Sensibilização limitada
Por: Jadson Fitipaldi • 12/3/2018 • Resenha • 822 Palavras (4 Páginas) • 269 Visualizações
Resumo Capítulo 4 – Conscientização Limitada
O autor inicia o capítulo exemplificando um esquema de Ponzi (operação fraudulenta de investimento do tipo esquema em pirâmides) executado durante trinta anos por Bernard Madoff, e que levou à falência e ao prejuízo de diversos investidores que apostaram em seus investimentos. Mesmo com várias dicas e indícios de que investir nessas ações era uma decisão errada, os investidores ignoraram e continuaram aplicando.
O exemplo foi apresentado para confirmar que os seres humanos possuem falhas sistemáticas e previsíveis em observar informações críticas que estão disponíveis. Limitamos nossa busca por informações para simplificar decisões complexas.
Nós humanos somos sobrecarregados com informações que passam por uma espécie de filtragem cerebral de forma consciente, e muitas vezes de forma inconsciente, onde acabamos descartando informações importantes e absorvendo informações irrelevantes.
Para dar embasamento às problemáticas lançadas neste capítulo, o autor ilustra algumas maneiras de como nossas mentes provavelmente eliminam informações, e as consequências desta atenção seletiva para as percepções e decisões. São apresentados assim seis problemas para o leitor responder e avaliar suas decisões ao longo da leitura do texto.
Em seguida apresenta-se uma distinção entre racionalidade limitada (Cap.1) e conscientização limitada, apresentada neste capítulo e que trata da falha em focar para um alinhamento entre as informações necessárias e as informações incluídas na conscientização. São como barreiras/limites criados por nossa mente que eliminam a solução. Um “truque” comum destes problemas é desviar nossa atenção fazendo com que vejamos restrições para o problema. Essas restrições impedem/bloqueiam a descoberta da solução que depois parece tão óbvia. Criamos falsas premissas para ajustar os problemas ao nosso processo decisório.
Mais adiante o texto nos apresenta de forma analítica a ocorrência da conscientização limitada em diversas áreas:
1 – Cegueira não intencional a informações óbvias: trata da cegueira desatenta que é a tendência de ver o que não estamos procurando, mesmo quando estamos olhando diretamente para isso. Para fundamentar esta teoria, são analisados os exemplos do vídeo com os jogadores de basquete onde aparece uma mulher, acidentes de avião e acidentes de carro quando estamos usando o celular.
2 – A falta de observação das mudanças óbvias no ambiente: que nos apresenta a teoria da cegueira à mudança analisando através do exemplo do contador de uma empresa, e associa essa cegueira a uma forte tendência de aceitarmos a falta de ética quando ela ocorre de forma lenta e gradual, do que quando ocorre de forma brusca.
3 – A tendência de focalizar apenas uma parte do problema em mãos, bem como a conscientização limitada nele. Neste tópico somos apresentados aos termos focalismo e a ilusão da focalização que é uma tendência comum de focalizar muito em um determinado evento e muito pouco em outros eventos que provavelmente ocorrem simultaneamente. Esse focalismo gera uma resposta emocional ao evento.
4 – Grupos: uma das vantagens do grupo em relação ao individuo é que eles coletivamente possuem mais informações que qualquer membro individual. Mas mesmo assim algumas informações permanecem na mente de cada um e não usadas pelo grupo. Decisões em grupo tendem a focalizar mais em informações compartilhadas (informações previamente conhecida de todos os membros) do que informações exclusivas ou não compartilhada (informações previamente conhecidas por apenas um membro do grupo). Os grupos possuem também a conscientização limitada com relação as suas informações exclusivas ou não compartilhadas. Para evitar a conscientização limitada é preciso prevenir o grupo sobre esta problemática, incentivá-los a compartilhar estas informações e desta maneira amenizar a ocorrência do problema.
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