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O Impacto da Falta de Moradia

Por:   •  28/11/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.711 Palavras (7 Páginas)  •  132 Visualizações

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[TÍTULO REDUZIDO DE ATÉ 50 CARACTERES]

O impacto da falta de moradia na vida das mulheres negras do recife

As desiguais ocupações do território indicam um problema ocorrido desde o início do capitalismo trazido junto ao advento da industrialização e a ideia de tornar a morada uma mercadoria, instalando-se uma questão a ser enfrentada. Sobre o que Engels (1979) afirma haver certo desinteresse por parte da classe dominante em resolvê-lo, como estratégia para fazer a classe operaria pressionada pela constante necessidade de venda da força de trabalho e subordinada pelos patrões no campo habitacional.

O serviço social, enquanto profissão dinâmica, tem seu objeto de intervenção as múltiplas refrações da questão social, dentre as quais salienta-se as questões habitacionais do século XXI, intervindo na implementação de programas e projetos nas cidades, voltados para os segmentos populares, ou seja, a parcela da população caracterizada na faixa de interesse social junto a população inserida no foco dessa ação.

Esta questão habitacional pode ser assentada na análise de Engels (1979, p1) ao tratar do assunto e criticando a denominada crise da habitação assim diz:

         A crise da habitação à qual a imprensa de hoje desprende uma tão grande atenção não reside no fato universal de a classe operaria estar mal e vive em moradias superlotadas e insalubres. Esta crise do alojamento não é particularidade do momento não e tão pouco um daqueles males que sejam próprios do proletariado moderno e distinguira de todas as classes oprimidas que o precede; antes pelo contrário, todas as classes oprimidas de todos os tempos foram algum tanto igualmente atingidas.

Concordo que até os dias de hoje vemos um enorme déficit habitacional que ronda os milhares que não tem uma casa para morar em Recife, ainda estão morando nas palafitas, alagados, morros e favelas. Convivendo com a violência de toda a espécie.   A    grande maioria são mulheres negras, solteiras e com filhos pequenos para sustentar sozinhas. Vivendo em condições sub-humanas

Existem aos milhares os que não tem casa para morar em recife.um déficit que nem o maior programa habitacional do país, a minha casa minha vida consegue resolver. Sem o dinheiro do governo federal, as prefeituras terão que encontrar novas estratégias para garantir habitação de qualidade. Porque é na porta da prefeitura que a população vai bater pedindo o que lhe é de direito; uma casa digna para morar.

A falta de moradia se traduz no aumento de habitações inadequadas em área de risco.

O direito à moradia está consagrado na constituição federal em seu artigo 6° no rol dos direitos sociais, aqueles considerados imprescindíveis para o exercício pleno da cidadania.

(artigo com redação dada pela Emenda Constitucional n°90 de 2015)

Com a promulgação da emenda constitucional 45/2004, o brasil se compromete a ratificar tratados e convenções internacionais de direitos humanos que abrangem o direito a moradia como um direito humano.

O déficit habitacional é a medida das insuficiências de uma determinada sociedade. Essas insuficiências não se referem exclusivamente a qualidade de moradias que faltam para abrigar as pessoas, mas também as condições das moradias existentes. Para seu cálculo são levados em conta quatro componentes: o numero insuficiente de domicilio precários (improvisados e rústicos), coabitação (número de famílias conviventes que tem interesse de construir domicilio excessivo com aluguel e o adensamento excessivo de domicílios alugados (condição caracterizada pelo um número médio de moradores por domicilio acima de três.

Um processo que tem que ser levado em consideração na leitura sobre a feminilização do déficit habitacional diz respeito a violência doméstica, que se configura ser um problema social e urbano que invisibiliza e que afeta 1 em cada 4 mulheres no brasil e na América latina, particularmente aquelas sujeitas as discriminações e desigualdades interseccionais. A partir das trajetórias de moradias de mulheres que vivem ou viveram situação de violência doméstica. Onde a grande maioria das mulheres acabam saindo de casa para escapar das violências.

O movimento de luta nos bairros e favelas (MLB) é um movimento social nacional que luta pela reforma urbana e pelo direito humano de morar dignamente.

Tem por objetivo central organizar o povo pobre para lutar por moradia e por uma profunda reforma urbana.

Entendemos que só a ação organizada do povo poderá por fim a uma grande desigualdade social existente em nosso país e construir as condições para a substituição do sistema econômico do brasil

De fato, o povo pobre não pode escapar da miséria, enquanto a grande maioria das terras está nas mãos de uma minoria de proprietários e de grandes empresas. Também não é possível ter moradia digna para a população enquanto uma classe minoritária, hoje menos de 1% da população mundial, concentra mais riquezas do que os 99%vrestantes detém a posse de milhares de imóveis vazios enquanto mais de 8 milhões de brasileiros não tem teto.

Portanto o MLB em seus 20 anos busca através de suas ocupações organizar e conscientizar milhares de trabalhadores para lutar; pelo direito de morar dignamente; pelo direito a saúde, saneamento, transporte,

segurança e uma educação de qualidade.

A maioria das pessoas organizadas no movimento são mulheres chefes de família trabalhadores informais e jovens que buscam através da organização coletiva uma possibilidade de conquistar sua moradia.

 A partir de uma releitura feministas é analisado como as dificuldades de acesso a moradia no brasil marcadas pela história exclusão de terras e do mercado de trabalho das camadas mais pobres.

Abarcam condições ainda mais dramáticas quando se é mulher e piores ainda quando a mulher é negra por meios de narrativas feministas sob suas histórias de vida dentro de movimentos de moradia demostram-se de que maneira este se estabelece como um espaço potencializador para seu empoderamento e autonomia. Da restruturação das hierarquias do poder dentro do espaço privado e da segurança contra a violência doméstica a reapropriação do espaço público político por direito a cidade marcada por segregação de classe, raça e gênero.

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