PROJETO INTEGRADO
Por: Jessica Macedo • 19/5/2015 • Projeto de pesquisa • 1.652 Palavras (7 Páginas) • 171 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
CLAUDIO BELFORT
JESSICA MACEDO
LUANA SILVA
MILENE MARTINI
NORMAN VO
PADARIA 14 D JULHO: FAMÍLIA FRANCIULI
São Paulo
2014
CLAUDIO BELFORT
JESSICA MACEDO
LUANA SILVA
MILENE MARTINI
NORMAN VO
PADARIA 14 D JULHO: FAMÍLIA FRANCIULI
Trabalho apresentado como exigência parcial para a disciplina de Projeto Integrado do curso de Tecnologia em Gastronomia.
São Paulo
2014
RESUMO
VIAJANDO NO TEMPO, VOLTAMOS PARA SEC XIX.
LOGO QUANDO OS IMIGRANTES ITALIANOS CHEGARAM AO BRASIL, UMA FAMILIA HUMILDE DE CASTELLABATTI TROUXE SUA CULTURA.
NÃO DEMOROU MUITO RAFAELLI FRANCIULLI MOSTROU SUAS HABILIDADES NA COZINHA, AO PASSAR DO TEMPO, DE MECANICO PARA PADEIRO, RAFAELLI ABRIU AS PORTAS DA PADARIA 14 DE JULHO.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1 – CONTEXTO HISTORICO
1.1 Seculo XIX
1.2 São Paulo 6
CAPÍTULO 2 – 14 DE JULHO 7
2.1 A historia da Familia Franciulli 7/8
2.2 Produtos 9
CAPÍTULO 3 – ENTREVISTA ALEXANDRE FRANCIULLI 10
3.1 Perguntas 10
3.2 Respostas 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
ANEXOS 13
INTRODUÇÃO
No final do século 19, a família de Rafaelli Franciulli se mudou para o Brasil.
Mecânico por profissão, Rafaelli logo abriu uma oficina, em 1896. Já era conhecido por suas habilidades na cozinha, e seu pão italiano fazia sucesso. Então, decidiu ganhar sua vida como padeiro, e logo o sucesso bateu em sua porta, e foi no dia 14 de julho de 1897, que Rafaelli inaugurou a sua padaria.
Receitas resgatadas graças ao esforço de Alexandre Franciulli (neto de Rafaelli e atual proprietário). Não só administrador e padeiro, Alexandre é um chef italiano legítimo, reconhecido pela Federazione Italiana Cuochi, associação internacional que segue padrões italiano de cozinha. É um dos mais tradicionais endereços do velho Bixiga e pouco mudou durante sua existência.
CAPÍTULO 1 – CONTEXTO HISTORICO
Imigração Italiana
1.1 Século XIX
Vindo para o Brasil em busca do sonho de uma vida melhor e de paz, os italianos construíram aqui grandes colônias, que os transformaram em um dos povos mais queridos e influentes da cultura brasileira. Colônias como essas abrigam desde as tradicionais cantinas, com pratos que já se misturaram à culinária do país, teve início no século XIX, quando ocorreram grandes modificações políticas e econômicas na Europa. Terminadas as guerras napoleônicas, o Congresso de Viena (1814/1815) estabeleceu novos estados, formas de governo e alianças, sem levar em conta a opinião dos povos a eles submetidos. Dívida e terminada a luta, o sonho de paz e prosperidade foi substituído por uma dura realidade: batalhões de desempregados e de camponeses sem terras, que não tinham como sustentar sua família. E a Revolução Industrial na Europa acabou piorando essa situação, máquinas provocou a substituição do trabalho humano e com muito mais lucro e perfeição. Diante desse quadro, a solução encontrada por esses trabalhadores foi sair de seu país em busca de novas terras. “Basicamente, todos os povos que imigraram do final do século XIX até metade do século XX fizeram isso porque as condições socioeconômicas em seu país de origem eram precárias”, conta Luciana Facchinetti, mestre em História Social.
1.2 São Paulo
O governo brasileiro recrutou a primeira leva de famílias italianas para o Estado de São Paulo com a finalidade de substituir a mão-de-obra escrava nos cafezais. Como a situação era terrível para esses imigrantes, que eram considerados “escravos brancos”, muitos voltaram para Itália, outros abandonaram as fazendas e foram para as cidades para trabalhar na indústria e no comércio. Foi no centro de São Paulo, mais precisamente o bairro da Bela Vista, que houve a concentração desses imigrantes, mesmo chegando à cidade sem saber exatamente o que fazer, alguns começaram a se destacar, e sobrenomes como Ramenzoni, Scarpa e Matarazzo passaram a ganhar evidência. Eram pessoas com boa formação ou apenas bons negociantes que passaram a fazer fortuna.
Assim, o perfil da cidade de São Paulo acabou sendo definido em grande parte pela imigração italiana do século XIX. Também foi nessa época que se formaram bairros como a Mooca, o Brás e o Bixiga, famosos redutos italianos.
CAPÍTULO 2 – 14 DE JULHO
2.1 A história da Família Franciulli
Foi inaugurada no dia 14 de julho de 1897, em pleno século XIX. Rafaelli Franciulli, mecânico de profissão e recém-chegado da Itália, sentia saudades de sua cidade natal, não só da beleza de Castellabatti e sim do pão que era feito na região, de maneira artesanal, com seu cheiro e sabores únicos. Franciulli transformou sua saudade em trabalho, foi dentro de sua nova morada, um forno extraordinário, com menos de meio metro de altura, mas com 10 metros de comprimento por outros 10 de largura, aquecido a lenha e onde 400 pães podem ser assados ao mesmo tempo. Com essa preciosidade que até hoje produz pães, Rafaelli começou a aplacar sua saudade e a aguçar o olfato e o paladar da vizinhança, que passou a solicitar cada vez mais pães, mais novidades, mais delícias e mais dedicação, até que ele resolvesse largar de vez a mecânica para abrir oficialmente sua padaria. Aos deliciosos pães foram acrescidos uma infinidade de produtos, e assim a padaria cresceu junto com sua clientela, já que em tamanho ela se recusa a crescer. O sucesso vem da qualidade de todos os produtos e, especialmente, ao fermento que, vindo da Itália, é “cultivado” diariamente na padaria à base do acréscimo de farinha e água, mantendo-o “vivo” para que o pão fique macio, crocante e saboroso por até quatro dias. Este fermento é tão importante que sua falta chegou a causar sérios problemas a Wilson Franciulli, filho e sucessor de Rafaelli na padaria. O que aconteceu foi que, na época do presidente Getúlio Vargas, com a guerra e a impossibilidade de importar o fermento, Wilson se recusou a fabricar seu pão com outro produto, por ele ficar duro e escurecido, e acabou sendo preso como “antipatriota”.
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