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As Fusões e Aquisições - Aprendendo com a experiencia Brasileira

Por:   •  11/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  6.848 Palavras (28 Páginas)  •  200 Visualizações

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Fusões e Aquisições: Aprendendo com a experiência brasileira

O artigo trabalho tem como ponto principal a abordagem de fusões e aquisições entendidas como processos, demonstrando a relação da intenção de compra com as diferentes formas de integração, e ainda como a forma cultural pode impactar nesse processo.

Os dados oriundos desse estudo, possui referência pesquisa realizada com 106 empresas e 7 estudos de caso.

Nosso grupo optou por também trazer um estudo de caso mais recente para que possamos demostrar como esse processo foi feito no Brasil.

O principal resultado dessa pesquisa é o desenvolvimento adequado as etapas do processo, considerando o respeito as culturas locais.

É identificada ainda a necessidade de fundamentar a escolha da estratégia de integração na motivação da compra e na situação da empresa adquirida.

A partir de 1990, as fusões e aquisições apresentam um crescente papel na economia mundial e em particular a brasileira como aponta estudos na KPMG Corporate Finance, que revela um alto número de operações em torno de 3196  considerando 58% com capital estrangeiro (números de 2004). [pic 1]

A fusão é uma das técnicas de reorganização empresarial em que ocorre a união de duas ou mais empresas que se extinguem para formar uma nova sociedade, podendo ocorrer entre sociedades de tipos jurídicos distintos.

Na aquisição, uma empresa assume o controle total ou majoritário de outra, de forma que a empresa adquirida tornasse parte integrante da adquirente, tanto no ponto de vista contábil quanto jurídico. As aquisições normalmente acontecem quando empresas maiores compram empresas menores.

Fusão

Aquisição

  • Na fusão seguida de uma consolidação há a criação de uma nova empresa.
  • A forma de pagamento utilizada é uma permuta de ações.
  • As empresas geralmente são do mesmo setor, têm a mesma atividade-fim.
  • Na aquisição uma das empresas envolvidas mantém a sua identidade jurídica;
  • A forma de pagamento pode ser dinheiro, ações, títulos;
  • É comum as empresas serem de setores diferentes.

A seguir listaremos os motivos que levam a Fusões e Aquisições

Lindgren e Spanberg (1981)

Shelton ( 1988)

Buscar criação de valor em potencial, por meio da sinergia, considerando que a empresa adquirida irá contribuir estrategicamente ou financeiramente para a adquirente. 

Cartwringht e Cooper (1999)

Rourke (1992)

Intenção de compra pode estar relacionada a maximização de valor da empresa para o acionista. 

Sterger (1999)

Visam consolidação e expansão de mercado e desenvolvimento de novo portfólio, novo modelo de negócio ou mudança considerável de patamar. 

Abaixo Etapas do Processo de Fusões e Aquisições

[pic 2][pic 3]

[pic 4]

[pic 5]

Analisando os dados, é possível afirmar que as organizações que participam de fusões e aquisições são consideradas megaempresas com faturamento entre 200 milhões a 1 bilhão de reais. Essas empresas possuem as seguintes características: 50% são de capital privado brasileiro, 44,3% de capital privado multinacional e 5,7% de capital estatal.

Entre 1995 e 2001 o número médio de aquisições por empresa foi 2,72 (variação 1-15). As empresas adquirentes procuram aquisições com interesse de expansão de mercado ou simplesmente a adição de novas competências. Enquanto as corporações adquiridas são motivadas na maioria das vezes por dificuldades financeiras seja por dívidas ou desvalorização da empresa.

[pic 6]

Embora, recomendável que o processo seja tratado com uma certa racionalidade, vê-se em muitos momentos uma resistência emocional por parte dos proprietários de empresas adquiridas, isso pode acarretar num pior momento de venda. Algumas vezes, o emocional pode atrapalhar, quando as decisões são tomadas pelos donos e alongar ainda mais esse período de aquisição, tornado o período longo e estressante. E, isto pode acarretar, na redução do investimento na empresa.

Na metade dos casos, na fase de negociação, as empresas não passaram de forma eficiente por uma due diligence, aonde acontece o processo de investigação e auditoria nas informações das empresas para verificar os dados disponibilizados aos futuros compradores ou investidores.

Em média, a fase de negociação, dura em torno de 9,2meses. O número médio de profissionais envolvidos são dez participantes da empresa adquirente e oito da adquirida.

No operacional, a área de recursos humanos não se monstra tão relevante de acordo com os dados, com isto acaba não tendo uma posição de decisão na equipe. A base para a nota etapa, é como o relacionamento é estabelecido inicialmente. Em média, o período de integração é de 24 meses.

Quando a empresa possui uma boa situação financeira e, é comprada com o intuito de obter conhecimento, a estratégia de integração visa a preservação de competências. Ou seja, está relacionado entre a motivação de compra e a forma de integração implementada.

Larry Senn (1995) aponta três formas de integração:

Autônoma ou semi-autônoma, nesse cenário há pouca ou quase nenhuma interferência na natureza das organizações;

Absorção e assimilação, nesse caso, a meta do adquirente é absorver e assimilar completamente a empresa adquirida, o que ocorre através de orientações explícitas aos funcionários sobre a mudança das “regras do jogo”; e

Co-criação de uma nova família, a operação é vista como um “casamento” entre as duas empresas e faz-se grande esforço em direção à integração cultural.

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