As Ferramentas da Qualidade

Introdução

Após a 1 Guerra mundial a indústria passou por uma grande revolução. Ocorreu um grande crescimento das empresas, deixando todo conceito de trabalhar como unidade isoladas, passando a se adotar conceito de trabalho integrado.

Já após a 2 Guerra mundial ocorreu uma aceleração ao passo a tecnologia da qualidade, o que fez com que os conceitos básicos de controle de qualidade se expandissem.

Com a preocupação do japoneses em reconstruir o país e conquistar novos mercados e recuperar a reputação dos produtos japonese no pós guerra, em 1950 a Japonese Union of Scientists and Engineers (Sindicato japonês de cientistas e engenheiros) convidou o estatístico americano Willian Edwards Deming para ir ao Japão e ministrar palestras para líderes. Ele dizia: ” Elimine defeitos, analise os erros até encontrar a fonte dos erros, fazer correções e registrar os acontecimentos posteriores à correção.”

Com o surgimento da gestão da qualidade total (TQM) as empresas viram que cada vez mais se faz necessário um produto de melhor qualidade, com melhorias, essas melhorias podem ser contínuas ou radicais,  para conseguir vende-lo.

A busca da qualidade para atender às necessidades dos clientes já não é mais um diferencial competitivo, mas uma obrigação para que seu negócio sobreviva no mercado.

O aumento da qualidade em uma empresa gera efeitos positivos nos processos, na gestão da cadeia de abastecimento, no atendimento ao cliente e no planejamento estratégico.

Para que ocorra essas melhorias existem meios que facilitam a identificação e gestão das mesmas. Esses métodos são chamados de ferramentas. O método é a sequência lógica para se atingir a meta desejada, já as ferramentas são os recursos a serem utilizados no método.

Essas ferramentas são simples, porém muito poderosas e se adaptam a qualquer configuração de negócio.

Elas tem a finalidade de definir, mensurar, analisar e propor soluções para problemas que eventualmente são encontrados e interferem no bom desempenho dos processos de trabalho.

O gestor pode utilizar tanto uma das ferramentas como todas elas. O importante é que seja feito uma análise aprofundada para não elaborar algo sem sentido e que gere mais trabalho desnecessário, ocasionando retrabalhos, gastos de energia, tempo e desmotivação de quem fez.

Para evitar isto, segue três dicas que podem ajudar a evitar estes problemas:

Primeira dica: Entenda os fatos -  A necessidade de adoção de alguma ferramenta, geralmente ocorre diante de três fatos:

-analisar algum problema;

-estabelecer alguma sistemática de gerenciamento e controle;

-implementar alguma ação prática.

Sem entender a real utilização, a ferramenta adotada pode ser inadequada para a ocasião. Evite os esforços desnecessários.

Geralmente quem está em processo de implementação da IS0 9001 acaba utilizando por diversas vezes algumas das ferramentas, por isso é importante entender corretamente os fatos.

Segunda dica – Promova a utilização duradoura – Crie uma cultura de utilização da ferramenta! Se for uma lista por exemplo, demonstre a importância para todos de que o não preenchimento representa um sério problema  para a organização.

Se for o diagrama espinha de peixe, explique porque devemos utilizar esta ferramenta para identificar as causas de um problema. Enfim, incentive, incentive, incentive!

Terceira Dica – Escolha a melhor ferramenta para o seu trabalho – O objetivo de cada ferramenta é diferente! Por isso, dependendo do que será feito, determinada ferramenta não fará sentido.

Sempre ter em mente o objetivo do que se pretende fazer e  que resultado você quer colher.

Por exemplo, se o objetivo é analisar a frequência que determinado dado aparece em seu processo, o histograma é a melhor opção. Agora se quero saber como uma variável se comporta em relação a outra, o diagrama de dispersão é a melhor escolha. Entenda o objetivo da tarefa, para assim escolher a ferramenta.

Estas três dicas são fundamentais, pois elimina o conceito de que para ter qualidade nós temos que adotar as sete ferramentas da qualidade.

As 7 ferramentas de Controle de Qualidade são:

- Fluxograma

- Diagrama Ishikawa  (espinha de peixe)

- Folha de verificação

- Diagrama de Pareto

- Histograma

- Diagrama de dispersão

- Cartas de controle

Essas  ferramentas que devem fazer parte dos programas básicos de treinamento das organizações e dever ser de conhecimento de todas as pessoas envolvidas com a emprese, desde o presidente até os colaboradores.

Fluxograma

Tem como finalidade identificar o caminho real e ideal para um produto ou serviço com o objetivo de identificar os desvios. É uma ilustração sequencial de todas as etapas de um processo, mostrando como cada etapa é relacionada, utiliza símbolos facilmente reconhecidos para denotar os diferentes tipos de operações em processo, ele indica visualmente o início e o fim de um processo: as atividades de um processo; os pontos de decisão; os documentos necessários; o fluxo contínuo de uma informação etc.

Diagrama Ishikawa (Espinha-de-peixe)

O diagrama espinha de peixe tem como finalidade explorar e indicar todas as causas possíveis de uma condição ou um problema específico. O diagrama  de causa e efeito foi desenvolvido para representar a relação entre o efeito e todas as possibilidades de causa que pode contribuir para esse efeito. Também conhecido como Kaoru Ishikawa, da Universidade de Tóquio em 1943, onde foi utilizado para explicar para o grupo de engenheiros da Kawazaki Steel Works como vários fatores podem ser ordenados e relacionados.

Categoria básica de causa pode incluir:

1. Pessoal envolvido com o processo, partes interessadas, etc.
2. Métodos, processo para executar a tarefa e os requisitos específicos para faze-lo , como políticas, procedimentos, regras, regulamentos e leis.
3. Máquinas, qualquer equipamento, computadores, ferramentas, etc necessários para realizar o trabalho.
4. Materiais, matéria-prima, peças, canetas, papel, etc utilizados para produzir o produto final.
5. Medições, dados gerados a partir do processo que são usados para avaliar sua qualidade.
6. Ambiente, as condições, como local, hora, temperatura e cultura em  que o processo opera.

Folhas de verificação

As folhas de verificação são tabelas ou planilhas simples usadas para facilitar a coleta a e análise de dados, o uso das folhas de verificação economiza tempo eliminando o trabalho de desenhar figuras ou escrever números repetitivos. São formulários planejados nos quais os dados coletados são preenchidos de forma fácil e concisa. Registram os dados dos itens a serem verificados, permitindo uma rápida percepção da realidade e uma imediata interpretação da situação, ajudando a diminuir erros e confusões.