A Psicologia Jurídica
Por: Marina De La Costa • 23/10/2016 • Trabalho acadêmico • 630 Palavras (3 Páginas) • 242 Visualizações
Trabalho Psicologia Jurídica
A psicologia em geral, é uma disciplina acadêmica que estuda o comportamento e funções mentais baseados na ciência. Os psicólogos exploram os conceitos como percepção, atenção, emoção, motivação, funcionamento do cérebro humano, entre outros.
A psicologia Jurídica trata de assuntos relacionados a áreas do direito, como por exemplo, violência pessoal, adoção de crianças, separação de casais e bens, entre outros.
Nosso grupo tinha como objetivo encontrar uma psicóloga jurídica e entrevistá-la para descobrirmos o uso das escolas que ela faz, sua formação, e algumas curiosidades e, além disso, analisar sua ligação com o nosso curso, Administração.
Entrevistamos a Psicóloga Eliane, que se formou pela Faculdade São Judas, escolheu psicologia por ter conseguido bolsa integral em São Paulo, e sua segunda opção historia, era longe de sua família. Nos explicou que, a área da psicologia que se liga mais a administração é a área de RH de empresas e que na psicologia não é uma exigência falar ou ter formação de inglês em seu currículo.
Como todo estagiário, encontramos dificuldades para acompanhar os horários, as responsabilidades, alem desses problemas, Eliane nos relatou que uma das maiores dificuldades que ela enfrentou foi a ética profissional dentro da psicologia pois, se sentia sozinha sem um professor para auxiliá-la.
Seu primeiro trabalho foi na área organizacional, em um RH, mas suas afinidades eram com a área jurídica, quando então, teve a oportunidade de trabalhar no fórum na vara de violência doméstica e familiar. Seu trabalho era fornecer laudos, como os de perícia, para auxiliar o juiz em sua decisão. Os casos mais difíceis de lidar em sua opinião foram estupro de vulneráveis, mas achava-os mais interessantes do que outros.
Em seus casos, diz que precisa usar sensibilidade de entender a origem dessa pessoa, o foco da necessidade dela para depois entrar em termos científicos. Sua preferência é usar a escola da Psicanálise em geral, sem autores específicos, a explicação para esse uso é pessoal, pois para ela, a psicanálise a permite se enxergar e enxergar o ser humano melhor. Adere às outras escolas dependendo de seu cliente, porque cada um aceita a terapia do sua maneira.
Hoje, em seu trabalho atual, escritório modelo da PUC- SP, encontra dificuldades em usar as técnicas que ache válidas por estar ligada a uma instituição, assim, há regras e regulamentos para trabalhar de acordo com o funcionamento da mesma.
Perguntamos também, se ela trabalha sozinha ou uma equipe, e ela nos respondeu que no escritório, eles trabalham em grupo, com áreas interdisciplinares e contam com a ajuda de advogados e assistentes sociais. O trabalho em grupo traz algumas desavenças, por exemplo, para os advogados o seu trabalho é mais direto e burocrático, já para a psicologia e assistência trabalham mais com o ser humano e não com a conclusão de um caso.
Nos conta também, que não considera área jurídica uma das mais difíceis, mas é uma área muito pouco conhecida, e pouco estudada. Algumas universidades não incluem nem em sua carga horária o estudo da psicologia jurídica.
Eliane pretende continuar estudando, fazendo pós, mestrado e doutorado.
Com toda essa experiência, concluímos que a área jurídica ainda tem que ser muito desenvolvida porque ela é muito importante, inclusive quando pode auxiliar o juiz a não tomar uma decisão apenas usando a burocracia, e sim conhecendo o lado pessoal do ser humano.
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