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RELATORIO AULA MICROBIOLOGIA

Por:   •  30/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.391 Palavras (6 Páginas)  •  1.793 Visualizações

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Curso: Biomedicina

                                          Acadêmico: Junior Castro

                                                Prof. Me. Lilian Vandesmet

        

Relatório de Microbiologia

Técnica de Ziehl-Neelsen

QUIXADÁ/2016

Introdução

Há bactérias que são resistentes à coloração, mas que uma vez coradas vão resistir fortemente à descoloração, mesmo por ácidos fortes diluídos e álcool absoluto. Às bactérias que possuem esta propriedade dizemos que são ácido-álcool resistentes (gêneros Mycobacterium e Nocardia). Esta característica é devida ao elevado teor de lípidos estruturais (ex. ácido micólico) na parede celular destas bactérias, que provoca uma grande hidrofobicidade, dificultando a ação dos mordentes e diferenciadores de corantes aquosos. A técnica de Ziehl-Neelsen evidencia esta ácido-álcool resistência, no caso o diagnóstico das Micobactérias patogênicas (Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium leprae), por bacterioscopia direta é feito através do método de coloração de Ziehl-Neelsen, o qual utiliza a característica destas bactérias de possuírem paredes celulares com alto  teor de lipídeos (cerca  de 60 % , principalmente de ácido micólico), que quando tratadas pelo corante fucsina fenicada, coram-se de vermelho e persistem ao descoramento subsequente por uma solução de Álcool-ácido forte (diferenciador). É por isto que são conhecidas por bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR). As outras bactérias, que não possuem tais paredes celulares ricas em lipídeos, têm a sua coloração pela fucsina descorada pela solução de álcool-ácido e coram-se em azul pela coloração de fundo do Azul de metileno (contra-corante). Durante o procedimento não foram utilizadas bactérias positivas (BAAR), como a Mycobacterium Turbeculoisis.

Objetivos

Nesta prática objetivou-se consolidar a técnica de coloração de Zeihl-Neelseen, e Identificar Positivas e Negativas.

Matérias e Métodos

  • Lâminas para preparação do esfregaço
  • Solução Salina
  • Alça de platina
  • Bico de Bunsen
  • Bateria de corantes para (Ziehl Neelsen (Fuscina de Ziehl, Azul de metileno)
  • Cepa Mycobacterium Tuberculosis. Obs durante o procedimento não foram usadas está bactérias por conta de sua patogenicidade.

Métodos

  1.Preparar um esfregaço homogêneo, delgado e identificado em uma lâmina nova desengordurada, limpa e seca.

  2. Deixar secar a temperatura ambiente e fixar o material do esfregaço passando 3 a 4 vezes pela chama do bico de Bunsen  

  3. Cobrir a totalidade da superfície do esfregaço com solução de fucsina de Ziehl concentrada; e. Deixar agir por cerca de 5 minutos, aquecendo brandamente utilizando   lamparina ou com a chama do bico de Bunsen, passando lentamente por baixo da lâmina, até que se produza emissão de vapores e, quando estes são visíveis, cessar o aquecimento. Repetir essa operação até completar três emissões sucessivas. Evitar a fervura e secagem do corante (adicionar mais corante, caso necessário, dentro deste período para evitar que a lâmina seque porque o esfregaço precisa estar coberto permanentemente durante o aquecimento.). Este aquecimento deve ser intermitente, pois é importante manter a solução aquecida durante o tempo previsto; OBS: É importante queimar os lipídeos da parede, amolecendo-os, para facilitar a entrada do corante.  

[pic 2][pic 3]

  4. Lavar em água corrente para eliminar a Fucsina. Toma-se a lâmina pela   ponta marcada, inclinar para frente e lavar deixando cair um jato d’água de baixa pressão sobre a película corada, de maneira que essa não se desprenda;

                                 [pic 4] 

 

 5. Cobrir toda a superfície do esfregaço com a solução de Álcool-ácido. Tomar a lâmina entre o polegar e o indicador e fazer um movimento de vai-e-vem, de modo que o Álcool-ácido vá descorando suavemente a Fucsina. Se o esfregaço estiver ainda com a cor vermelha ou rosada, descora-se novamente. Considera-se descorado o esfregaço, quando suas partes mais

Grossas conservarem somente um ligeiro tom rosado. Essa operação dura, em geral, dois minutos

  6. Terminada a fase de descoloração e eliminado o Álcool-ácido, lavar a lâmina da mesma forma como se procedeu depois da coloração com a Fucsina, com cuidado para não desprender a película;  

  7. Cobrir toda a superfície do esfregaço com solução de Azul de metileno durante 30 segundos a 1 minuto depois lavar, da mesma forma como se indicou para a Fucsina, tanto o esfregaço como a parte inferior da lâmina;[pic 5]  [pic 6]

 8. Colocar a lâmina com o esfregaço para cima, sobre o papel limpo, para secar a temperatura ambiente ou estufa a 35º C;  

 9. Observar ao microscópio com objetiva de imersão (100 x).  

                       [pic 7]

Resultados e Discussão

Nesta coloração, as bactérias álcool-ácido resistentes coram-se em vermelho, pois não sofrem ação da solução descolorante álcool-ácido. Já os demais micro-organismos e artefatos coram-se, primariamente com fucsina, e, após adição da solução de álcool-ácido, descoram-se, absorvendo em seguida o pigmento azul da conta corante azul de metileno. O objetivo de aquecer o esfregaço é que a única forma da fucsina penetrar nos micro-organismos álcool-ácido resistentes é aquecendo-se a lâmina. Por que motivo, tal técnica, também e conhecia como Técnica de coloração a quente.

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