Resenha Progresso Técnico e Desempenho Exportador: Peculiaridades do Caso Brasileiro (José Tavares de Araújo Jr).
Por: Tiago Augusto • 5/4/2017 • Resenha • 708 Palavras (3 Páginas) • 481 Visualizações
Cristiane Regina da Silva - RM: 5705 – 3º Semestre Administração
Resenha Texto: Progresso Técnico e Desempenho Exportador: Peculiaridades do Caso Brasileiro (José Tavares de Araújo Jr).
No final da década de 1970, uma nova teoria do comércio internacional começou a ser construída a respeito do papel desempenhado por variáveis associadas a economias de escala e diferenciação de produtos na determinação dos padrões de comércio vigentes desde a segunda guerra mundial. Procurando explicar alguns fenômenos que, naquele momento, desafiavam os princípios da teoria das vantagens comparativas.
Uma característica importante da economia mundial no último quarto de século, reside nas tendências simultâneas em direção à globalização de mercados e regionalização de cadeias produtivas. Por outro lado, a estabilidade dos custos de transporte estimulou o comércio entre países vizinhos, em virtude do crescimento do número de firmas que passaram a competir globalmente a partir de estruturas produtivas integradas regionalmente.
A reforma comercial do governo Collor inaugurou um novo estilo de inserção internacional da economia brasileira: o índice dos termos de troca, que mede a relação entre os preços dos produtos exportados e importados, e o coeficiente de penetração das importações na oferta de produtos manufaturados, que revela o grau de exposição do mercado doméstico à competição internacional. Em resumo, as reformas econômicas da primeira metade dos anos 90 geraram uma elevação persistente do poder de compra da moeda brasileira, cujos ganhos de bem estar incluíram salários reais crescentes ao longo de 20 anos, barateamento relativo dos bens importados, e a superação gradual de uma restrição que havia marcado a economia brasileira desde a década de 1930: a vulnerabilidade externa.
A despeito do amplo escopo da reforma comercial executada no início da década de 90, que promoveu uma redução significativa de tarifas aduaneiras e uma eliminação generalizada de barreiras não tarifárias, seu impacto sobre o grau de abertura da economia à concorrência de produtos importados foi relativamente modesto. Neste período, as tarifas aduaneiras não foram alteradas, a taxa real de câmbio valorizou-se e o coeficiente de penetração das importações de bens industriais manteve-se em níveis inferiores àquele registrado em 2001.
No atual debate sobre o desempenho externo da economia brasileira, o comportamento da taxa de câmbio real tem ocupado o centro das atenções. A taxa de câmbio efetiva real, é uma média ponderada das taxas de câmbio nominal da moeda brasileira em relação aos principais parceiros comerciais do país.
Conforme atesta a história, firmas que inovam regularmente tendem a controlar nichos do mercado internacional durante longos períodos, através da construção de uma reputação sólida em vários países, da introdução de novos hábitos de consumo associados à marca da firma, e/ou da manutenção de posições de liderança na oferta de tecnologias de fronteira. Em síntese, a extraordinária elevação do índice dos termos de troca da economia brasileira nos últimos 20 anos, bem como sua autonomia parcial em relação à taxa de câmbio, são fenômenos consistentes com as hipóteses atualmente em voga na literatura econômica.
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