O processo sucessório e a cultura organizacional em uma empresa familiar brasileira
Por: Thais200017 • 13/9/2017 • Resenha • 738 Palavras (3 Páginas) • 430 Visualizações
A presente resenha vem falar sobre um artigo feito cujo tema é “o processo sucessório e a cultura organizacional em uma empresa familiar brasileira” realizado por Kátia Estol e Maria Ferreira. As autoras apresentam um estudo de caso em uma empresa familiar com o objetivo de verificar o processo sucessório e a cultura organizacional da mesma. Inicialmente é discutido sobre o processo sucessório dentro de empresas familiares e seus momentos nesta transição. É evidenciado que esta transição é um processo difícil e conturbado dentro das empresas que passam por tal mudança, onde o objetivo é perpetuar os negócios criados pelo fundador.
Perante isto, a sucessão dos familiares na empresa pode gerar uma crise, em vista da passagem da direção do negócio para o sucessor, pelo fato do primeiro colocar a sua autonomia, crenças e diretrizes ao tocar sua empresa e as vezes não saber treinar e avaliar os seus filhos. Num segundo momento pode ocorrer a crise de passagem da segunda para terceira geração onde ocorre um conflito de lideranças pelo fato de não possuírem uma base consistente de liderar uma empresa. Um terceiro momento de crise vem a acontecer quando a empresa perde a sua identidade, desviando o foco dos seus objetivos, gerando acúmulo de dinheiro que é ocasionado pela visão de apenas conseguir o lucro, fugindo dos princípios do fundador.
Posteriormente, o artigo aponta sobre a cultura organizacional, onde é constituída de artefatos visíveis que é integrado pelo espaço físico, sua tecnologia e forma de se vestir. É um nível onde o aspecto organizacional torna-se de fácil visibilidade. O segundo nível apresentado pelo autor se trata dos valores, onde, inversamente do primeiro exposto é mais difícil de visualizar, pois é constituído entorno das justificativas e razões por onde os responsáveis atuam dentro da empresa. Assim, apenas através de uma entrevista mais aprofundada é possível apontar estas características. Num último nível vem os pressupostos básicos que compõem manifestações culturais invisíveis, involuntárias e complexas de serem reveladas, onde tornam-se os principais responsáveis pela maneira que os componentes se sentem, abrangendo e refletindo na organização.
Desta maneira, as autoras do artigo voltaram a sua pesquisa para um estudo de caso em uma empresa familiar onde verificou-se possíveis relações viventes entre o processo sucessório e a cultura organizacional. Utilizou-se do confronto das concepções dos membros da empresa onde vivenciavam ações sucessórias individualizadas diante dos valores e práticas que as caracterizavam, discriminadas de acordo com os autores em três diferentes unidades.
Pressupondo-se da hipótese de que se tratando de pessoas distintas, estes apresentariam também diferentes percepções na cultura organizacional. Para verificar esta hipótese foi aplicado um questionário analisando em específico a valorização do profissionalismo cooperativo, rigidez na estrutura hierárquica de poder, profissionalismo competitivo, satisfação e bem-estar dos empregados, práticas de integração externa, práticas de recompensa e treinamento, práticas de tomada de decisão e comunicação e práticas de relacionamento interpessoal.
Teve como resultado uma distinção entre as 3 unidades em vários aspectos analisados. A unidade 1 era constituída por um sucessor e um profissional recrutado internamente. Já a segunda era composta por um sucessor e um profissional recrutado externamente. Por fim, a terceira unidade era compartilhada entre um sucessor e um fundador. Um exemplo desta distinção foi perante a visão dos colaboradores junto da empresa a respeito dos valores e práticas adotadas, onde a unidade 2 se diferenciou das demais.
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