A Inserção da Mulher no Mercado de Trabalho
Por: lujunqueira • 10/2/2016 • Trabalho acadêmico • 3.917 Palavras (16 Páginas) • 382 Visualizações
FACULDADE NOVOS HORIZONTES
Curso de Administração/Ciências Contábeis
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O TRABALHO NO SÉCULO XXI:
A inserção da mulher no mercado de trabalho
Belo Horizonte
2012
O TRABALHO NO SÉCULO XXI:
A inserção da mulher no mercado de trabalho
Projeto Interdisciplinar do primeiro semestre referente aos cursos de Administração/Ciências Contábeis da Faculdade Novos Horizontes.
Orientadora: Prof.: Adriana M. A. Costa de Andrade
Belo Horizonte
2012
RESUMO
Tudo iniciou com as mulheres do Século XVIII, que eram submetidas a um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais. É a partir da Revolução Industrial, em 1789, que reivindicações buscando mais dignidade para as mulheres e sociedades mais justas e igualitárias tomam maior vulto, com a exigência de melhores condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade entre os sexos.
Com a consolidação do sistema capitalista no século XIX, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Mesmo com estas conquistas algumas explorações continuaram a existir. Através da evolução dos tempos modernos as mulheres conquistaram seu espaço. As estatísticas apontam que há mais mulheres do que homens no Brasil. Mostram também que elas vêm conseguindo emprego com mais facilidades e que seus rendimentos crescem a um ritmo mais acelerado que os homens. Mesmo com todas estas evoluções da mulher no mercado de trabalho, ela ainda não está numa condição de vantagem em relação aos homens, pois continua existindo muito preconceito e discriminação, mas principalmente desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Palavras chave: Mulher, mercado de trabalho, discriminação, desigualdade.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................4
2 HISTÓRICO DA INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO .............................................................................................5
3 O TRABALHO DA MULHER NO BRASIL ..........................................6
4 DESIGUALDADES DE GÊNERO NO TRABALHO ............................8
5 CONQUISTAS ...................................................................................10
6 CONCLUSÕES...................................................................................12
6.1 CONCLUSÕES INDIVIDUAIS..................................................................12
6.2 CONCLUSÃO DO GRUPO.....................................................................18
REFERÊNCIAS......................................................................................19
1. INTRODUÇÃO
A sociedade está em constante transformação e a trajetória da mulher no mercado de trabalho reflete isto muito bem. A mulher, antes vista como procriadora e dona de casa, com a revolução industrial nos séculos XVIII e XIX, começou a exercer trabalho remunerado fora do lar para complementar a renda familiar.
Esta decisão teve como efeito a desestruturação dos laços familiares, o que levou a sérias consequências para a vida das crianças. Houve uma desorganização das camadas trabalhadoras e os vícios, consequentes do ambiente de trabalho desorganizado, fizeram crescer os conflitos sociais.
A mulher era educada somente para exercer o papel de mãe, esposa e dona de casa e isso fez com que fosse pouco valorizada pela sociedade. Com a necessidade de encarar o mercado de trabalho, aos poucos foram conquistando seu espaço. Mesmo em pleno século XXI, as mulheres ainda sofrem com a discriminação no mercado de trabalho e cada vez mais vêm mostrando que têm capacidade de exercer cargos que antes eram destinados somente aos homens.
O presente trabalho tem como objetivo mostrar um pouco da história da participação da mulher no mercado de trabalho, a questão da instrução e a desigualdade existentes ainda em relação a rendimentos (salários), o trabalho da mulher no Brasil e algumas de suas conquistas.
2. HISTÓRICO DA INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
Segundo artigo publicado por Lúcia Cortes da Costa, 24 Ago 2001, no site UEPG[1], a Revolução Industrial incorporou o trabalho da mulher nas fábricas, separou o trabalho doméstico do trabalho remunerado. Quando se tratava de aumentar a produção, integrava-se a mão de obra feminina junta à masculina e, em fases de crise, optava-se pelas mulheres devido ao seu baixo custo, o que fez com que os homens começassem a acusá-las de roubarem seus postos de trabalho.
As condições do local de trabalho eram precárias, ambientes sujos, abafados e de péssima iluminação. Não havia direitos trabalhistas e a carga horária de trabalho chegava a ser de 18 horas por dia.
A mulher passou a ter dupla jornada, pois, além da tarefa de cuidar da casa e da educação dos filhos, ainda tinha que cumprir a carga horária de trabalho nas fábricas. As mulheres começaram uma luta por melhores condições de trabalho e, com a dificuldade em trabalhar e cuidar da prole partiram em busca de escolas, creches e queriam o direito da maternidade.
No século XIX, o motivo de suas lutas era por igualdade de jornada de trabalho para homens e mulheres e direito a voto.
De acordo com um artigo publicado no site rede mulher[2], em 8 de março de 1857, houve a primeira greve norte-americana conduzida somente por mulheres, 129 tecelãs da fábrica de tecidos Cotton, em Nova Iorque, pararam de trabalhar, com o propósito de reivindicar uma jornada de trabalho de 10 horas. A polícia reprimiu violentamente a manifestação fazendo com que as operárias se refugiassem dentro da fábrica. E juntamente com os donos das fábricas trancaram-nas no local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs. Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher em homenagem às operarias de Nova Iorque.
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