma integração entre todos os segmentos que compõem a escola, o que caracteriza uma dinâmica participativa na comunidade escolar e para que isso ocorra é necessário que haja uma gestão de pessoas voltada para a área educacional.

Palavras-chave: Gestão estratégica. Gestão de pessoas. Educação.

1 INTRODUÇÃO

Apesar de que a gestão escolar está ficando cada dia mais complexa e apresentando um maior número de conflitos como consequências das mudanças que estão ocorrendo na sociedade brasileira e acabam refletindo na escola, ainda há uma resistência no âmbito educacional em relacionar a atuação do gestor com o desempenho da escola. Para Igarasi (2011, p.8) “a gestão e a atuação do gestor são consideradas fatores primordiais no desempenho de organizações modernas, contudo no âmbito educacional e escolar, ainda se considera a gestão como uma categoria secundária”.

O diretor de escola ainda não percebeu a importância da gestão de pessoas; é necessário que ele amplie sua visão em relação a sua gestão e não concentre seu trabalho apenas no preenchimento de papéis e realização de tarefas burocráticas, portanto, o foco das atribuições do diretor deve estar na gestão de pessoas, que terá características do modelo de estratégias de gestão adotado por ele.

O modelo de estratégias de gestão de pessoas poderá influenciar no bom desempenho da escola, pois é a partir dessa percepção que o professor irá conduzir sua maneira de desenvolver suas atividades. E sobre essa percepção Soares, Fernandes e Riani (2010, p.168) dizem que:

A expectativa do professor, em relação à capacidade do seu aluno alcançar um bom ou mau desempenho escolar, tem sido apontada como um fator de provável influência no próprio desempenho escolar do aluno. Nesse sentido, a expectativa é, muitas vezes, descrita como sendo responsável por um processo de retroalimentação em que uma boa expectativa amplifica o próprio desempenho e uma má expectativa diminui ainda mais a possibilidade de se ter um bom desempenho. (SOARES; FERNANDES; RIANI, 2010, p.168)

A partir do exposto e com a finalidade de auxiliar o trabalho do diretor de escola no alcance de uma melhoria na qualidade de ensino, questiona-se a possibilidade de se adaptar a teoria da gestão de pessoas a uma organização para a realidade escolar.

2 GESTÃO DE PESSOAS – A EVOLUÇÃO

No modelo de sociedade atual, em que se sobressai o conhecimento, a capacidade e o talento do ser humano ficam em segundo plano. É preciso que se faça o resgate da importância dessas virtudes, tratando-as como colaboradores e não correntes dentro de uma organização. Os avanços que se acentuam cada vez mais nas últimas décadas fazem com que as organizações, inclusive as públicas, buscarem novas formas de gerir, deixando para trás a forma capitalista de administrar.

Esses avanços objetivam a missão institucional, no âmbito privado, o objetivo é atender os clientes suprindo suas necessidades, mas o retorno é lucro em capital. Já na administração pública, além de satisfazer a clientela, por meio de diversos serviços prestados, o retorno é o bem estar da população. Vale salientar, que tanto para a organização privada quanto para a pública, o sucesso do serviço é o objetivo principal. No entanto, para que esse sucesso seja alcançado é preciso que se invista nas pessoas, aproveitando o potencial de cada uma delas.

É notório o desejo de mudança no sentido de renovar o sentido de gestão gerencial, um dos pontos que se pode destacar é a descentralização administrativa em alguns setores, minimizando a questão hierárquica. Outro ponto que deve ser destacado é o investimento nas pessoas que fazem parte e movimentam a organização, o que já aponta mudanças no ato de gerir, a qual deixa de ser meramente burocrática e torna-se mais humanizada, quebrando velhos paradigmas e considerando todas as pessoas como colaboradoras e gestoras.

Esse novo perfil de gestão, onde todos colaboram, além de ter um caráter colaborativo, o gestor pode atuar como mais autonomia na execução de suas atividades. Nesse contexto, “a Gestão de Pessoas é caracterizada pela participação, capacitação, envolvimento e desenvolvimento do bem mais precioso de uma organização, o Capital Humano, que nada mais é do que as pessoas que a compõe” (SOVIENAKI & STIGAR, 2008, p. 54).

Com esta perspectiva, o gestor deve possuir muitas habilidades, entre tantas outras, destacam-se o bom relacionamento interpessoal, o trabalho em equipe e flexibilidade. A prática de tais habilidades é fundamental, tanto para o gestor como para o colaborador, pois é a partir delas que acontecerá a integração entre as características individuais e as qualidades necessárias para efetivação das tarefas estabelecidas e específicas para cada pessoa.