A Teoria Estruturalista
Por: Larissa Macedo • 26/5/2015 • Artigo • 2.318 Palavras (10 Páginas) • 358 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACVEST
TEORIA ESTRUTURALISTA – NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
DÉBORA SCOTT
FILIPI SCHMITZ
LARISSA LUIZA MACEDO
LAGES
2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACVEST
TEORIA ESTRUTURALISTA – NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Artigo solicitado pela professora Cintia Cristina Costa como pré-requisito para aprovação na disciplina de Noções de Administração, do curso de Bacharelado em Farmácia do Centro Universitário Unifacvest.
LAGES
2015
TEORIA ESTRUTURALISTA – NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Débora Scott
Filipi Schimtz
Larissa Luiza Macedo[1]
Cintia Cristina Costa[2]
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo apresentar uma revisão de literatura sobre a Teoria Estruturalista, dando ênfase na estrutura e enfoque principal na organização formal e informal, análise intra-organizacional e interorganizacional. Nota-se que a Teoria Estruturalista foi desenvolvida objetivando ser um "resumo" da Teoria Clássica (formal) e da Teoria das Relações Humanas (informal), inspirando-se na abordagem de Max Weber e, até certo ponto, nos trabalhos de Karl Marx. O principal objetivo da Teoria Estruturalista é o estudo das organizações, principalmente na estrutura interna e na interação com outras organizações, que se tratam de elementos sociais e são projetados para cumprir e atingir objetivos específicos, estabelecendo relações estáveis para a viabilização do conjunto de metas propostas.
Palavras-Chave: Teoria Estruturalista. Organização Formal. Organização Informal. Teoria Clássica. Teoria Relações Humanas.
1 INTRODUÇÃO
A Teoria Estruturalista surgiu fundamentada na separação da Teoria da Burocracia e correspondente a reviravolta na Administração, causada pelos princípios sociais e filósofos da Teoria das Relações Humanas. A contestação ocorrida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas – incompatíveis entre si - tornou necessária uma posição mais abrangente e flexível que agregasse os enfoques que eram considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa.
Basicamente, para um melhor entendimento, no fim dos anos 50, estas duas teorias: Clássica e Relações Humanas originaram circunstâncias sem saída que a Teoria da Burocracia não deu conta de resolver, levando a criação da Teoria Estruturalista para complementar essa falta de soluções na Administração (CHIAVENATO, 2003).
Ainda de acordo com Chiavenato (2003), ele nos apresenta as seguintes razões para a origem da Teoria Estruturalista:
- Como já mencionado anteriormente, tem-se a oposição que surgiu entre a Teoria Tradicional e a Teoria da Relações Humanas;
- A carência que a organização seja vista como uma grande e complexa unidade social, onde os grupos sociais interagem;
- A interferência do estruturalismo nas ciências sociais e sua influência no conhecimento das organizações;
- Novos conceitos de estrutura – conjuntos de dois ou mais elementos que permanece inalterado, na mudança ou na diversidade de um dos elementos.
A definição de estrutura é muito antiga. Heráclito na origem da história da Filosofia idealizava o “logos” como uma unidade estrutural que domina o fluxo ininterrupto do devir e o torna inteligível. É a estrutura que possibilita identificar o mesmo rio por mais que as águas nunca sejam as mesmas, em virtude da constante mudança das coisas. A estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece sólido seja na mudança ou na variedade de conteúdos, ou seja, a estrutura se mantém independente da alteração de um dos seus elementos ou relações.
O estruturalismo se volta para um geral, para a relação das partes na composição do todo. A totalidade, a correlação das partes e o fato de que o todo é maior do que a simples soma das partes são as peculiaridades básicas do estruturalismo. Ele é um parâmetro analítico e comparativo que estuda as partes ou acontecimentos com relação a uma totalidade, salientando o seu valor de posição. A definição de estrutura nos diz que o reconhecimento interno de uma totalidade em seus elementos constitutivos, sua disposição, suas inter-relações, etc., permitindo uma comparação.
2 A SOCIEDADE DAS ORGANIZAÇÕES
A avaliação das organizações sob o ponto de vista da teoria estruturalista está associada a uma interpelação geral e com a duplicidade que a sua origem abrange. A organização que pode ser formal e informal e engloba os mais variados tipos de organizações, com o sistema de recompensa e sanções, materiais e sociais, centradas no comportamento organizacional.
Neste contexto, o sistema social é propositadamente formado e reformado pelo fato de as organizações serem sistemas que sempre estão mudando, e o entendimento é de homem organizacional que vive dentro das organizações, onde os conflitos são inevitáveis.
Atualmente temos as organizações modernas, as quais são mais eficientes devido a todo um contexto histórico das mudanças que aconteceram na sociedade, permitindo um ambiente social mais compatível com as organizações. Tem-se ainda que em decorrência das teorias da Administração, teve inicio o desenvolvimento de técnicas de planejamento, organização, direção, coordenação e controle, bem como um aumento do racionalismo das organizações. Ao contrário das sociedades anteriores a ela, a sociedade moderna confere um alto valor moral ao racionalismo, à eficiência e à competência, porque a civilização moderna é decorrente em sua maioria, das organizações como as formas mais racionais e eficientes de agrupamento social.
Cada organização é restringida por meios escassos e em razão disto não pode tirar proveito de todas as oportunidades que surgem aí que vem a questão de estabelecer a melhor destinação de recursos. A eficácia é adquirida quando a organização emprega seus recursos na opção que produz o melhor resultado.
As burocracias compõem um tipo característico de organização, as formais. Elas compõem uma forma de conjunto social imposta de maneira definida ou voluntária para alcançar um objetivo específico. A organização forma é identificada pela imposição de regras, regulamentos e estrutura hierárquica para estabelecer as relações entre seus membros. Ela possibilita diminuir as faltas de certezas que vem das diferenças individuais entre as pessoas e assegura a execução das decisões tomadas.
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