Entrevista com Lideres de Equipe

Entrevista com lideres

Os líderes podem ter diferentes personalidades, diferentes níveis de formação e diferentes motivos para liderar, sendo assim cada líder possui um perfil que influencia de modo distinto o ambiente de trabalho, o comportamento dos profissionais e o desenvolvimento das atividades profissionais. Porém cada líder possue também características que assemelham-se na forma de tratar a equipe, deste modo pode-se classificar o estilo de liderança em três: autocrática (o líder centraliza totalmente a autoridade e as decisões), democrática (o líder e o grupo tomam as decisões em conjunto, todos participam do processo decisório) e liberal (o líder permite total liberdade para a tomada de decisões individuais ou em grupo, participando delas apenas quando solicitado)

Os líderes entrevistados, tanto Sr. Breyer, líder da empresa de grande porte, como Sr. Edson, líder o da empresa de pequeno porte, afirmam não possuir apenas um estilo liderança, eles acreditam que existem situações e grupos para utilizar cada estilo. Vemos esta opinião expressa na fala do Sr. Edson, o líder com baixo grau de escolaridade:

“Sempre que uma equipe ou pessoa inicia na empresa sou autocrático, determino exatamente tudo que deve ser feito, como deve ser feito e quando deve ser feito. Na medida que demostram pró atividade dou liberdade para o funcionário fazer aquilo que acha necessário e pertinente, assim tornando-me democrático e em alguns casos liberal”

Quando questionados sobre os traços de sua personalidade que influencia no exercício da liderança, expressaram opiniões opostas. O líder que atua na pequena empresa não acredita que existem traços que favoreçam a liderança, já o líder da empresa de grande porte nos diz que existem sim traços que irão influenciar na liderança, estes traços são construídos ao decorrer da vida, mas principalmente com o exemplo paterno.

Outro ponto abordado nas entrevistas foram os parâmetros utilizados para estabelecer metas. Sabemos que empresa que não possuem metas correm sério risco de perder espaço no mercado para concorrentes com objetivos definidos, pois são as metas norteiam o empreendimento e afetam em todas as decisões.

O líder da empresa de grande porte possui parâmetros muito bem definidos para estabelecer suas metas, ele relata que primeiro estabelece os propósitos e os converge para que se alinhem entre eles, utiliza o método S.M.A.R.T. Sr. Breyer nos dá detalhes sobre o método:

“ Podemos identificar o método S.M.A.R.T pelas suas inicias que significam S da palavra em inglês Específico, M de Medido, A da palavra inglês Tangível, R de Real e T – Tempo Real”.

O líder da pequena empresa declara não possuir nenhum método para estabelecer metas, ele simplesmente adapta-se as demandas que surgem. Percebemos um certo tom de tristeza em sua fala que se justifica pois ele sabe que a meta deve ser estabelecida com critério, precisa ser específica, caso contrário não trará frustrações e não resultados.

Durante a entrevista também foi tratado do tema motivação que é algo essencial nas equipes de trabalho, pois um colaborador sem motivação pessoal ou profissional não tem comprometimento ou interesse com os objetivos traçados, gerencia seu tempo de forma inadequada e tudo isso resulta em uma baixa produtividade. Sabendo da importância do líder na motivação da equipe, questionamos os entrevistados sobre a maneira como motivam sua equipe e respostas obtidas foram semelhantes em alguns aspectos. O líder da pequena empresa busca criar situações mais agradáveis para o colaborador através de elogios quando as tarefas são cumpridas com excelência e através de melhores benefícios conforme a necessidade do colaborador. O líder da multinacional também procura conhece as expectativas e necessidades de seus colaboradores e utiliza com eles o método SMART ajudando eles assim a atingirem suas expectativas e assim estarem mais motivados

Com os questionamentos percebemos opiniões divergentes no tema criatividade e no tema conciliação de interesses. Para o líder da empresa de pequeno porte a criatividade do colaborador se dá através da liberdade que lhe é concedida, assim sentindo-se confortável para criar. Referente a conciliação de interesses Edson acredita que promove algumas ações para conciliar os interesses da empresa com o de seus funcionários.

“Os funcionários possuem como interesse desenvolver-se dentro do seu local de trabalho, salários melhores, e um ambiente agradável. Já a empresa busca aumentar os resultados e diminuir a rotatividade. Então eu os recompenso financeiramente de acordo com o desenvolvimento e busco proporcionar momentos de integração para manter um ambiente harmônico”

Desta maneira Edson acredita que a empresa e o funcionário conseguem suprir seus interesses.

Para o líder da grande empresa a criatividade se dá apenas quando uma pessoa sai da sua zona de conforto sendo assim procura criar situações de desconforto. Quanto a conciliação de interesses Sr. Breyer acredita que não é seu papel nem da empresa conciliar os interesses dos colaboradores e da empresa.

“O funcionário que deve buscar a empresa que tenha interesses próximos aos dele ou que os interesses da empresa o ajudem a alcançar os dele e não vice e versa”

Alguns pontos que ambos os líderes expressaram opiniões semelhantes foram referentes a desafios, mudanças, produtividade, pontualidade e integração. Os dois acreditam que o maior desafio como líder é montar uma equipe sólida e que realize as tarefas com eficiência. Em processos de mudança sempre enfrentaram resistência, no começo a maioria não aceita a mudança e opõe-se ao projeto de mudança.

Ao pedir que escolhessem entre produtividade e pontualidade, a resposta foi que é necessário que elas estejam presentes em conjunto, isoladas estas características não possuem muito valor, porém a produtividade sobrepõe-se um pouco a pontualidade.

No processo de