O IMPACTO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
Por: Admylson Silva • 20/7/2019 • Trabalho acadêmico • 1.961 Palavras (8 Páginas) • 204 Visualizações
O IMPACTO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
Emilly Maria Lima de Mendonça - Acadêmica do curso de Administração da Universidade Federal Rural da Amazônia. E-mail: emillymaria27@outlook.com
Francisco Duarte Pinheiro Neto - Acadêmico do curso de Administração da Universidade Federal Rural da Amazônia. E-mail: franciscopneto@gmail.com
José Admylson Silva de Abreu - Acadêmico do curso de Administração da Universidade Federal Rural da Amazônia. E-mail: admylsonsilva.d@gmail.com
Wesley Hakinen da Silva Pinheiro - Acadêmico do curso de Administração da Universidade Federal Rural da Amazônia. E-mail: wesleyhakinen@gmail.com
RESUMO
Segundo Crústica Bruchini, o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho brasileiro foi uma das mais marcantes transformações sociais ocorridas no país desde os anos 70. O presente trabalho visa explicar sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho local e comparar os dados femininos e masculinos, observando a diferença da mulher no mercado de trabalho no município de Capanema - PA, através de dados coletados e registrados no último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em 2010, abordando os seguintes temas: população economicamente e não economicamente ativa, os principais cargos de trabalho e a desigualdade salarial, explicando, assim, o percentual aproximado de mulheres então ativas no mercado de trabalho, quais os cargos que elas exercem e se os mesmo tem influência intelectual, levando em consideração que as mulheres estão se profissionalizando cada vez mais para assumirem cargos de gerência, por exemplo. Analisa-se, também, a desigualdade de renda entre homens e mulheres, mesmo estes possuindo as mesmas especificidades e características profissionais.
Palavras-chave: Mulher; Mercado de trabalho; Desigualdade.
INTRODUÇÃO
Apesar de conquistas e avanços muito importantes alcançados pelas e para as mulheres, as mesmas ainda enfrentam dificuldades no ingresso e conquista de espaço no mercado de trabalho, principalmente quando se trata de cargos de gerência nas empresas. A hierarquia masculina ainda é muito forte e presente nos tempos atuais, levando em consideração que aos homens são destinados os cargos de maior importância e prestigio dentro de estabelecimentos, empresas e demais setores, mesmo que, muitas vezes, o mercado ofereça mão de obra feminina mais bem capacitada e com grau de instrução maior.
Geralmente as mulheres não são enquadradas em cargos superiores devido ao preconceito e desigualdade de gênero, os quais são inerentes e ainda estão fortemente enraizados na sociedade desde tempos remotos, o que demonstra que devem haver mudanças não somente na estrutura social, mas também na visão e perspectiva da sociedade a respeito da capacidade e valorização das mulheres.
O presente trabalho tem a finalidade de demonstrar e discutir a respeito de dados estatísticos colhidos em órgãos de levantamento, como o IBGE, que mostram, em âmbito nacional, as desigualdades salariais e de cargos presentes no mercado de trabalho brasileiro.
Deseja-se, a partir dos dados, elencar, representar e discutir também o quadro e a perspectiva em âmbito municipal, onde se faz analises a respeito das questões inerentes ao mercado de trabalho na cidade de Capanema – PA.
JUSTIFICATIVA
A integração das mulheres no mercado de trabalho ocasiona impactos positivos na sociedade, fazendo com que as mesmas ocupem seu espaço quanto trabalhadoras, fomentando, assim, conquistas relevantes para a comunidade. O empoderamento, a igualdade, o combate de preconceitos, de disparidades salariais, de cargos e principalmente de gênero, são aspectos relevantes que podem ser concretizados através do reconhecimento da capacidade das mulheres, de sua inclusão no mercado de trabalho e seu consequente impacto benéfico para a sociedade. Este trabalho tem como finalidade apresentar, portanto, através de dados estatísticos, que nos últimos anos as mulheres conquistaram espaço no setor empregatício, porém, os números não representam um avanço significativo, confirmando que a hierarquia masculina ainda está muito presente da sociedade do século XXI.
METODOLOGIA
Para obtenção dos dados, buscou-se informações brutas contidas no censo do ano de 2010, encontradas no site do IBGE, transformando essas informações em dados estatísticos, através de fórmulas matemáticas, obtendo, dessa forma, as porcentagens dos itens: população economicamente ativa e cargos. Para realização dos cálculos matemáticos utilizou-se calculadoras analógicas e científica, anotando, posteriormente, as informações em caderno escolar.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A conquista da mulher por um espaço no mercado de trabalho começou de fato com I e II Guerra Mundial, quando os homens foram para as batalhas e as mulheres passaram a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho (Andrade 2015, p.5).
A ideologia retrograda pautada pela sociedade – onde a mulher é o sexo frágil, é o gênero inferior e outros – mente-se, mesmo no século XXI, no mercado de trabalho onde o público feminino ainda sofre com o preconceito por parte de empregadores encontrando dificuldades quanto a ocupação de cargos relacionados a gerencia e coordenação de empresas, por exemplo. Segundo Andrade (2015, p. 5), “mesmo depois de várias leis a favor da mulher as explorações continuaram a existir por muito tempo [...]”. Apesar de injustas e ilícitas, as desigualdades salariais, e de cargos cerceiam, mesmo que de forma oculta, as relações de trabalho no caso de trabalhadoras do sexo feminino.
Outrossim, baseado em Andrade (2015, p. 5) o qual afirma que “a justificativa para esses acontecimentos está concentrada no fato da sociedade acreditar que o homem representa o papel de chefe da família [...]”, pode-se dizer que a posição e ocupação de cargos superiores em empresas, por exemplo, são compostos, em sua grande maioria, por homens – mostrando que a ideia de que ao homem cabe a posição de chefia, está presente também no mercado de trabalho.
No entanto, a quebra de preconceitos e de ideias de inferioridade das mulheres vem alcançando resultados positivos e substanciais para o avanço de conquistas, melhores relações de trabalho, diminuição da desigualdade e crescente empoderamento feminino. “Na perspectiva de gênero, o empoderamento das mulheres desafia as relações patriarcais no que se refere ao poder dominante do homem, à manutenção de seus privilégios de gênero, e principalmente à sua atuação dentro da família. ” (MELO; LOPES, 2012, p. 652)
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