A INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO CONTEXTO ESCOLAR
Por: Adriane Pinheiro • 21/1/2017 • Artigo • 5.387 Palavras (22 Páginas) • 369 Visualizações
A INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO CONTEXTO ESCOLAR
Resumo
Uma das palavras de ordem ultimamente é a inclusão escolar de pessoas que tenha quaisquer tipo de deficiência dentro do contexto escolar. A legislação brasileira quando se refere a Educação Inclusiva é clara, quando se fala da necessidade de proteger, e principalmente matricular alunos com deficiência, não importando a sua diferença ou necessidade. Porém, ainda não basta somente proteger o deficiente, mais sim, que os mesmos tenham reais condições de aprender e acima de tudo desenvolver suas principais potencialidades. O objetivo desse artigo é discutir o processo de inclusão como paradigma educacional, com o intuito de fazer uma reflexão sobre o termo “necessidades educacionais especiais”, dando enfoque na função da escola e o papel do professor na inclusão dessas pessoas. O pressuposto adotado para analise crítica se fundamenta nos pressupostos da concepção histórica, sendo destacada a relação professor – aluno com o intuito de se obter sucesso na aprendizagem. Sugerir formas de desenvolvimento em que a educação especial possa vir a ser o caminho para reavaliar as diferentes formas de exclusão social e principalmente educacional que continuam no processo de transformação da inclusão. Dessa forma, as ações intersetoriais que consistem na integração, acabam que tornando a veracidade do sistema de ensino do Brasil muito desafiadora. Assim, as pesquisas contidas neste artigo, busca mostrar que contribuir com o fortalecimento de ações sociais voltadas para a educação inclusiva, desempenha novos pontos de vistas no acesso e principalmente na permanecia da pessoa com deficiência dentro do contexto escolar, proporcionando uma educação de qualidade para todos.
Palavras chaves: Inclusão Escolar; Educação Inclusiva; Contexto Escolar.
Abstract
One of the words lately is the school inclusion of people who have any kind of disability within the school context. Brazilian law when referring to inclusive education is clear when speaking of the need to protect, and mainly enroll students with disabilities, regardless of their difference or need. But not enough to still protect the poor, but rather, that they have real conditions to learn and above all to develop their core capabilities. The aim of this article is to discuss the process of inclusion as an educational paradigm, in order to make a reflection on the term "special educational needs", by focusing on the function of the school and the teacher's role in the inclusion of these people. The assumption adopted for critical analysis is based on the assumptions of historical design, and highlighted the teacher - student relationship in order to be successful in learning. Suggest ways of developing that special education might be the way to re-evaluate the different forms of social and educational exclusion that mainly continue in the transformation of the inclusion process. Thus, intersectoral action involving the integration, just that making the truth of the very challenging Brazil's education system. Therefore, research in this article seeks to show that contribute to the strengthening of social actions for inclusive education, plays new points of views on access and especially the remained of the disabled person within the school context, providing a quality education for all.
Key words: School Inclusion; Inclusive education; School context.
Introdução
O brasileiro se preocupa bastante em desenvolver o seu senso democrático, baseado em princípios de igualdade, na qual está relacionada aos direitos humanos, dessa forma, acaba por excluir todas as formas de desigualdades sociais e principalmente qualquer forma de exclusão. O Ministério da Educação destaca que ainda existe características marcadas pela opressão e consequentemente pela distinção dos excluídos (BRASIL, 2005).
É importante ressaltar que apesar de todas as leis de integração no país, ainda existem pessoas com qualquer tipo de deficiência que são excluídas do acesso e até mesmo de usufruírem dos bens e serviços que são totalmente disponíveis, como é o caso da educação brasileira.
A partir dessa breve situação, o objetivo principal deste presente artigo será discutir sobre as técnicas de inclusão do especial dentro do contexto escolar. Para isso, é apresentado a legislação relacionada à educação especial, analisando as aptidões e delimitações entre o proposto e praticado diante da argumentação sobre a inclusão.
Aspectos Históricos Da Educação Em Uma Perspectiva Inclusiva
É de fundamental importância abordar o histórico da educação especial, desde o principio até a atualidade, para que se torne perceptível que as escolas inclusivas se tornaram essenciais para o avanço da inclusão. Destaca – se que a exclusão e/ou inclusão do deficiente estão estritamente ligada as questões culturais.
A educação especial historicamente passou por quatro fases em diferentes culturas e épocas, em relação a qualquer tipo de atendimento. A primeira fase (período da exclusão) ocorreu na Idade Antiga, mais precisamente na Grécia. Correia (1999), destaca que esse período foi marcado pela negligencia e maus tratos, pois as crianças nascidas com qualquer tipo de deficiência tinham de ser abandonadas e até mesmo eliminadas, onde não tinham chance alguma do convívio social e não contavam com o apoio de seus familiares.
A partir da Idade Média as coisas foram mudando, as pessoas com deficiência eram tidas como marginalizadas, eram rotuladas como invalidas, porém ainda tinham o apoio de suas famílias, onde as mesmas acabavam por escondê–las e as privavam do convívio social (PESSOTTI, 1984). Nessa mesma época já se encontrava abrigos nas igrejas, além de ganharem a função de bobos da corte. Nogueira (2008) destaca que Martinho Lutero dizia que as crianças deficientes eram consideradas seres diabólicos que deveriam ser castigadas, e assim poderiam ganhar a purificação.
A segunda fase ocorreu no século XVIII e meados do século XIX, considerado como a era “institucionalização”. Nesse período já surgia uma nova ideologia em que dizia que todos os indivíduos são livres, e se assim como são livres, são também todos iguais. Dessa forma, como forma de preservação da igualdade de todos, seria necessário isolar os que eram considerados “especiais” das demais pessoas, onde eram abrigadas em conventos, albergues, sem nenhuma estrutura (MIRANDA, 2003).
A terceira fase, chamada de período da integração, aconteceu no fim do século XIX até meados do século XX, ocorreu por meio de um novo modelo de educação, onde passou – se a desenvolver escolas e até mesmo classes especiais dentro de escola públicas, com o objetivo de oferecer uma educação fora a aparte para os que tinham “necessidades” (SASSAKI, 1997). Nessa época a terminologia utilizada era portadores de deficiência, onde eles passaram a serem vistos como cidadãos de direitos, porém eram tratados de forma amparada e bondosa. Nessa fase também aconteceu à primeira diretriz, que foi a de 1948 com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), onde afirma que “É assegurada aos deficientes à melhoria de sua condição social e econômica especialmente mediante educação especial e gratuita” (DUDH,1948).
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