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Resumo Gestão e Organização no Capitalismo Globalizado

Por:   •  14/9/2017  •  Resenha  •  7.688 Palavras (31 Páginas)  •  635 Visualizações

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Em 1996 a fabrica de caminhões da Volkswagen foi inaugurada no Rio de Janeiro, com objetivo de ser uma fabrica-laboratório para testar o “modelo López” de produção, que foi idealizado por um executivo da Volkswagen, chamado José Ignácio López Ariortúa.

Onde os fornecedores são trazidos para a fabrica e existe uma doca para descarregar as peças e cada fornecedor tem um modulo de produção independente e dentro de oito a dez módulos fornecem o produto final. O sistema estabelece fornecedores independentes de chassis, motores, câmbio, entre outros. Tem o fornecedor terceirizado que torna-se responsável pela montagem e deve garantir uma qualidade de seu produto. Apenas 15% dos funcionários é da Volks os outros são vinculados aos fornecedores, mas todos com salários e benefícios iguais.

A fabrica é propriedade da Volkswagen e cada fornecedor é responsável por seu espaço, ou seja Volkswagen optou por alojar seus fornecedores em determinado local da fabrica e transferiu a ele a responsabilidade por seu modulo de produção, apenas um supervisiona toda a produção e torna-se o responsável pela qualidade final do veiculo, sendo assim espera-se que o custo final desse sistema de terceirização seja reduzido em até 20%,

Com esse sistema o índice de produtividade fica muito acima da media brasileira, além do novo método modular reduzir para 1/6 do tempo da produção, o que antes era 36 horas passa a ser 6.

Segundo a Mercedes-Benz o método traz riscos, que dificulta o controle da gerencia onde cada modulo opera independentemente e qualquer falha na programação pode interromper a cadeia produtiva.

A iniciativa da Volks visa diminuir custos e aumentar a produção. Assim um mesmo bem de consumo pode ser fabricado em vários países.

O desemprego em massa acaba sendo um outro risco pelo fato de haver poucos fornecedores o que ocorre a perda dos postos de trabalho. As empresas que queriam vender no Brasil precisavam instalar uma fabrica , o que não ocorre mais.Com os avanços tecnológicos não geram grande numero de empregos.

O “consorcio modular” de López tem características do pré-taylorismo: produção organizada em regime de contrato em que cada parte era entregue a um contratante e cada contratante dispunha apenas de funcionários e deverias arcar com a responsabilidade relativa. A principal diferença é que o contratante utilizava maquinas e ferramentas da mesma companhia e no sistema de Lópes, cada empresa deve ter sua própria estrutura para produzir suas peças.

O projeto Lopez não é tão atual, tem vinculações históricas bem definidas. A historia se repete e as relações entre capital e trabalho muitas vezes se desenvolvem em movimentos circulares em que velhas ideias adquirem nova forma e se adaptam como no caso atual.

No caso das indústrias bélicas a divisão do produto em partes facilitava a troca de segmentos defeituosos ou danificados em combates, anteriormente era impossível repar defeitos em armas.Com esse processo ferramentas e maquinas foram aperfeiçoadas.

Nesse sistema aumentou-se a produção de armas. Com tão bom resultados esse sistema seria mantido.Mas o fato é que entrando na Segunda Revolução Industrial, o capital passou a adotar um novo padrão tecnológico, que levava a concentração técnica e financeira:os trustes e os cartéis impuseram-se como instância reguladora dos preços e mercados, num processo de concentração técnica que traduzia o processo de concentração financeira.Isso permitiu a produção em serie e altos lucros, sob a medição de bancos, que tiveram um papel fundamental para captar recursos financeiros para arcar com os custos da concentração técnica.

Todo esse contexto gerou novas formas de trabalho.Administração cientifica ou organização cientifica do trabalho, o qual é conhecido o taylorismo uma redefinição do trabalho, para que pudesse atender à velocidade e ao novo ritmo de produção as fabricas.

Para aumentar ou melhorar a produção, caberia ao "gerente científico" descobrir a "melhor maneira" para atingir o máximo em eficiência. O trabalhador, normalmente não participava da formulação dos processos ou das decisões que levariam a uma produtividade melhor, só precisava obedecer ao que o gerenciamento determinava. A “visão cientifica” do sistema de Taylor tinha a “ingenuidade” do começo do século XX, e tinham certa dificuldade em aceitar as ideias,pois para o sistema positivista comtiano, só existe progresso mediante a ordem e só impera a ordem onde houver subordinação da pratica à teoria. Não devemos nos surpreender com a valorização dada por Taylor à hierarquia, à disciplina e ao controle por parte dos que sabem, pois “saber é poder”.

Taylor faz supor um sujeito absolutamente racial após a influencia de alguns fundamentos de Comte presentes em sua época, capaz de fazer uma opção conhecendo todas as possibilidades de ação e suas eventuais conseqüências, que toma uma decisão sempre pautada em valores econômicos. Esse sujeito “racional” registrava e analisava tempos e movimentos dos operários em seu trabalho. Por esse estudo, Taylor pretende conseguir o maior rendimento sem compromete muito a saúde do trabalhador.

Taylor produziu a “lei da fadiga”, que reduz a fisiologia humana a um quadro simples que considera somente a fadiga, ao estabelecer diretrizes e definições a lei determina uma vinculação inversa entre carga suspensa e o período de tempo em que é sustentada, a fadiga mental. Considerando basicamente a fadiga física ao trabalhador é dada uma tarefa com divisão estudavam experimentada e proposta pela direção da empresa. O grande Insight de Taylor esta no fato de entender que o trabalhador comum, embora obedecendo à direção, também deve ser estimulado a “pensar”(operacional), contanto que esse pensamento beneficie o capital e ocorra de forma fragmentada, sem prejuízo.

Iniciando o seu trabalho no momento em que o capitalismo entrava em sua fase monopolista, Taylor começou um padrão de acumulação de capital, potencializando a intensificação do trabalho e o aumento de produção. Os trabalhadores sofreram, teve aumento de desemprego e diminuição de salários.

Ocorreu um conflito aberto entre capital e trabalho, nessa seqüência da Segunda Revolução Industrial. Maquinas e ferramentas desenhadas para serem mais produtivas, o operário é desqualificado pois só entende um segmento de todo o processo de produção, encaixando-se numa nova divisão entre “trabalho vivo” e “trabalho morto”.

O empresariado tenta acabar com os sindicatos em reação às greves e reivindicações. No intuito de destruir o sindicato do ferro e do aço, contratou Henry Clay Frick,

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