Estudo dos textos: A lingua Portuguesa
Por: Kaique Moreno • 22/3/2016 • Artigo • 903 Palavras (4 Páginas) • 545 Visualizações
Universidade Federal da Bahia
Língua Portuguesa, Poder e Diversidade
Professora Iraneide Santos Costa
Estudo dos Textos
O português é uma língua falada por muitos brasileiros, portugueses e africanos, representa um instrumento de comunicação e de afirmação mundial, transparecendo uma diversidade interna bastante intensa a qual merecendo destaque, os seus objetos de estudo.
O estudo da gramática e a prática da língua portuguesa, por exemplo, são postos, a todo tempo, como objetos completamente distintos. Entretanto, são complementares e precisam ser analisados em conjunto. A gramática precisa ser vista, ensinada e compreendida para que haja a construção de noções estruturais da língua. Contudo, é necessário enxergar que há variantes da gramática padrão e considerar que não há hierarquia entre elas.
O conceito de gramática é bem diversificado, no entanto ele é muito mais amplo do que se imaginar. A gramática, nada mais é, do que uma tentativa aproximada de representar esse sistema mental, fundamentada em alguma teoria sobre a linguagem humana. E é na tentativa de representar o próprio pensamento que o indivíduo falante da norma coloquial se encontra. A gramática tradicional foi concebida para tentar explicar o sistema de funcionamento de língua. Durante anos acreditava-se que ela satisfaria as necessidades de conter todos os fatos do idioma. Porém, quem decide se aventurar pela área da linguagem se depara com a velocidade de mudanças técnicas e procedimentais dificilmente superadas em qualquer outra área do conhecimento. A reflexão teórica e o pensamento metodológico sobre a comunicação parecem ter dificuldades para acompanhar essa velocidade. Para acompanhar o ritmo de inovações, precisa também se atualizar. A palavra é atualizar, não “modernizar”, porque nos espaços contemporâneos o próprio moderno deixa de ser atual a cada instante. O desafio é manter o rigor da pesquisa, dos conceitos e das teorias para dar conta de um objeto em permanente mudança, mas ao mesmo tempo, preso a princípios já conhecidos – a comunicação em suas diversas formas. A gramática tradicional tenta descrever o funcionamento da língua, procurando abranger o maior número possível de elementos, porém o idioma é um sistema complexo e multidirecional, o que geral a fuga de elementos empíricos à descrição e à explicação da gramatica tradicional. O problema do ensino da língua não é a gramatica tradicional, mas achar que ela é o único meio de levar os estudantes a trabalhar com a linguagem.
A escola como instrumento de aprendizagem, ela é a principal responsável por difundir uma ideia simples do que é gramatica como apenas um conjunto de regras preestabelecidas as quais devem ser seguidas. A gramática e suas leis não podem ser consideradas algo natural, já que o seu entendimento extrapola o que é intrínseco á língua. A capacidade do ser humano em aprender naturalmente as regras e a gramática dita normativa, juntamente com a escola, cria um ambiente a qual não explora todas as regras extrínsecas da gramática e que são fundamentais para seu entendimento. A gramática normativa, no entanto passa a ser seguida como padrão, diferenciando o que é correto e o que é errado. Surgida na Índia, ela é amplamente difundida nos dias atuais, mas é importante também saber que existem outros tipos, como a internalizada, a descritiva e a generativa. A internalizada, por exemplo, preconiza que sua construção como gramática, independe da escolarização do indivíduo, dessa forma, cada um tem a capacidade de poder construir sua própria gramática. Apesar de não ter tão difundida pelas escolas, ela é importante para o amadurecimento linguístico das pessoas. As regras gramaticais e determinantes do que é certo e errado não são inerentes à gramática descritiva, por exemplo. Esse tipo de gramática é utilizado pelos falantes e escritores e muito importante para observar diferenças existentes em uma língua. Já a gramática generativa foi criada por Chomsky, e focaliza os fatos linguísticos universais observando como elas podem manipular gramaticas em particular. É basicamente um modelo geral a qual também é conhecida como gramática transformacional.
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