Ambiente Macroeconomico
Por: Tulio Macedo • 21/4/2019 • Trabalho acadêmico • 11.669 Palavras (47 Páginas) • 142 Visualizações
www.valor.com.br
Sumário
Empresas exportadoras transferem produção 1
Consumo de aço no início do ano têm recuo de 5,6% 1
Crise da Kraft Heinz põe 'modelo 3G' em xeque 2
China propõe comprar dos EUA mais US$ 30 bi em produtos agrícolas 3
Indústria desacelera nos EUA com tensão comercial 3
Merkel, Trump e uma aliança desfeita 4
Ata mostra que BCE está mais preocupado com desaceleração 4
Tom mais suave de BCs emergentes afeta moedas 5
Emprego na construção civil recua 14% desde 2014 e lidera perdas 5
Militares terão proposta separada 6
Queda de salário pode levar a opção por informalidade 7
Acabou a euforia no mercado de soja 7
Aposentado que trabalha pode perder direito a multa de 40% do FGTS 8
Honda fechará fábrica no Reino Unido em meio às incertezas do Brexit 9
Economia global no ritmo mais fraco desde 2009 9
Sudeste Asiático desacelera 9
Dívida dos Estados se agrava e exige uma solução rápida 10
A incerteza limita o crescimento 10
Vélez recua após comparar brasileiro a canibal 11
Exportação em fevereiro registra queda de 18% 11
Empresas exportadoras transferem produção
Produtores de bens chineses para exportação aos Estados Unidos têm transferido parte da produção a outros países para o caso de haver uma escalada na guerra comercial entre Washington. O governo americano pretende elevar as tarifas sobre exportações chinesas, de US$ 200 bilhões aos EUA, de 10% para 25%. Fontes que trabalham em comércio exterior na Ásia contatadas pelo "Financial Times" disseram que os importadores dos EUA vêm mudando seu comportamento de compras, por temer um aumento do alcance das tarifas do presidente Donald Trump. Algumas empresas começaram a transferir produção para fora da China, enquanto que os que têm fábricas só no país registraram uma mudança no tipo de encomendas - passaram a ser menores e mais frequentes, num sinal de que os importadores tentam minimizar impactos de possível aumento das tarifas. William Kong, gerente de análises do centro de estudos Fung Business Intelligence, uma subsidiária do Fung Group, que conta com o Walmart entre seus clientes, disse ter tomado conhecimento de que as encomendas dos EUA estão menores e que os compradores passaram a querer prazos mais curtos para as remessas. "Eles não querem fazer encomendas que levem de seis meses a um ano para enviar porque nunca se sabe se vai haver mudanças nas tarifas", destacou. Na semana passada, Liu He, vice-primeiro-ministro da China, viajou aos EUA para retomar as negociações com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin. A rodada anterior de conversas entre ministros, na semana retrasada, em Pequim, acabou sem avanços. A mudança de padrão nas encomendas "bagunçou a linha de produção" e aumentou os custos, segundo Jimmy Ng, representante do setor industrial no Conselho Legislativo de Hong Kong.
[pic 1]
"Antes, os produtores recebiam quatro ou cinco encomendas por ano, mas agora precisam lidar com um número muito maior de encomendas menores, o que é menos previsível", explicou. Trump prometeu reduzir o déficit comercial dos EUA com a China, mas a diferença vem aumentando desde que as primeiras tarifas foram impostas, em março de 2018. O déficit comercial dos EUA com a China de bens aumentou para US$ 382 bilhões nos primeiros 11 meses de 2018, em comparação aos US$ 344,8 bilhões registrados no mesmo período de 2017, segundo dados do US Census Bureau, que faz parte do Departamento de Comércio americano. O valor das importações americanas provenientes da China subiu de US$ 461 bilhões nos primeiros 11 meses de 2017 para US$ 493,5 bilhões no mesmo período de 2018, uma vez que muitos compradores anteciparam encomendas para garantir as mercadorias diante das ameaças de aumento nas tarifas. Os importadores dos EUA vêm pedindo até a fabricantes de itens fora da lista de tarifas do governo Trump para que forneçam alternativas a suas fábricas na China. Dominic Tam, executivo-chefe da fabricante de brinquedos Combine Will Industrial, que vende 30% de seus bens nos EUA, disse que as empresas do setor vêm sendo pressionadas pelos clientes nos EUA para que montem fábricas fora da China, por temerem que as tarifas sejam estendidas a mais produtos. Isso levou algumas empresas americanas a adotar a postura de "esperar para ver", deixando-as pouco dispostas a investir em novas linhas de produtos até que haja mais clareza sobre a disputa comercial. A Combine Will é uma das várias empresas de Hong Kong que abriram instalações produtivas em outros países do Sudeste Asiático para limitar os impactos da guerra comercial. Em novembro, a fabricante de brinquedos educativos VTech informou que, embora seus produtos não estejam na lista de tarifas, decidiu adquirir instalações na Malásia. Em agosto, a Suga International, uma empresa que produz um aparelho para acompanhar os exercícios diários de animais de estimação, anunciou que investiu 20 milhões de dólares de Hong Kong (US$ 2,5 milhões) em uma fábrica no Vietnã.
Consumo de aço no início do ano têm recuo de 5,6%
O mercado de aço no Brasil iniciou o ano retraído, na comparação com o começo de 2018, segundo dados divulgados na sexta-feira pelo Instituto Aço Brasil, entidade das siderúrgicas no país. O consumo aparente, que mede a soma de vendas internas com importações, registrou recuo de 5,6% frente ao volume apurado em janeiro do ano passado. O montante comercializado de produtos siderúrgicos planos, longos e especiais atingiu 1,5 milhão de toneladas no mês. O Aço Brasil não apontou razões da queda de consumo, mas executivos ligados ao setor apontam, de um lado, uma atividade econômica ainda morna no país e, de outro, desestocagem de material nos clientes. As constantes altas de preços em 2018 levaram muitos usuários de aço - do setor automotivo à linha branca e construção civil - a se protegerem fazendo mais pedidos para evitar novos reajustes. No momento, novos reajustes de preços estão previstos para fim de março, como anunciou a Cia. Siderúrgica Nacional (CSN) - de 10% a 15% - ou início de abril. Conforme o Aço Brasil, as vendas internas da usinas em janeiro tiveram queda de 3,7% frente ao mesmo mês de 2018, alcançando 1,4 milhão de toneladas. As importações no período também fecharam em baixa. Em volume, a retração foi 18,4%, com 177 mil toneladas. Em valor, informa a entidade, a entrada de aço gerou US$ 212 milhões, menos 12%. A valorização do dólar frente ao real nos últimos meses de 2018 inibiu os importadores. A produção de aço bruto no mês foi de 2,9 milhões de toneladas, aumento de 2,3% frente a janeiro de 2018. Em laminados, alcançou 1,8 milhão de toneladas, com queda de 3,1%. O volume de semiacabados para vendas totalizou 729 mil toneladas, inferior 9,2%.
...