A IDADE ANTIGA
Por: Victória Aragão • 16/10/2020 • Abstract • 1.504 Palavras (7 Páginas) • 104 Visualizações
IDADE ANTIGA
A Ética é um tema atemporal amplamente discutido e disseminado nas sociedades. O que é totalmente relevante visto que são tais debates que regem a formulação de regras de condutas que permitem e facilitam as interações das células formadoras das mesmas. Visto sua importância e idoneidade será feita uma rápida linha temporal das diferentes e principais doutrinas éticas para avaliação do seu comportamento de acordo com as mudanças no tempo e espaços sociais.
Na Idade Antiga o filósofo Sócrates (470 a.C a 399 a.C) que defendia uma Ética Racionalista, voltada ao conhecimento da essência humana que lhes proporcionaria virtude e felicidade para viver praticando o bem. Seu discípulo, Platão (427 – 347 a.C) por herança também argumentava que a moral está fortemente relacionada ao conhecimento e a busca pela felicidade, no entanto Ele acreditava na existência de dois mundos distintos sendo o primeiro - o mundo sensível- uma imitação do segundo, o superior mundo das ideias onde se encontraria a felicidade real e plena. Para alcançar esse mundo era preciso purificar-se e praticar virtudes como prudência, fortaleza e temperança. O seu sucessor Aristóteles (384 a.C a 322 a.C) veio rejeitando o mundo das ideias e enaltecendo o mundo sensível, pois para ele os sentidos humanos eram parte importante na construção do conhecimento. Para ele o comportamento moral dava-se em buscar viver de forma equilibrada segundo a razão e a boa convivência com as outras pessoas. Já para Epicuro (341 a.C a 271 a.C) o bem é o prazer, entretanto não qualquer tipo de prazer e sim um permanente e constante. E contrapondo-se a Aristóteles o epicurista alcança em si mesmo a tranquilidade e paz para a alma retirando-se da sociedade. Por fim o Estoicismo que é uma ética baseada na procura da paz interior e no autocontrole individual através da Apatheia (atitude de aceitação das coisas que acontecem) e Ataraxia (afastar-se daquilo que pode te trazer alguma complicação).
IDADE MÉDIA
A idade média surgiu em meados do século V, com uma situação política e social complexa, também trazendo feitos significativos no campo cultural da época. Tinha como religião oficial o cristianismo, que foi base dos pensamentos no período e que estabeleceu a ética cristã que regulava a vida das pessoas, tendo em vista o mundo futuro. Com regras de conduta abstratas e universais, modificava-se o conteúdo moral antes criado, priorizando a autonegação, a humildade e à disposição para obedecer. Tendo Deus como origem e fim de tudo, surgiu-se virtudes morais diferentes da Idade Antiga, sendo elas, a fé, a esperança, a caridade e a igualdade espiritual, sendo essa última só possível no plano sobrenatural.
Dentre os estudiosos que se destacam nessa época, temos: Santo Agostinho (354-430), que vinculado a uma seita(maniqueísmo) acreditava em dois princípios que regiam o mundo, sendo eles, o bem e o mal e diante de um período que o Cristianismo era o centro, e a razão estava em decadência. Propôs restaura-la por meio da fé, pois considerava impossível ao intelecto humano levar à verdade, imutável e eterna. Posto isso, acreditava que o único caminho possível era Deus e a fé, por que era preciso “compreender para crer, crer para compreender.” E temos também Tomás de Aquino (1225-12274), que fez parte da Ordem dos Dominicanos e sua principal preocupação era discutir o uso da razão, onde ela não deveria extrapolar seus limites e nem deixar de contribuir quando preciso. Ele considerava que a filosofia era menos importante que a fé e esse terminante tinha como um fim último, a verdade transcendental em Deus sendo desse fim supremo que dependia a felicidade, o que se distanciava do pensamento de Aristóteles
IDADE MODERNA
A idade moderna possui um “single”, a idade que rompeu vários paradigmas históricos e em contrapartida surgiram outros conceitos que até o momento para o entendimento lógico do ser humano não era compreensível. Para tanto, conceitos míticos entre razão e fé vieram à tona com mais expressividade e lógica em debates com grandes filósofos desbravadores de críticas sobre a Hegemonia da Igreja Católica, emergindo um valor para o ser humano de si mesmo, e um ponto de conhecimento próprio, era marcada pelo conhecimento científico e relações capitalistas. O conceito ético aristotélico de que o homem só pode viver uma vida boa se for conduzido pelos conceitos éticos, começa a ser contrariado, por exemplo, a ética aristotélica nos trazia conceitos sobre a vida boa e felicidade que o homem pode ter sendo ético, porém a felicidade no mundo Moderno passa a ser a “liberdade de escolha”, a possibilidade de escolher as coisas, seja religião, seja costumes, hábitos, profissão, isso advém da maneira como os cidadãos entendem que o valor por si mesmo é mais importante dentre as ideias de Aristóteles, a exemplo, patriotismo da pólis, imagem e semelhança de Deus.
O Antropocentrismo, surge com um novo conceito, o fundamento e o fim das coisas ser o próprio homem, ou seja, o homem com a liberdade de escolha, pode dizer e escolher o que será para o seu futuro, como será e o fim dele. Embora ainda apresentar como um ser de natureza instável, por não possuir a totalidade absoluta de um Ser Maior, assim mesmo ele aparece como o centro de tudo: ciência, política, arte e moral. As ideias mais firmes e constantes daquela época em vigor, destacamos Kant e Marx.
Kant, nasceu durante um conturbado momento da história, nascido em Koenigsberg, na Prússia, acompanhou os fatos significativos da Revolução Francesa. Sua concepção é enorme e de relevância nos campos do conhecimento e ética.
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