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O Sistema Just in Time

Por:   •  28/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.792 Palavras (12 Páginas)  •  451 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO

PROF. MANOELA SILVEIRA DOS SANTOS

JUST IN TIME - JIT

ANGÉLICA VELEH RIVAS

DAVID WILLYAM

MARIA PATRICIA NONNENMACHER

VALMIR SOUZA RIBEIRO

FOZ DO IGUAÇU – PR

2017

JUST IN TIME - JIT

INTRODUÇÃO

O sistema Just in Time, conhecido como JIT, foi desenvolvido logo no início da década de 70 na empresa Toyota Motors Company, no Japão, como um procedimento para aumentar a produtividade, ainda que com recursos limitados (MOURA; BANZATO, 1994).

Segundo Shingo (1996), JIT sugere muito mais que se concentrar apenas no lead time, em razão de que isso poderia estimular uma superprodução e resultando em esperas desnecessárias. Cada fase deve ser abastecida com os itens necessários, na quantidade correta, no momento certo – just on time, ou seja, no tempo certo, sem acumulo de estoque.

Toda atividade que consome recursos e não complementa valor ao produto é considerado insatisfatório. Dessa forma, estoques que custam dinheiro e ocupam espaço, gastos com transporte e retrabalhos são formas de desperdício e consequentemente devem ser eliminadas e ou reduzidas ao máximo.

Segundo Voss apud Slack (2008) concorda que o JIT é um sistema que pretende otimizar a produtividade de uma empresa de maneira sistêmica, suprimindo todo desperdício e promovendo uma produção com rendimento e eficácia, na medida em que reduz os custos e fornece um produto com alto valor agregado, na quantidade, tempo e no lugar correto, usando poucas instalações, equipamentos, materiais e recursos humanos. Assim, a produção baseada no JIT será executada sempre na quantidade correta, e no momento necessário, isto é, a empresa compra somente o suficiente para produzir a quantidade encomendada pelo consumidor. O uso efetivo de técnicas do JIT não é novidade para uma variedade de setores presentes na economia brasileira, entre eles o setor calçados e automóveis. Estes, por sua vez, podem ser visualizado como uns dos que mais utilizam as técnicas do JIT para aperfeiçoamento e melhoria contínua da produção.

O conceito de JIT se expandiu, e hoje é adotada como uma filosofia gerencial que procura não apenas eliminar os desperdícios, mas também colocar o item certo, no lugar certo e na hora certa. As partes são produzidas em tempo de atenderem às necessidades de produção, ao contrário da abordagem tradicional de produzir para caso as partes sejam necessárias. O JIT leva a estoques bem menores, custos mais baixos e melhor qualidade do que os sistemas convencionais(UHLMANN, 1997).

Por fim o trabalho estrutura-se em cinco seções adicionais a esta introdução: Inicia-se com as definições sobre produção tradicional, produção puxada, sistema just in time, principais elementos do JIT, controle kanban, kaizen para na sequência apresentar as conclusões.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

PRODUÇÃO TRADICIONAL E PRODUÇÃO PUXADA

Existem grandes diferenças entre o sistema de produção e a produção enxuta. Enquanto no primeiro a produção é disparada pela disponibilidade de materiais a processar, o segundo espera que a demanda do mercado acione a produção.

Segundo Womack e Jones (2004) a produção puxada tem como principal característica a não acumulação de estoques, de modo que um processo precedente não deve produzir um bem ou serviço sem que o cliente o solicite. O conceito de produção puxada diferencia-se nitidamente da produção empurrada em sistemas de produção em massa, no seguinte aspecto: na produção empurrada, existem grandes lotes de produtos produzidos em ritmo máximo, uma vez que trabalhadores e máquinas não deveriam estar ociosos, logo, o ritmo e as necessidades da próxima etapa não eram considerados, o que acarretava largas quantidades de matéria-prima e produtos acabados.

Nos sistemas em que a produção é empurrada, existem formação de estoques desde a compra de insumos e componentes até a fabricação final do produto. Esses estoques ao longo do processo produtivo viabilizam maior independência a toda produção, na medida em que é uma alternativa para lidar com a falta de coordenação, logística e incertezas (CORRÊA; GIANESI, 2007).

Na produção puxada se ocorrer algum problema em uma das etapas da produção, todo processo estará comprometido, tendo em vista que não há formação de estoques que possam tornar o processo independente. Por um lado, na produção empurrada há formação de estoques para dar maior independência ao processo produtivo e evitar que problemas em alguma das etapas da produção comprometam a manufatura como um todo. Por outro lado, na produção puxada não são constituídos estoques, tendo em vista que, para essa abordagem, eles são considerados desperdício.

A produção puxada é perfeitamente representada pelo sistema Just in Time desenvolvido no mundo oriental, mas já difundido por todas as partes do planeta.

SISTEMA JUST IN TIME

Quando o JIT (Just in Time) é citado – o material correto, na hora certa, no local exigido, no exato momento de sua utilização – não se trata de um conceito exatamente novo. Baseia-se na percepção de que atrasar, ira existir uma paralisação do processo produtivo, e chegando muito cedo haverá um simples acúmulo de material sem utilidade momentanea, requerendo espaço e capital, entre outros.

De acordo com Martins e Laugeni (2006), esse tipo de pensamento pode ser considerado natural nas indústrias de fluxo contínuo. Henry Ford, o propulsor da produção em massa, aplicou esse conceito, logo, no início do século XX em suas fábricas de automóveis, onde as linhas de montagem eram concebidas arranjadas de forma que o trabalho passava no exato momento da sua utilização, caracterizando o princípio sequencial.

O encadeamento das submontagens, do abastecimento de materiais até o despacho do produto final: seguiam esse princípio, que funcionava de forma adequada. O ciclo de produção do “Modelo T”, na década de 1920, era de somente quatro dias, tempo admirado por correntes daquela época e ainda admirados até hoje. O entendimento dessa visão de mercado e da abordagem da produção com as suas consequências podem ser reforçados com a atual formação do conceito Just in Time, que é o combate aos desperdícios do conceito kaizen.

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