Fichamento Gestão Empresarial

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DE PROJETOS

Fichamento de Estudo de Caso Bruno Ferreira Pacheco

         Trabalho da disciplina

Estratégia Empresarial

 Tutor: Prof. James Dantas de Souza

Recife

 2018

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FICHAMENTO

TÍTULO: ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

CASO: Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais

REFERÊNCIA: GHEMAWHAT, Pankaj. HERRERO, Gustavo A. MONTEIRO, Luiz Felipe. Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais, Estudo de caso Harvard Bussines School, 704-P03, 20 DE OUTUBRO DE 2000.

A Embraer é uma empresa criada no ano de 1969 pelo governo brasileiro para incentivar a expansão da indústria aeronáutica e de defesa nacional. Tendo a missão de fabricar tanto aeronaves militares como comerciais, um grande desafio, visto que uma empresa estatal concorreria com empresas do setor privado internacional.

O governo estipulou que a empresa não pagaria impostos ou tarifas aduaneiras sobre as matérias-primas, peças e equipamentos não disponíveis no país que viessem a ser exportados o que ajudou a Embraer a levantar um considerável capital.

A empresa após vender 3 tipos de modelos diferente no qual o Bandeirante foi um sucesso com mais de 500 unidades vendidas, focou no desenvolvimento de um turbo hélice com capacidade para 30 passageiros nomeado de Brasília.

Na década de 90, com considerável aumento na produção de aviões comerciais, a Embraer sentiu o impacto provocado pelo fim da guerra fria, o que ocasionou o cancelamento de bilhões de dólares em investimento de programas militares, afetando diretamente os pedidos de aeronaves de passageiros e consequente queda na produção.

Como parte de reaproximação entre a Argentina e o Brasil, o que posteriormente viria a se tornar o Tratado do Mercosul, a Embraer decidiu desenvolver com auxílio da Argentina, o CBA123, porém o custo elevado gerou a empresa uma dívida acumulada de milhões de dólares.

Durante esse período o Brasil registrou altos índices de inflação, o que pode ser controlado com a mudança da moeda brasileira, o Real. Porém o Brasil continuou a apresentar um grau muito fraco na competitividade internacional. Tendo uma forte queda nas vendas.

O orçamento limitado do governo reduziu o poder aquisitivo, consequentemente os programas de apoio as exportações. Assumindo tais pressões, o governo teve como única saída a privatização da Embraer, projeto que levou dois anos para ser concretizado.

Depois da privatização a empresa iniciou seus esforços de recuperação, escolhendo novos acionistas como Mauricio Botelho, dando início ao corte da força de trabalho e a priorizando os funcionários que tinhas salários superiores ao mercado de trabalho. Embora houvesse demissão, a Embraer manteve bom relacionamento com seus empregados, fazendo novas contratações após um período de 10 anos, a empresa investiu em incentivos para energizar o pessoal, com base em metas de desempenho estabelecidas.

Estancando os prejuízos, o lucro líquido permaneceu zerado, cabendo obter mais dinheiro dos acionistas, o que elevou a contribuição acima de 500 milhões de dólares, e também conseguiu fontes de financiamento mais baratas. Necessariamente, o que faltava era um novo produto que elevasse as vendas de forma imediata, esse produto foi o ERJ 145, um jato com 50 acentos, uma versão alongada do turboélice Brasília, aproveitando a ideia do CBA123.

O principal concorrente do ERJ145 era o CRJ-200, vendido pela Bombardier, empresa canadense, sendo que seus custos eram elevados, tanto operacional por ter um peso de 1 tonelada e meia maior que o ERJ145, como construção, por possuir sistemas complexos e caros. Como retaliação, a empresa canadense agiu agressivamente, depreciando o avião produzido pelo Brasil e atraído os engenheiros da Embraer através de anúncios de emprego publicados em jornais. Apesar da resposta agressiva, as vendas do ERJ 145 decolaram rapidamente, contribuindo para o crescimento da Embraer.