A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER – PAULO FRIERE
Por: Gustavo Ambrosio • 12/2/2021 • Monografia • 696 Palavras (3 Páginas) • 238 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CAMPOS TIMON
DIREÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL
PROFESSORA: EDITE SAMPAIO SOTERO LEAL
A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER – PAULO FRIERE
MANOEL FILIPE NASCIMENTO SILVA
Os principais pontos do livro “A importância do ato de ler”, de Paulo Freire.
A obra traz as várias experiências que Paulo Freire teve ao longo da vida como educador ao longo de sua vida. Palestras, a importância as bibliotecas populares e a experiência de alfabetização desenvolvida por ele e sua equipe em São Tomé e Príncipe. Apresentando como a importância que a educação tem na educação e na vida das demais pessoas. Introduzindo o leitor a um “círculo de cultura”, onde faz com o que o leitor sinta-se participando, enquanto sujeito, de uma experiência real.
A leitura da palavra é sempre precedida da leitura do mundo. Por isso, quando se lê a palavra do mundo, não se pode abrir mão de continuar lendo. Para Freire, aprender a ler, a escrever e alfabetizar-se, é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo. Aprender a ler o mundo e os contextos que o cercam, não só, manipular palavras de uma forma mecânica, mas relacionar a palavra com o contexto, relacionando a língua com a realidade.
Ao escrever o livro, Paulo Freire, no esforço de entregar-se e relembrar-se, ele revive a experiência que ele viveu, no seu mundo, na leitura do seu mundo, antes mesmo de ler a palavra. A casa em que Freire viveu e passou seus dias, ainda enquanto jovem, fora o local de sua primeira leitura, a leitura do mundo. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquela leitura, era sua percepção de cor, família, animais, o canto dos pássaros, os objetos e coisas a qual ele via, o universo da linguagem dos mais velhos. Ao observar a linguagem dos mais velhos, ao observar suas crenças e suas falas, Freire percebia aquele mundo imediato ao qual ele vivia era pequeno e muito inferior aos contextos e mundo maiores que as crenças, os valores e aquelas posições daquelas pessoas com as quais ele convivia. Ele tem uma expansão de mundo, ele percebe que tem mundos ainda expandidos através dessas crenças e dessas linguagens que os adultos utilizavam.
Na medida em que foi tomando íntimo do mundo, em que melhor percebia e o entendia na “leitura” que dele ia fazendo, os seus temores iam diminuindo. A partir do momento que ele era liberto da ignorância sobre o mundo, a partir do momento que conhecia e se aprofundava no mundo, seus temores sumiam. Quando Freire emprega uma liberação do indivíduo através da leitura, ele refere-se ao sentido de que quando se aprende a ler o mundo, a se tornar íntimo do mundo, repensar e refletir sobre a leitura do mundo, muitos medos do mundo são desaparecidos.
Foi com seus pais, que Freire, começou a ser introduzido na leitura da palavra. Quando ele tinha uma leitura de mundo, as palavras que ele aprendia fluíam de uma forma melhor. Palavras que fizessem parte de seu contexto e sua realidade, não da realidade de seus pais. Sua professora, Eunice, quem aprofundou o trabalho de alfabetização que seus pais haviam começado. Foi com ela, a leitura da palavra, da sentença, jamais significou ruptura com a “leitura” do mundo. Com ela, a leitura da palavra foi a leitura da “palavramundo”.
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