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Resenha Critica : A docência no ensino superior: reflexões e perspectivas

Por:   •  17/3/2021  •  Resenha  •  1.078 Palavras (5 Páginas)  •  893 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE PROJETOS

Resenha Crítica

Paulo Henrique Martins de Jesus

Trabalho da disciplina Didática do Ensino Superior

 Tutor: Prof. Fábio Macedo Simas

Brasília 2021

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A docência no Ensino Superior: reflexões e perspectivas

Referência: EMMEL,R.,KRUL,A.J. A docência no Ensino Superior: reflexões e perspectivas. In: Revista Brasileira de Ensino Superior, Passo Fundo, vol. 3, n. 1, p. 42-55, Jan.-Mar. 2017.

Introdução

A presente resenha refere-se ao artigo científico “A docência no Ensino Superior: reflexões e perspectivas”, da autoria de Rúbia Emmel, doutora em educação nas ciências, e Alexandre José Krul mestre em educação nas ciências e doutorando na mesma área. O texto foi publicado na Revista Brasileira de Ensino Superior, de Passo Fundo, no volume 3, edição de janeiro – março de 2017.

O artigo, segundo os autores, é parte do processo de formação do doutorado em Educação e tem como objetivo “refletir sobre a docência no Ensino Superior, considerando a indissociabilidade, presente na tessitura, que compõem a tríade: ensino, pesquisa e extensão; e ainda discussões teóricas sobre a formação de professores para o Ensino Superior” (EMMEL,R.,KRUL,A.J., 2017, p.43). A produção é uma reflexão teórica, construída a partir de uma revisão bibliográfica de autores que possibilitaram questionar e revisar a discussão proposta.

Desenvolvimento

Ao propor uma análise reflexiva e na tentativa de buscar perspectivas para a docência no Ensino Superior, os autores dividem o texto em dois blocos: no primeiro discute-se sobre a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão; no segundo, com um número maior de páginas e análises, eles tratam da formação de professores para o Ensino Superior.

A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão apontada pelos pesquisadores, e fundamentada por diversos autores, necessária e qualificadora dos processos parece não ser uma realidade nas Instituições de Ensino Superior (IES) que acabam operando por uma lógica fragmentária e “departamentizada”. Ainda assim, seguindo o caminho dos autores escolhidos, Emmel e Krul discutem a importância da interação entre a tríade do ensino superior.

A extensão, para os autores, é extremamente necessária para que os docentes tenham contato com a comunidade e com a realidade social e cultural que os cercam. À luz de Paulo Freire, Emmel e Krul (2017, p.45) entendem a “extensão como um movimento revestido de horizontalidade, de conhecimento e respeito à cultura local, onde se desenvolve e assume um compromisso com as mudanças”.

No que tange à pesquisa, os autores do artigo discutem, a partir de Pryjma (2008), a controvérsia que se tem entre os docentes que estão em sala e não pesquisam e os que se dedicam à pesquisa e não estão na sala de aula. Tal realidade tensiona a questão se de fato há uma indissocialibilidade entre os pilares do Ensino Superior e a experiência docente. Emmel e Krul (2017, p.46), a partir de Costa (2008), concluem que “ser professor, no ensino superior, deve ser ‘sinônimo de um profissional pesquisador’”.

Ao discutir a formação de professores no Ensino Superior os autores apontam que esse pode ser o caminho para se refletir sobre “as perspectivas da ação docente”. Eles iniciam, a partir de Bolzan e Powaczuk (2009), questionando os espaços existentes para essa formação específica. Ainda que entendida como um processo que se faz de forma permanente parece não ser levado em consideração.

Emmel e Krul lembram que nem todas as pessoas que hoje estão na docência no Ensino Superior se formaram para tal ou desejaram estar ali, mas foram levados por alguma circunstância da vida. Nesse sentido, de acordo com os autores, há uma necessidade de que as IES se compromentam com a formação de seus professores.

Ainda assim, os autores lembram que a formação dos docentes também se faz no cotidiano e nas trocas que são realizadas em sala de aula. É na interação entre as subjetividades de docentes e discentes que se formam os profissionais, “é construção coletiva, que se faz na prática em aula, no exercício cotidiano e nos espaços pedagógicos, é uma conquista social compartilhada, pois implica trocas e representações” (EMMEL,R.,KRUL,A.J., 2017, p.47).

Durante a reflexão, os autores lembram a diferença entre o docente das instituições particulares e públicas. Nas primeiras, a docência é muitas vezes a única obrigação do professor. Já nas segundas, o ensino parece ser algo secundário.

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