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História do Movimento Cooperativista Brasileiro e Cooperativas Agropecuárias

Por:   •  5/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.091 Palavras (5 Páginas)  •  493 Visualizações

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HISTÓRIA DO MOVIMENTO COOPERATIVISTA BRASILEIRO E AS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS

Claretiano Centro Universitário

Tecnologia em Agronegócio

Cooperativismo Rural

VILHENA, 28 DE MARÇO DE 2016.

HISTÓRIA DO MOVIMENTO COOPERATIVISTA BRASILEIRO E AS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS

        O conceito de cooperativa, é de uma associação autônoma de pessoas que se unem voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida.

O cooperativismo baseia-se em sete princípios básicos: adesão livre e voluntária; gestão democrática e livre; participação econômica dos membros; autonomia e independência; educação, formação e informação; cooperação entre cooperativas (intercooperação); preocupação com a comunidade. Neste sentido, o cooperativismo é um processo associativo pelo qual homens livres juntam forças de produção, capitais e capacidade de consumo, para que juntos alcancem objetivos que dificilmente alcançariam agindo individualmente, e desta forma se desenvolvam econômica e socialmente, elevando seu padrão de vida.

        A primeira associação cooperativista ocorreu em 1844 na Inglaterra, quando 28 tecelões criaram uma associação que mais tarde foi denominada cooperativa. No Brasil o cooperativismo teve seu inicio em 1847, quando o francês Jean Maurice Faivre, fundou juntamente com um grupo de europeus, nos sertões do Paraná, a colônia Teresa Cristina, a qual era organizada em bases cooperativas, e apesar de sua breve existência contribuiu para o inicio do cooperativismo no Brasil.  Em 1892, foi registrado na região de Veranópolis, no Estado do Rio Grande do Sul, o surgimento da Società Cooperativa Delle Convenzioni Agricoli (BRASIL, 2006).

        A partir de 1907, em Minas Gerais, foram organizadas as primeiras cooperativas agropecuárias com o intuito de eliminar os intermediários na comercialização agrícola, principalmente do café, a qual era controlada por estrangeiros. Este projeto cooperativista foi lançado pelo governo, concedendo incentivos fiscais e benefícios materiais as organizações cooperativas. As cooperativas agropecuárias também foram surgindo no sul do Brasil, principalmente nas comunidades de origem alemã e italiana, conhecedoras do sistema cooperativista europeu, tendo como seu principal divulgador o italiano Stéfano Paternó.

        A legislação cooperativista no Brasil, teve inicio a partir de 1903, através de decretos que foram definindo a politica nacional de cooperativismo, na sequencia em 1971, a Lei nº 5.764/71 determina, para a constituição e funcionamento de uma cooperativa, a existência dos seguintes órgãos sociais: Assembleia Geral dos Associados; Conselho Fiscal; Diretoria ou Conselho de Administração. Esta lei definiu a Política Nacional de Cooperativismo, instituiu o Regime Jurídico das Sociedades Cooperativas, juntamente com a oficialização do acompanhamento estatal sob a interveniência de órgãos criados e intitulados para a coordenação e tutelação do sistema cooperativo. Esta legislação na qual havia intervenção governamental sobre as associações cooperativas vigorou até 1988, quando então passou a vigorar a nova constituição nacional, na qual as sociedades cooperativas, juntamente com os órgãos próprios de representação, confederações, federações e centrais, passam a constituir efetivamente o Sistema Cooperativo Brasileiro, já sem a tutela governamental, assumindo a autodeterminação por meio de um processo que significa autogestão.

        A maioria das cooperativas agropecuárias desenvolveram-se com objetivos mistos, ou seja, compras em comum de insumos em geral e vendas em comum, comercializando a produção de todos os cooperados. As cooperativas agropecuárias se estenderam por todo o território nacional, sendo o mais conhecido sistema cooperativo na sociedade brasileira e com significativa participação no mercado interno e exportações de produtos alimentícios. As cooperativas agropecuárias propiciaram a inclusão dos agricultores no mercado, principalmente os agricultores menores, tanto que conforme dados da OCB Organização das Cooperativas Brasileiras), atualmente 76% das propriedades de agricultura familiar são associadas em alguma cooperativa agropecuária, facilitando o acesso a novas tecnologias, agregando valor a produção, e gerando vantagens aos cooperados nos processos de compra e venda em escala.

        O desenvolvimento das cooperativas agropecuárias no Brasil foi de grande expressão e contribuição para a expansão agrícola do país, tanto que conforme dados da OCB Organização das Cooperativas Brasileiras), atualmente possui uma participação de 48% na produção agrícola nacional. Neste cenário, destacam-se grandes organizações cooperativas principalmente nas regiões sul e sudeste do Brasil, as quais destacam-se por tornarem-se grandes complexos agroindustriais, com prestação de serviços e acesso a tecnologia aos produtores, através de pesquisa, desenvolvimento e inovação adaptada as necessidades regionais, vitrines tecnológica com feiras de negócios e tecnologia reconhecidas em todo cenário nacional e até no mercado externo. Industrialização de produtos agropecuários agregando valor e abrindo mercados para comercialização dos mesmos. Propiciando melhores negociações devido a pratica de economia de escala, principalmente na aquisição de insumos e vendas de produtos, principalmente nas negociações com mercados externos.

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