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Por:   •  4/3/2022  •  Exam  •  654 Palavras (3 Páginas)  •  132 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DISCIPLINA: ANÁLISE MACROECONÔMICA

DOCENTE: KAIO CÉSAR FERNANDES

DISCENTE: LUIZ FILIPE DANTAS DA SILVEIRA GALVÃO

TEXTO: Da economia política à política econômica:

o novo-desenvolvimentismo e o governo Lula

  1. Diferencie o novo desenvolvimentismo do nacional desenvolvimentismo, que caracterizou o modelo de industrialização por substituição de importações no Brasil.  

RESPOSTA:

        Embora a nova estratégia de desenvolvimento tenha origem no "nacional desenvolvimentismo", ela procurou adequar a estratégia de desenvolvimento à era atual e à realidade do Brasil. No estágio atual de desenvolvimento da produção brasileira, a existência do Estado-empresário e do protecionismo do mercado interno no modelo passado não fazem sentido. O novo desenvolvimentismo não defendia a redução do Estado, mas sua reconstrução para torná-lo mais forte e capaz nos níveis político, regulatório e administrativo, ao mesmo tempo em que o tornava mais estável financeiramente. Além disso, defendia uma estratégia de desenvolvimento nacional que promovesse políticas voltadas para o avanço tecnológico e a introdução de novas tecnologias de produção, o desenvolvimento de mecanismos de financiamento de investimento nacional, políticas econômicas que reduzissem as incertezas inerentes ao mundo globalizado das finanças e o desenvolvimento de instituições específicas adequadas ao desenvolvimento.

  1. Quais as bases teóricas que sustentam o chamado novo ou neodesenvolvimentismo, ou a chamada terceira via? O que o diferencia também da ortodoxia neoliberal?

RESPOSTA:

        O novo desenvolvimentismo tem como base duas fontes teóricas: a de Keynes e de economistas contemporâneos como o P. Davidson e J. Stiglitz, que inspira o conceito de complementaridade entre Estado e mercado. Já a segunda fonte é o neoestruturalismo cepalino de Fernando Fajnzylber, Luiz Carlos Bresser-Pereira e Yoshiaki Nakano. É dele que vem a ênfase na competitividade internacional através da incorporação de progresso técnico, e a necessidade da equidade social para o desenvolvimento bem-sucedido.

        A ortodoxia neoliberal defende que um país só irá se desenvolver aproveitando as forças do mercado se conseguir manter a inflação e as contas públicas sob controle, fizer reformas microeconômicas orientadas para o mercado e consiga obter poupança externa para financiar seu desenvolvimento, dada a falta da poupança interna. Já o novo-desenvolvimentismo acredita que o país precisa manter a estabilidade macroeconômica, reduzindo as incertezas relativas à demanda futura, criando um ambiente estável para a tomada de decisões de

investimento privado, além de contar com instituições gerais que fortaleçam o Estado e o mercado, com um conjunto de políticas econômicas que constituam uma estratégia nacional de desenvolvimento, sendo capaz de promover a poupança interna, o investimento e a inovação empresarial.

  1. O que alavancou o crescimento econômico do Brasil a partir do ano de 2006? Qual a relação desse crescimento com as bases teóricas do neodesenvolvimentismo?

RESPOSTA:

        A política econômica brasileira sofreu uma inflexão, e os resultados macroeconômicos foram positivos em termos do crescimento do PIB, com o fortalecimento de grandes empresas nacionais (estatais e privadas), distribuição de renda e redução da pobreza. O governo Lula adotou novas iniciativas e políticas que se mesclaram às políticas macroeconômicas neoliberais, estabelecendo-se, dali em diante então, a política econômica híbrida que caracterizou seu governo.

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